Parte 11

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Não sou nenhuma tapada, nosso corpo é preparado para isso, tem instinto próprio não precisa ser exper, tudo se encaixa perfeitamente.
Como agora, estou sentada em seu colo, seus lábios nos meus, suas mãos apertando meus seios e a cada movimento uma sensação mas gostosa que a outra, é minha noite realmente não poderia ser melhor.

Ele sussurra no meu ouvido coisas incoerentes enquanto sou tomada por uma onda maravilhosa de orgasmo.
Sinto seu abraço ao meu redor, sua respiração mais forte e seu pau pulsar, até uma quentura me preencher.

Respirando pesadamente, suspiro ainda abraçada ao seu corpo.
Suas mãos fazem carinho nas minhas costas e seguram meu rosto beijando meus lábios intensamente.
Encerando o beijo com um selinho ele alisa meu rosto.
- Você é linda, Deus como é linda e nem precisei tirar a máscara para isso, seus olhos me ipinotizaram.
- É mesmo? Ele faz que sim.
- Os seus também são minha parte favorita.
- E eu achando que tinha te ganhado com meu corpinho.
Fala balançando as sobrancelhas e minhas bochechas esquentam e ele sorrir.
Meu celular toca na bolsa.
- Meu telefone.
- Ah não fica aqui. Ele segura minha cintura.
- Meu tio vem me buscar, se eu não responder ele estará aqui em alguns minutos.
- Tudo bem. Então se estica e pega minha bolsinha que está no chão e me entrega, fico feliz por ele não abrir a bolsa.
- Puts é tarde, ele está chegando, tenho que encontrar Ca... Olho para ele.
- Minha amiga. Ele puxa meu queixo e beija novamente meus lábios.
- Vamos nos vestir.
Ele entra no banheiro e eu pego minhas roupas, e começo a vestir, calço as sandálias e Ruggero sai do banheiro com a calça aberta fechando os botões da camisa.
Fico ipinotizada olhando para ele.
- Se continuar me olhando assim, não vamos sair desse quarto. Fico em pé.
- Você é muito safado.
- E você é muito gostosa. Dou um tapinha em seu braço e ele segura minha mão pressionando seu corpo no meu e devorando meus lábios.
- Quero te ver de novo, quero conhecer você, sem máscara, sem mistério.
- Eu..
- O que me diz? Mordo meu lábio inferior e um sorriso brinca se alarga, suas mãos sobem até o laço...
Uma batida na porta nos faz saltar.
- Ruggero voce esta aí?
- Porra Agus.
- Desculpe amigo mas o pai da minha acompanhante está aqui e ela precisa da amiga para ir embora.
- Merda já, você poderia me dar seu número eu te ligo, ele pega o telefone e quando aperta o botão.
- Droga descarregou. Tiro o meu da bolsa e coloco em suas mãos.
- Coloque seu número aqui, eu te ligo. Ele fica desconfiado mas digita o número e manda mensagem para o celular dele.
- Espertinho.
- Você tem tendência a fugir.
Vou passando para abrir a porta e ele me rouba mais um beijo.
- Quando a porta se abre Carolina está com um sorriso de orelha a orelha, olha para Ruggero depois para Agustín.
- Nada de despedidas vamos embora.
Já fala com a voz embargada e fico sem entender, ela segura minha mão e sai me arrastando, olho para trás e aceno com a mão um tchau.

Viemos em completo silêncio eu e Carolina pois meu tio veio tagarelando o caminho inteiro.
Quando chegamos, Caro olhou para mim, e aquele simples olhar eu soube, ela fez o mesmo que eu, mas não poderíamos conversar porque hoje era sua última noite em casa, amanhã estaríamos embarcando para a Califórnia e tudo ficaria para trás, teríamos que esperar até amanha para termos nossa conversa.

Me despedir da minha amiga com um abraço apertado e um carinho nos cabelos.
Mamãe já estava dormindo quando entrei, então fiz o mínimo de barulho possível para não acorda-la, puxei o cobertor e desliguei a luz de seu quarto.
Entrei no meu e fui tirando a roupa pela segunda vez aquela noite, a diferença é que estava fazendo isso sozinha, sorrio com a lembrança.
Entro no banheiro e deixo a água quente relaxar meus músculos inclusive o meio das minhas pernas que eu não comentei mas que agora está ardendo.
Ponho um pijama confortável e apago a luz me jogando na cama, pesco o celular e passam das quatro da manhã.
Abro aplicativo em seu contato e sorrio com sua foto, é ele e o senhor Luis, já a minha é as margaridas que o papai plantou comigo.
Fecho os olhos e penso em Ruggero, na noite maravilhosa que tivemos, nos seus lábios nos meus e em todo o meu corpo.
Meu coração parece gritar de felicidade.
Amanhã eu vou procurá-lo e contar quem sou eu.

Arrumo minha mochila com tudo que vou precisar para a viagem, confesso que estou na dúvida entre jogar tudo para o alto e ficar com Ruggero, ou seguir com meu intercâmbio, olha o que estou pensando sou muito sonhadora mesmo.

