Parte 52

237 17 33
                                    


Karol é uau, ela é... Não tenho palavras para descrever.
Principalmente quando ela está inclinando o corpo para verificar Ange no banco de trás com os seios na minha cara.
- Ruggero você está olhando a estrada.
- Sim com certeza. Recebo um beliscão.
- Caralho.
- Olha a garota...
- Desculpe pequena princesa, sua madrinha me tira do sério.
- É mesmo? Em qual sentido posso saber? Estaciono.
- Em todos. Ela se vira para mim e meu olhar cai nos seus garotos e passo a língua nos lábios contendo a vontade de passar em outro lugar, me inclino e capturo seus lábios, deixando-a sem fôlego e vermelha.
Ela pigarreia, se recuperando.
- Hum é... Abro a porta do carro e pego Ange da cadeirinha.
A porta da casa está aberta e posso ouvir vozes e a música baixa tocando na rádio.
- Meu pai está aqui. Karol olha para mim segurando a bolsa da pequena princesa.
- Filho você veio.
- Como se eu tivesse essa opção. Resmungo e recebo um beliscão.
- Ai isso dói.
- É para doer mesmo é a sua mãe.
- Karol querida, seja bem vinda. Minha mãe ainda está se aproximando quando Karol sussurra.
- Me diga que você avisou a ela que eu vinha? Fico calado e ela respira fundo.
- Oh meu Deus vocês a trouxeram, venha aqui com a vovó meu amor.
- Vovó? Questiono e ela faz um gesto com a mão e pego meu telefone vendo a mensagem de Gustavo enquanto ela cumprimenta Karol e baba na bebê.
- Bruno, Clara venham ver essa belezura.
Meu pai aparece e levanto o rosto encontrando Clara, minha sobrancelha vai lá em cima e ela sorrir para mim.
- Clara. Ela se aproxima e me envolve em seus braços.
- O que faz aqui?
- Sua mãe me convidou para almoçar. Olho para minha mãe buscando informação de onde elas se conhecem.
- Clara trabalha no escritório. Meu pai quebra o sigilo, eu sabia que a loira do bar era advogada, mas não que trabalhava para o meu pai e isso acaba de me deixar com o pé atrás.
- Venha Karol, eu te mostro a casa. Karol vai com minha mãe sem olhar para mim nenhum momento, meu pai já estava no jardim e só ficamos nós dois.
- Vamos pode perguntar? Olho para ela.
- Foi ele que te mandou naquele bar?
- Não, eu conheço o Alfredo o dono do bar a anos e já frequentava o lugar. Assinto.
- Ruggero você está achando que seu pai me mandou para me envolver com você?
- É você que está dizendo.
- Porque a sua cara não nega.
- Tudo bem, só que isso estranho, demais pra falar a verdade, ainda bem que isso não é um relacionamento.
- Porque o que tem se fosse? Tenho certeza que eles adorariam e eu também.
- Seria o nosso fim. Ela arregala os olhos.
- Eu não busco um relacionamento Clara, sempre deixei isso claro para você.
- Eu sei, mas...
- Sinto muito, esqueça, não vai rolar, eu não te dei esperanças e não vou aturar mulher na minha cola então se está aqui para isso. Aponto para a porta.
Ela parece ofendida, mas no momento não me importo, estou preocupado com a mulher que está lá dentro, que eu passei a noite na cama e que seu cheiro tomou meus sentidos... Porra Karol o que você fez comigo.
De novo.
Clara se recompõe e coloca um sorriso no rosto se aproxima e beija minha bochecha.
- Não se preocupe bonitão, estou aqui como amiga e companheira de trabalho do seu pai, na verdade ele é o meu mentor. Então ela me dar as costas e sai e vou atrás de Karol.
Ela estava ao lado de fora no jardim, sentada olhando algo, acredito que seja os últimos exames da dona Antonella, enquanto minha mãe faz caras e bocas com Ange.
Pego duas cervejas e me sento ao seu lado entregando uma a ela.
Que tira os olhos dos papéis, vê a cerveja, pega da minha mão e agradece.
- Obrigado.
- Karol. Chamo.
- O que? Ela está olhando os papéis novamente.
- Olhe pra mim.
- E porque eu deveria, estou ocupada aqui.
- Mentira. Ela revira os olhos.
- Me diga uma palavra do que conseguiu entender. Um sorriso irônico se forma em seus lábios que estou nesse minuto tentado a devorar.
- Não se engane eu sei de cor o que tem escrito aqui, e se estou ocupada é pensando que porra estou fazendo aqui, porque puts isso está muito bizarro. Minha cara de interrogação denuncia.
- Ruggero você não me deve satisfação alguma, mas a sua peguete, ficante sei lá o que, não tira os olhos de mim, ou seja a outra, que foi para cama com você ontem, isso é no mínimo bizarro.
- Ela não sabe que estávamos na cama.
Sua cara de jura, você acredita mesmo.
- Ok ela desconfia mas, nós não temos nada e não tem porque ficar assim.
- Realmente não temos mesmo. Ela responde olha o celular e termina de beber a cerveja.
- Desculpem surgiu um imprevisto, vou ter que ir até o hospital. Então se vira para mim.
- Se precisar de ajuda... Minha mãe interrompe.
- Não se preocupe Karol ela fica com a vovó não é meu amor, vai tranquila.
Ela se despede pega sua bolsa e sai e fico me perguntando que porra eu falei.
Merrrda.
- Espere Karol, o que eu disse... Ela me interrompe.
- Não se preocupe com isso, eu preciso ir cuida dela.
- Não você...
- Meu táxi chegou Ruggero, nos vemos mais tarde, ou não.
- Como assim ou não?
Ela não responde e entra no táxi, droga eu não estava falando dela e sim da outra.
Mas que porra.
Entro em casa e escuto uma risada que reconheço bem, me viro e ele se joga no sofá, pego uma almofada e jogo nele que segura e coloca no lugar.
- Quer parar de rir.
- Você nunca teve jeito com as mulheres amigo.
- Droga o que eu faço?
- Bem vai ter que conversar com ela, com calma, encontrar uma maneira, porque Karol e você  já passaram por muitos desencontros, mas o principal é saber o que você quer dela.
- O corpo, os meninos a bo... Ele joga a almofada em mim.
- Idiota, é só tesão mesmo, pense e descubra.

Meu Clichê Onde histórias criam vida. Descubra agora