Capítulo 20

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 Os meses foram se passando e chegou o dia que eu ia buscar minha família no aeroporto. Sim, estamos no final de ano, e eu estou muito ansiosa, não montei a decoração, estou esperando eles para montarmos juntos, tem uma árvore de verdade dentro da minha casa, eu ainda não consigo acreditar. Matthew foi comigo em uma van que aluguei, minha família é grande e não ia caber no meu carro e nem no do Matthew. Coração estava a mil, meses sem ver eles, andava de um lado pro outro esperando aparecer os rostos de cada um pelo corredor.

— Daqui a pouco você vai dividir esse aeroporto ao meio de tanto andar de um lado para o outro. Alice, ei, relaxa. — Matthew chega perto de mim e começa a massagear meus ombros, uma forma de me acalmar.

— Tudo bem. Obrigada.

— Alice, abre os olhos. — Assim que abro, dou de cara com a minha mãe, minha avó, meu pai, meus irmãos, eu saio correndo e fui em direção a eles, nos abraçamos.

— Que saudade de vocês, como foi a viagem? Tranquila?

— Que mané tranquila, meu ouvido está até doendo.

— Não liga pro seu pai, você sabe que se tivesse a opção de vir de carro ele viria, ele é mais cagão que tudo.

— Sim, mãe, eu sei.

Apresentei o Matthew para minha família, minha avó jurava sermos namorados, custou a entender que somos amigos, acredito eu que ela acha que é mentira, mas cansei de bater boca, chegamos em casa, acomodei todo mundo, deixei meus pais no meu quarto, coloquei minha avó no quarto de visita e meus irmão e eu vamos dormir na sala. Deixei eles descansarem, fiz comida e fui trabalhar no meu escritório que tinha em casa mesmo, não queria sair de perto deles por nada, principalmente sem ter uma data prevista para voltar pro Brasil. Já era ano novo e daqui a alguns dias eles iam embora, passou muito rápido, eu analisei a minha vida esse ano e como sou grata a tudo que vivi, fazia meses que não tinha mais respostas do Logan, ninguém sabia onde estava eu e o Matthew estamos ficando, mas não era nada sério a amizade era a mesma.

— Tchau gente, me mandem mensagem assim que o avião pousar para saber que está tudo bem e assim que estiverem em casa mandam mensagem de novo, vão com Deus. — E continuo olhando para eles até que eu os perco de vista.

— Vamos Alice, assistir um filme? O que acha?

— Claro.

— Tenho uma coisa para te falar.

— Diga.

— Vai ter um almoço da minha família e quero que vá será amanhã 11:00h passo na sua casa pode ser?

— Sem problemas.

— Alice?

— Oi?

— Tem como cobrir suas tatuagens?

— Como é?

— Sabe, minha família é bem reservada e para eles tatuagens são feias e mar...

— Conheci sua mãe com todas as minhas tatuagens a mostra, não entendi isso agora.

— São a família do meu pai Alice quero que entenda que isso é importante.

— Olha Matthew eu não vou cobrir tatuagem nenhuma, não ligo se é a sua família ou não nem para minha família que não gostava, eu tampei e era sangue do meu sangue e você acha que eu vou tampar agora?

— Se você quiser ser minha mulher, Alice...

— Opa! Calma aí, eu não vou me sujeitar a ser quem eu não sou por um cara, me poupe Matthew pode me deixar aqui na portaria que eu vou sozinha. — Quem ele pensa que é para mandar em mim?

— Alice vamos conversar melhor.

— Não tenho nada para falar a não ser para não aparecer na minha frente nem hoje, nem amanhã de preferência só na empresa, agora se me der licença eu tenho coisa melhor para fazer, inclusive pensar em outra tatuagem já que tem tempo que não faço. — Batia a porta do carro e sai rumo ao elevador, precisava fazer um limpa no meu apartamento.

A empresáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora