Parte 19

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Levanto um pouco o braço do rosto, só um pouco.
- Acho que eu ainda estou aqui. Faço uma careta.
E me viro no chão tentando ficar em pé.
- Espere um momento você não é a médica de.... Suas palavras morrem e percebo o porquê, estou de calcinha e sutiã de renda preta, pensei que ficaria envergonhada mas não, estou furiosa, um, ele não me reconheceu, como sempre, dois, não tem o direito de me olhar assim.
Três, quero muito arrancar sua cabeça com meu bisturi. Credo falei que nem a Caro. Pego o travesseiro do chão rapidamente e jogo na cara dele.
- Seu pervertido. Puxo o lençol cobrindo meu corpo, o álcool até foi embora.
Ele se joga para trás na cama dando risada.
- Querida não sou pervertido, eu só não estou cego, você que está... Ele volta a me olhar de cima abaixo e morde o lábio inferior.
- Correção você que é bem gostosa.
- Seu tarado.
- Bem, tarado não, foi você que entrou na minha cama.
- Sua cama? A porta do quarto se abre.
- Karol eu ouvi um grito e... Ruggero.
- Amor eu esqueci de avisar que ele estava dormindo aqui. Agustín vai entrando mas para na porta ao me ver.
- Bem, amigo quantas vezes eu tenho que dizer que aqui não.
- Agus... Ruggero tenta falar.
- Não Ruggero, você não pode trazer mulher para essa casa.
- Agus... Estou com os olhos esbugalhado Carolina tenta falar.
- Não ele tem que...
- Agustín. Carolina segura seu rosto.
- Essa é a Karol minha melhor amiga.
- Ah... Ele aponta para mim e depois para Ruggero e ja mudei de cor e o cretino está na cama rindo.
Passo por eles e vou saindo.
- Karol onde vai?
- Para bem longe, onde eu possa respirar.
- Vai sair assim? Então me dou conta de como estou vestida e fico mais envergonhada ainda.
- Argh... Quero matar aquele ser. Carolina rir.
- Pare de rir ou vou deixar seu noivo viúvo.
- Está bem já parei. Ela segura a risada.
- O que aconteceu?
- O que aconteceu? O que aconteceu?
Aquele ser me agarrou assim que me deitei, o susto foi tão grande que fui parar de bunda no chão, e juro pra você que achei que estivesse sonhando.
Quero minha casa e minha cama nesse momento.
- Nem pensar você é minha madrinha lembra? Califórnia só depois do casamento.
- Carolinaaa. Ela me lança seu olhar de quem não se nega nada a ela.
- Não me olhe assim.
- Assim como?
- Você é impossível.
- E você me ama mesmo assim, agora vem você fica no quarto do papai ele está no sítio.
- Carolina. Agustín chama e quando chega até a sala olha para mim.
- Karol, oi me desculpe, caramba eu fui idiota é que... Levanto uma mão interrompendo e estendo para ele.
- É um prazer conhecê-lo Agustín apesar de termos frequentado o mesmo colégio. Ele sorrir e segura minha mão.
- Não precisa se desculpar, foi um terrível mal entendido.
- Eu ouvi isso gata. Faço uma careta.
- Não tenho problema em repetir seu pervertido.
- Foi você que deitou na cama vestida com uma calcinha sexy eu não resistir.
- Argh, qual o problema dele.
Os dois dão risada e só aponto um dedo para eles que param na mesma hora.
Entro no quarto do tio e fecho a porta.
Essa noite já pode acabar.

Na manhã seguinte acordo e minhas roupas estão na poltrona, Carolina com certeza.
Levanto e faço um coque no cabelo, visto a roupa, calço os chinelos que ela deixou e pego meus saltos e a bolsa, entro na cozinha e encontro os três.
- Bom dia meu raio de sol.
Carolina sempre de bom humor. Reviro os olhos e beijo sua bochecha que me entrega uma xícara de café.
- Para alegrar seu dia minha mal humorada. Agora sim acabo sorrindo ela me conhece muito bem.
- Então doutora sexy dormiu bem?
- Eu tenho um nome.
- A propósito não fomos apresentados, sou Ruggero.
- Eu sei quem é você capitão. Ele arregala os olhos e sorrir e eu olho a hora.
- Precisamos ir, tem a prova do bolo, e do vestido.
- Você marcou? Olho para ela debochada.
- Sua amiga Karol. Falo olhando para ele.
- Não brinca em serviço.
- Espere como sabe que eu fui capitão? Reviro os olhos.
- Qual sua profissão mesmo?
- Sou policial.
- Deveria investigar, ou trocar de profissão você é péssimo. Carolina cai na gargalhada e ele abre e fecha a boca e fica sem palavras, e vou saindo mas ainda escuto Agustín dizer.
- Você é bem lerdo amigo, estudamos na mesma escola cara. Acabo sorrindo.

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