Boas-vindas

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Estavam todos parados naquele impasse, sem saber o que fazer, quando Wendell os viu. Veio vindo com passos largos e sorridente em direção a eles.

Maraisa deu um jeito de sumir antes que ele chegasse até onde eles estavam. Deu a volta e foi parar lá atrás com Ruth e Léozinho. Maiara era, agora, a primeira do grupo.

Wendell chegou perto delas já abrindo os braços para abraçar a ex-cunhada:
-Bem-vinda! -disse ele dando um longo abraço na ruiva.

Em seguida, abraçou Marília, apertou a mão do João, abraçou Ruth e fez uma gracinha com o Léo e, por fim, seus olhos cruzaram com o de Maraisa. A morena rapidamente desviou o olhar e estendeu a mão para ele, antes que ele fizesse menção de abraçá-la. Wendell, muito cavalheiro, apertou a mão dela fazendo um sinal com a cabeça.

Ao término das boas-vindas, Wendell reuniu o grupo e anunciou:
-Vim dar uma carona para vocês até o hotel.

-Ah, que bom! Porque estou morta de cansaço! - disse Marília.

-Não precisa se preocupar, Wendell. A gente toma um táxi- disse a ruiva já prevendo a reação da irmã por ter que entrar no carro do ex.

-Não, Maiara, que é isso! Faço questão! Desde que o Jorge me avisou que vocês estavam vindo pra cá, já me propus a ficar à disposição de vocês.

A ruiva gelou: "agora a Maraisa me mata"- pensou ela. Não teve coragem nem de olhar pra trás para ver a reação da irmã.

-Então, o Jorge te avisou, foi? - questionou Maraisa.

Wendell assentiu gentilmente com a cabeça já pegando uma das malas das meninas para ajudá-las.

Dirigiram-se até a saída do aeroporto e ele avisou:
-Me esperem que vou pegar o carro no estacionamento e já paro aqui na frente para pegá-los.

Maraisa estava a ponto de matar sua gêmea. Fuzilava ela com olhar. Deu um jeito de chegar do lado da ruiva:
-Isso é coisa sua, não é, Maiara? Você sabia que eu não queria encontrar com ele e foi aprontar uma dessas pra mim?

A ruiva já estava com vontade de chorar, quando Marília entrou no meio:
-Maraisa, fui eu quem deu a ideia. Maiara queria que você se distraísse aqui e eu falei do Wendell. Calma!

-Marília, eu não acredito! - disse a morena indignada.

-Relaxa, Maraisa, viva o momento! O cara tá aqui todo soltinho! Fica de boa! -disse a loira tentando amenizar a situação.

-Você fala isso porque não é com você. Eu fico toda sem jeito, sem saber o que falar. Eu quero ir embora!- disse a morena muito irritada.

-Nada disso! Chega dessa história de querer ir embora, moço! Sossega aí! Essa viagem vai ser boa para você! - falou Marília em tom mais sério.

Maraisa calou-se e Maiara aproveitou para pedir desculpas:
-Irmã, me perdoa...

-Depois a gente conversa, Maiara- disse a morena rispidamente.

Algumas lágrimas rolaram pelo rosto da ruiva.

Wendell já estava estacionando o carro e logo desceu para acomodar as malas no porta-malas.
Maraisa quis sentar-se no banco de trás com Maiara, mas Marília, Ruth e João tomaram a frente dela e o único assento que sobrou foi o dianteiro.

"Eles me pagam"-pensava ela.

Entrou e ajeitou-se o mais próximo da porta possível. Wendell percebendo a inquietação dela disse:
-Eu não mordo...

Ela esboçou um sorriso amarelo e acomodou-se no meio do banco.

-Me passem o endereço do hotel- pediu Wendell.

Depois da Tempestade Onde histórias criam vida. Descubra agora