Capítulo 8

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              Assim que acordei tratei de dar uma organizada na cozinha como era domingo não tinha muita coisa para fazer decidi dar uma volta no parque estava um dia bem quente e abafado. Enquanto dava uma volta no parque encontrei Emma e o Matthew, eles vieram na minha direção.

— Oi! Gente, como estão?

— Bem e você? — Os dois responderam na mesma hora.

— Estou bem também.-Começamos a caminhar juntos.

— Alice, você conseguiu achar alguma casa ontem?

— Ontem foi bem difícil Matthew, mas no finalzinho, quando já estava perdendo esperança, achei um apartamento maravilhoso. Só estou esperando o ok deles para me mudar, precisava fazer algumas mudanças na luz e na segurança que pedi.

— Precisamos fazer uma festa de casa nova, já estou até pensando podemos contratar um dj e um bar...

— Emma- Matthew a olha com repreensão. — Isso quem decide é a Alice e outra não parece a cara dela encher a casa desse jeito.

— Isso é verdade, Emma, não gosto de lugares cheios, mas posso fazer uma noite de filmes e pizza, o que acha?

— Hmmm ok, mas não vou mentir, estou chateada de não ter festa.

— Alice, quer almoçar conosco?- Matthew me pergunta.

— A, não, eu não quero atrapalhar. — Eu realmente não quero ir almoçar com eles, ainda mais se o que a Emma falou for verdade, preciso tentar sair daqui.

— Alice, você quer, meu irmão te leva pro hotel para se trocar, né, irmão?

— Claro, mas você está sem carro, Emma.

— Tem problema não, quero passar em outro lugar ainda. — Realmente a Emma conseguiu o que queria, Matthew é um cara legal, mas eu não quero misturar as coisas.

Não tinha jeito, eu teria que ir. Fomos até o carro e o caminho foi tranquilo, conversamos sobre tudo, chegamos no hotel, liguei a TV para ele se entreter um pouco, fui para o quarto, peguei uma calça branca e uma blusa azul escuro e um tênis branco e fui tomar um banho bem rápido assim que saí do banheiro fui ver como o Matthew estava e se queria algo.

— Matthew quer alguma coisa? Esqueci de oferecer.

— Não, obrigado, está linda Alice. — Ele veio se aproximando de mim, então me afastei e fui rumo da porta fingindo que não vi.

— Obrigada, vamos?

— Claro, vamos.

— E a família Alice, como tá? Sente saudade?

— Estão bem e como sinto falta, sempre ficamos juntos, por mais que ainda vai fazer 1 semana. Já dá para sentir saudade.

— Entendo, mas com o tempo vai se acostumando com a saudade.

— Achei que sua família morava aqui.

— Hoje em dia mora, mas quando vim para Nova York vim sozinho, a empresa já existia era do meu pai, tive que tomar conta de muita coisa e quando cheguei aqui ela não estava em seu melhor momento. Passei anos até conseguir estabilizar e trazer todos.

— Que bacana. Ainda bem que deu tudo certo. — O carro parou em uma casa muito chique, nem nos filmes vi uma casa tão bela.

— Alice as coisas aqui vão dar certo para você também, você tem garra e vai atrás do que quer. — O olhei nesse momento e nos olhos dele estava nítido que aquelas palavras não eram em vão.

— Obrigada Matthew, de verdade.

— Estou aqui para o que precisar.

— Obrigada, você também pode contar comigo. — Ele deu um sorriso de canto e saiu do carro, deu a volta e abriu a porta do carro para mim. Meu Deus, que coisa mais fofa, ninguém abriu a porta do carro para mim no Brasil.

— Obrigada.

— Disponha.

— Até que enfim chegaram, Deus me livre, que demora estou faminta.

— Emma tenha modos, não te criei assim. — Uma mulher de uns 60 anos com um rosto bem amigável chama a atenção da Emma que faz uma careta engraçada que me dá vontade de rir.

— Olá querida, como está?

— Estou bem e a senhora?

— É mais linda do que o Matthew descreveu. Pode me chamar de Margaret.

— Mãe, pelo amor de Deus! Vamos almoçar.

Emma caiu na gargalhada e eu é claro fiquei sem graça. Seguimos até a mesa que já estava pronta e o almoço foi bem tranquilo, mas tive que voltar para o hotel, recebi ligação da empresa do Brasil dizendo precisarem de mim para uma reunião.

A empresáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora