Primeiro Mês

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Almira ficou na casa da filha por dez dias, ajudou-a, passou segurança para Maraisa e mimou bastante o netinho. Depois, voltou para casa. Maraisa já sentia-se mais segura para cuidar do seu pequeno sem a ajuda da mãe e Maria estava ali, se ela precisasse de alguma coisa.

Vinte dias depois que o bebê nasceu, Marília ligou avisando que iria visitar o afilhado. Era um sábado ensolarado no final de agosto.

Marília chegou às onze da manhã e estava toda animada. Trazia consigo Léozinho que já viera caminhando sozinho:

-Maraisa, não via a hora de vir ver esse menino! Onde ele tá? -disse a loira dando um abraço apertado na morena.

-Ô, amiga, que bom que você veio! Ele tá dormindo no quartinho dele. E esse meninão, hein? Tá um mocinho já-disse a morena brincando com o Léo.

-Ó, trouxe isso para ele-disse a loira colocando um pacotão no chão.

Maraisa apressou-se em abrir o pacote e Léo ajudou a rasgar o papel. Era um carrinho de passeio em formato de kombi com empurrador e pedal.

-Ah, amiga, obrigada! A nossa cara esse carrinho! Ele só vai demorar um pouquinho pra usar- disse a morena rindo

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-Ah, amiga, obrigada! A nossa cara esse carrinho! Ele só vai demorar um pouquinho pra usar- disse a morena rindo.

-E pra mamãe mais fresca do Brasil, eu trouxe esse vinho importado.

-Ahh, Marília! Você e sua mania de vinho.

-É caro, viu, amiga?

-Só vou poder tomar depois que eu parar de amamentar, então vou esconder, senão o Fabrício toma tudo.

A loira soltou uma gargalhada.

-Vem, amiga, vem ver meu pequeno! -disse a morena puxando a loira pelas mãos.

-Pera aí! Deixa eu ver onde vou deixar meu filho, uai!

-Deixa com a Maiara ou traz ele com a gente.

-Tenho medo de que o Léo acorde o Rodrigo.

Marília saiu da sala levando o filho lá fora para ficar com a ruiva. Em seguida, juntou-se a Maraisa subindo as escadas.

Maraisa abriu a porta do quarto delicadamente e as duas entraram. O bebezinho dormia calmamente no seu bercinho.

Marília sussurrou no ouvido da amiga:
-Ele é perfeito demais!

Maraisa sorriu:
-Quer pegar ele um pouquinho?

-Não, Maraisa, deixa ele dormir! Quando ele acordar, eu pego.

As duas desceram para a área de lazer. Maraisa levava a babá eletrônica com ela para ouvir qualquer movimento do filho.

-Marília, cadê o Murilo?-perguntou a ruiva.

-Ah, acordou de ovo virado. Me irritei e deixei ele pra trás.

-Ê, Marília!! - disse Maraisa dando uma risada.

-Ah, cansei de ficar esperando as vontades dele. Ele que fique em casa-disse a loira irritada.

-Amiga, calma! Já já vocês estão aos beijos que eu sei-disse a ruiva.

-Não sei, não...-disse a loira.

-Amiga, cê tá lembrando que vai ser madrinha do meu casamento, né? E a ideia era que fosse com o Murilo.

-Eu sei, dona Maraisa! Até lá as coisas se ajeitam. Nem a data cê marcou ainda por causa da pandemia.

-É, você tem razão. Tava pensando em marcar assim que os eventos forem liberados. Eu queria casar e batizar o Rodriguinho no mesmo dia. O que vocês acham?

-Eu acho uma boa! Já que você é murrinha, economiza uma festa-disse a loira soltando uma gargalhada.

-Ah, Marília, para! Não é por isso...-disse a morena contrariada.

-Então é por quê?

-Porque...porque...

-Tá vendo! -disse a loira morrendo de rir da amiga.

-Marília! -retrucou a morena.

-Que foi, murrinha?

Nesse momento, Maraisa ouviu um chorinho pela babá eletrônica. Levantou-se, rapidamente, para ir ver seu bebezinho. Maiara e Marília foram atrás dela. Léozinho ficou brincando com Paulinha na área da casa.

As três entraram no quartinho onde o bebê chorava sem parar. Maraisa aproximou-se do berço e pegou o pequeno no colo:
-Olha, filho, vem conhecer sua "madinha" - disse imitando voz de criança.

Mostrou Rodrigo para Marília que sorriu emocionada:
-Maraisa, que coisinha mais linda!

-Pega ele-disse a morena estendendo o bebê para a amiga.

Marília pegou o afilhado no colo muito emocionada:
-Amiga, quem diria a gente já é mãe! Só falta você, Maiara! -disse a loira.

-Calma que um dia vem! -respondeu a ruiva.

O bebê continuou chorando e Marília entregou-o para Maraisa. Ela levou-o para o quarto e começou amamentá-lo. As outras duas a seguiram. Depois que terminou, ela trocou a fralda dele e elas desceram para a área de lazer levando Rodrigo e o carrinho.

No meio da tarde, Maraisa subiu para dar um banho no bebê. Ela gostava de fazer tudo sozinha, mesmo com Maria insistindo para que ela ficasse tranquila e fosse curtir suas visitas, Maraisa dispensava ajuda. Sentia um prazer imenso em fazer tudo o que podia por seu filho.

Depois que terminou o banho, colocou o bebê para dormir.

Passaram o resto da tarde conversando ali na área. Quando começou a anoitecer, Marília foi embora com Léozinho, Maiara voltou para casa e Maraisa subiu para tomar um banho.

O resto do mês transcorreu sem nenhum problema.

Setembro chegou e seu bebê já faria um mês. Ela estava totalmente envolvida com as novidades da maternidade. Aprendera a distinguir o choro do seu bebê. Sabia se ele estava chorando porque estava com fome, ou se estava cansado, até se ele estava cólica. Cada chorinho dele era diferente. Ela conhecia o filho profundamente e aquele elo cada dia estava mais forte.
Dez de setembro chegou e Rodriguinho fez um mês.

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