Capítulo 28

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O velório foi horrível, mas depois do velório foi ainda pior a culpa me abraçava diariamente, eu não conseguia dormir toda vez que fechava os olhos, lembrava do acidente, me afastei de todos inclusive da minha mãe no início ela tentava a todo custo se aproximar de mim, mas eu fui afastando ela com o tempo até ela perceber que isso não ia funcionar. Na escola sempre fui um aluno bem rebelde e depois do ocorrido me tornei ainda pior, não fui expulso do colégio o diretor achou que com o tempo eu iria voltar ao normal e de certa forma eu fiquei mais quieto comecei a mexer com drogas e comecei a beber me isolei ainda mais das pessoas. Eu estava ouvindo música e duas pessoas se aproximaram.

— Oi sou o David e essa é a minha prima Verônica.

— Hm, oi.

— Qual seu nome?

— Logan.

— Ah, sim, que bom. Somos novos aqui e podemos sentar com você?. — Eu queria muito dizer não, mas eu não sei o que me deu que acabei concordando, os dois eram bem legais. David era alegre, energético, tinha tanta vida nele que dava vontade de viver, a Verônica era mais na dela tímida, mas engraçada, depois desse dia não nos separamos mais, a Verônica fez outras amizades, mas ainda, sim, sempre passávamos um tempo juntos o David é o meu melhor amigo nos damos super bem e ele anda me ensinando a lutar para controlar melhor meus sentimentos, confesso que está ajudando bastante, não fumo já tem um tempo bebidas só em festas.

Os anos foram de passando e eu já tinha 16 anos, a minha irmã sempre tentava me ligar, mas eu fugia dela por vergonha do que tinha acontecido, eu ainda me sentia culpado por aquele dia, assim que eu chego da escola eu me deparo com ela na sala me olhando ela está sorrindo, mas, ao mesmo tempo, chorando, veio em minha direção e me deu um abraço como eu sentia falta desse abraço.

— O que está fazendo aqui?

— Achou mesmo que eu não ia vir no seu aniversário? E você não atende e nem responde às mensagens, eu estava atolada de coisas para fazer da empresa, não estava tendo tempo, eu estava tão preocupada com você e com saudade também. Ta ficando forte, fazendo academia?

— Luta, mas quero começar a correr. Também senti sua falta.

— A gente precisa conversar e nem adianta ficar bravo, eu não ligo, mas eu quero que me escuta.

— Tudo bem, vamos pro meu quarto. — Eu sabia que esse dia ia chegar, só não achei que seria com 16 anos, mas é melhor resolver isso logo. Assim que chegamos no meu quarto, ela pula na cama e eu fecho a porta e sento na minha cadeira de game.

— Sou todo ouvidos Emma, eu já sei o que você quer falar.

— Logan, você sabe que depois que o papai morreu o Matthew tomou a frente da empresa, foi para Nova York ver como estava a empresa de lá e vem crescendo bastante, eu já estou fazendo coisas ali dentro e falta você...

— Mas eu não quero Emma, eu achei que nem viriam mais me procurar, sei que o pai não foi santo quando traiu sua mãe com a minha, mas não é justo isso, eu não me sinto nesse direito e eu nem quero isso.

— Você é da família Logan, minha mãe nunca quis seu mal, pelo contrário desde a morte do papai ela está preocupada com você e a sua mãe. O que eles fizeram no passado não da para reverter você ou a sua mãe não tiveram culpa disso, o Matthew também lamenta Logan, ele sente sua falta.

— Aí já é de mais, ele nunca gostou de mim.

— Você que pensa. Em Logan, por favor assume seu lugar na empresa.

— Eu... Ainda está cedo para isso.

— Não, não está. Vamos fazer o seguinte vou te dar um ano para pensar e você me diz se quer ou não, depois desse um ano eu não toco mais no assunto.

— Fechado.

— Eu vou precisar ir, amanhã cedo tenho uma reunião. Final de semana eu volto para passarmos um tempo juntos, quero saber sobre tudo o que perdi nesses dois anos inclusive da sua namorada.

— Namorada?

— Sua mãe me disse que quase todos os dias ela vem aqui.

— É a Verônica e não somos namorados Emma. — Emma foi embora e me deixo com várias perguntas, será que estava na hora? Será que eu daria conta? Eu tenho que honrar ele, ele sempre quis isso, é o mínimo que eu posso fazer, pego meu telefone e ligo para Emma.

— Alô Emma? Eu topo. 

A empresáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora