De Quem É A Culpa?

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Paulinha abriu a porta para Fabrício.
-Bom dia, Paulinha. Posso falar com a Maraisa?

-Não sei se ela vai querer te ver, não...

-Por favor, Paulinha, chama ela.

Maiara acordara com o som da campainha e, já imaginando do que se tratava, resolveu descer. Assim que viu Maiara, Fabrício precipitou-se para dentro da casa:
-Chama sua irmã, por favor.

-Fabrício, eu não vou chamar a Maraisa. Você não tem o direito de entrar aqui. A minha irmã está grávida, sensível e já sofreu demais durante esse período. Você foi injusto com ela. Não pensou no bebê que ela está carregando e nem em tudo que ela passou para levar essa gravidez em diante. Ela não quer te ver. Melhor você ir embora. Deixa ela em paz!

-Eu errei. Eu reconheço que exagerei...eu estou arrependido.

-Dá um tempo para ela. Deixa ela pensar no que ela quer. A ferida está aberta e você não vai conseguir fechá-la agora. Vai pra casa.

-Por favor, Maiara, te imploro! Deixa eu tentar falar com ela.

-Fabrício, vai embora. A Maraisa precisa de sossego. Só isso.

Fabrício acabou cedendo e foi embora desanimado.

Maraisa escutara tudo lá de cima, perto da escada. Quando Maiara virou-se para subir, deu de cara com a irmã a olhando lá de cima.
-Irmã, fiz mal mandando ele embora?

-Não, Maiara, você fez bem. Não estou com cabeça para falar com ele ainda.

Maiara subiu as escadas e foi para o quarto com a irmã. Deitaram-se novamente.

-Irmã, como você está? -perguntou a ruiva.

-Eu não sei... magoada, triste, ferida...um pouco de tudo. Meus sentimentos estão todos bagunçados.

Maiara deu um abraço na irmã.
-Você está tão linda com essa barriga, Maraisa! A coisa mais linda do mundo!

Maraisa sorriu:
-Esse bebezinho é o que faz tudo valer a pena. Por falar nisso, ele está com fome-disse a morena passando a mão na barriga.

-Vou pedir para preparem o café da manhã pra gente-disse a ruiva.

-Maiara, será que não tem nada que me sirva? Queria trocar de roupa.

-Difícil, irmã. Olha o tamanho da sua barriga e olha seus seios como estão enormes!

-Maiara!

-Ué, mas é verdade! Depois eu peço pra Paulinha buscar roupas na sua casa.

-Não sei se é uma boa ideia. O Fabrício vai encher a cabeça dela. Melhor a gente ligar em uma loja e pedir uns conjuntos de moletons bem largos.
Maiara concordou.

As duas desceram para tomar o café, enquanto isso, a campainha tocou.
Paulinha foi atender e voltou com uma cesta enorme de rosas vermelhas.
As rosas eram para Maraisa. Ela pegou o cartão e leu rapidamente:

"Fui um idiota! Me perdoa! Volta pra casa! Te amo!
Fabrício."

-Um grande idiota mesmo- disse ela jogando o cartão de lado.

As duas tomaram um belo café da manhã e, logo após, Maraisa começou a sentir-se mal, sentia náuseas.
-Maiara, nossa, estou muito enjoada e com medo. Não quero passar mal, irmã, estou cansada.

-Nossa, Maraisa, mas você não andava tendo mais essas crises, né?

-Não, mas o médico me disse que elas poderiam aparecer até o último mês de gravidez, só que com menos frequência.

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