- Pronta amiga? Carolina questiona assim que estaciona o carro de sua mãe na vaga da escola viemos pegar nossa documentação com a diretora e fazer o discurso que fui designada para a turma, mesmo não sendo uma das formandas.
- Pronta.
Falo com convicção, descemos do carro e estou vestida completamente diferente do que costumo usar dia a dia para a escola.
Calça jeans cintura alta preta com um top de tricô na cor preta e um blazer verde escuro, meu cabelo solto em ondas e estou usando um pouco de maquiagem a diferença de ontem é que estou usando óculos.
O auditório está cheio, estou ao lado do palco e daqui posso vê -lo.
Não mandei mensagem e nem liguei na verdade meu telefone ficou desligado o dia inteiro, eu precisava terminar meu discurso e minha mala, com meu celular ao lado ficou impossível o mínimo sinal de luz achava que era ele então desliguei.

- Boa noite a todos, sei que foram três anos de muito esforços e estudo e agora finalmente podem se formar, como estamos em despedida, chamei uma das nossas alunas que estará nos deixando para fazer esse discurso.
- Sevilla o microfone é todo seu.
Sorrio nervosa e subo as escadinhas fazendo atenção para não cair.
Escuto palmas e assovios, olho para Carol ao lado do palco em pé aplaudindo e assoviando, volto a olhar para a plateia de alunos e percebo Ruggero assoviando trazendo um sorriso aos meus lábios.

Boa noite pessoal,
Bem se despedir é complicado...
Olho para ele.
Fazer um descurso de despedida mais ainda.
Fiquei pensando o que eu poderia falar, afinal é só uma despedida não é?
Então eu poderia dizer foi muito bom! Obrigado a todos e tchau.
Seriam palavras de despedidas não é mesmo, mas não para esse momento.
Então pensei em ser mais formal como caríssimos colegas.... Mas daí pensei que brega eu seria, desculpem professores esse discurso são para os meus colegas então zero formalidades. Eles dão risada.
- Então galera... Todos dão risada.
- Como sou do segundo ano, mas estive com a turma de vocês muitas vezes esse ano, puxei na memória, momentos que foram compartilhados juntos.
Como quando o professor de biologia fez trabalho em dupla e fizemos desse trabalho um bate papo, ou quando tapem os ouvidos professores eu me fingi de cega, surda e muda enquanto vocês colavam na prova. Ponho a mão na testa.
Ou quando o San cadê ele.
Não se esconda garotinho. Ele rir porque fala o mesmo para mim sempre.
San e suas histórias, acredito que vocês vão sentir falta disso.
Quantas coisas viveram juntos e hoje uma etapa se encerra e uma nova se inicia e estão prontos para um novo passo.
O mundo real, cheio de desafios onde a vida de gente grande não é nada fácil.
Mas não precisa ser não é mesmo?
Tenho certeza que estão preparados para o que vem pela frente, e do Lisboa só restarão lembranças e gratidão, aos companheiros que aos trancos e barrancos construimos amizades, aos nossos mestres por todo suporte e por tudo que nos ensinaram até aqui, vai o nosso muito obrigado.
O que desejo a todos é tudo de bom. Dou risada.
- Que consigam ingressar na carreira que tanto desejam, que realizem seus projetos e planos, que ninguém envelheça e que fiquemos todos ricos. Mais risadas.
Então é isso acho que falei demais não é?
Desejo a todos sucesso!!!

Todos aplaudem e fico feliz de não ter pago mico.
Enquanto a cerimônia estava terminando a diretora nos chama em sua sala para receber nossos documentos de inscrição.
- Boa sorte meninas, estaremos torcendo por vocês.
- Obrigado. Agradecemos e saímos da sala.
- Eu preciso fazer uma coisa.
- Eu também, nos vemos no estacionamento.
Assinto e entro no corredor, quando vou virar para os banheiros escuto a voz dele.
- Então você voltou com Emília.
- Acho que sim, ela prometeu que iria mudar, acho que merece uma segunda chance.
- E a garota de ontem? Ele suspira.
- Eu procurei por ela hoje, liguei mais cedo para o número mas não consegui retorno. Ele dar de ombros.
- Não era pra ser amigo.
- Karol, obrigado pelo discurso. San aparece e fala meu nome alto e não tenho outra alternativa a não ser sair do meu esconderijo.
- Obrigado. Ele me abraça.
- Ei vizinha, seu discurso foi perfeito.
Engulo as palavras e o choro.
- Obrigado, parabéns pela formatura.
- Obrigado. Ele me puxa para um abraço e beija meu rosto.
- Boa sorte e não esquece o meu cartão?
- Não vou esquecer, bem eu tenho que ir, boa sorte para você também, nos vemos por aí.
- Pode apostar que sim.
Solto minhas mãos aos poucos da sua e vou me afastando, quando dobro o corredor, corro o mais rápido que posso em direção ao carro, onde Caro me espera com o rosto vermelho e o coração em pedaços como o meu, sera que já podemos acordar.



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