Parte 22

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Passamos o dia correndo atrás de bolo e vestidos e quando a noite chega estamos no hospital.
Fazendo um programa para a cirugia, mas os novos resultados de exames acaba mudando tudo.

Chego exausta em casa, e só quero dormir um pouco.
Desperto com o som do celular eu tinha enviado os exames para um cirurgião amigo meu na Califórnia e ele me mandou ideias, vou fazer cronograma.

Aproveito que já acordei e vou correr um pouco isso me ajuda a pensar.
- Para onde vai assim tão cedo. Mamãe questiona quando beijo sua bochecha.
- Correr preciso pensar. Ela rir.
- Queria ter a mesma disposição. Dou risada e saiu de casa, conectando minha playlist, faço um alongamento e logo estou correndo.

Já havia feito a curva no quarteirão para voltar quando um carro reduz a velocidade e o vidro abaixa.
Olho de lado e vejo Ruggero no volante sorrindo.
- Sabia que poderia multa-la por excesso de velocidade. Levanto o dedo do meio para ele.
- Uau vizinha eu não conhecia esse seu lado, onde foi parar a garota doce e delicada que eu conheci, você a transformou em uma cadela atrevida heim? Paro e começo a rir e ele freia o carro.
- Pensei que receberia um insulto essa não é a reação que esperava.
- Bem já fui chamada de coisa pior, mas estou contente que sua cabeça ainda funciona.
- Minha cabeça funciona muito bem, as duas diga-se de passagem.
- Hum espero que sim, não conheço nenhum médico nessa área para que possa te receitar uma azulzinha, sabe como é pensar demais diminui a potência.
Falo e volto a correr, e logo chego a calçada de casa e ele estaciona.
- Você se tornou cruel, onde faço uma  reclamação. Olho para ele debochada.
- Bem vinda de volta Karol.
- Demorou heim.
- Você mudou muito.
- Não posso dizer o mesmo.
- Eu sei estou mais bonito e mais gostoso. Ele fala e me afasto, olho ele de cima abaixo e cruzo os braços.
- Então passei no raio x?
- Talvez.
Tiro o casaquinho que estou vestida ficando só de top, minhas chaves acabam caindo e me abaixo para pegar quando levanto seus olhos estão nos meus seios, dou uma balançada, e seus olhos acompanham.
Abano as mãos na frente dele.
- Ou o meu rosto está aqui.
- Eu sei é que embaixo está mais interessante.
- Bem se já acabou de secar meus peitos eu vou entrar, preciso de um banho.
- Tem para dois? Dou risada e me aproximo dele.
- Você adoraria não é mesmo? Vejo ele engolir a saliva.
- Vou deixar a cortina aberta afinal olhar não tira pedaço.
- Que malvada sem coração. Dou as costas e vou entrando em casa.

Estava almoçando quando o nome de Carolina pisca no meu celular.
- Kah, preciso que acompanhe o Agus para ver a roupa.
- Por mim tudo bem, que horas?
- Em uma hora, tudo bem?
- Perfeito vou me arrumar.

Já estava pronta, e sair de casa esperando encontrar Agustín, e o encontro só que no carro de Ruggero, com o mesmo no volante.
- Pronta Karol.
- Pensei que seria só você.
- Ele é meu padrinho, vai precisar de roupa também. Ruggero está ao telefone e não escuta a nossa conversa, entro no banco de trás.
- Tinha esquecido desse pequeno detalhe. Agustín rir.

Nem vejo quando ele desliga o telefone, só passo o endereço a Agustín e consigo falar com Daniel meu amigo cirurgião, fico quase uns quarenta minutos com ele ao telefone.

Entramos na loja é que consigo desligar.
- Oi Marisa estivemos aqui ontem.
- Oi Karol, eu deixei separado alguns modelos.
Ela nos leva para o espaço na loja reservado e mostra a cor dos ternos.
- Não, essa cor e essa gravata.
- Tem que usar gravata? Ruggero pergunta ao meu lado.
- Claro que sim.
- Esse negócio que enforca a gente e te deixa com aparência de pinguim. Agustín está rindo.
- Acho que você é bem grande para parecer um pinguim, e pare de reclamar, como você aguenta cunhadinho? Exclamo concentrada nas cores de gravata.
- Ele é meu chefe. Agustín fala dando de ombros.
- Pronto esse é do noivo. Falo quando ela nos mostra um. Então Agus a segue até o outro lado onde tem uma pessoa para fazer ajustes.
E acabo separando três ternos para esse outro ser.
Ele entra para experimentar e eu me sento com meu tablet na mão, e começo meu cronograma para a cirugia.

- O que está fazendo?
- Um cronograma. Respondo sem olhar para ele, que se inclina.
- Qual sua especialização doutora? Ele questiona.
- A que todo homem gostaria de ter. Falo segurando a risada, mas ainda concentrada no tablet.
- E qual seria?
- Ginecologista.
- E porque todo homem gostaria de ser gine... Ele para de falar quando entende e fica em silêncio.
Levanto a cabeça e perco a linha de raciocínio o cara está... Caralho fiquei quente só de olhar, mas ele está em uma crise de risos e fico sem entender.
- Depois eu que sou pervertido não é?
E como é trabalhar com tantas... Ele procura as palavras então entendo o que ele diz, sorrindo explico.
- Estou brincando querido sou cardiologista especialista em veias artérias, adoro o coração humano.
- Fascinante. Ele volta a fechar a cortina e continuo no tablet.
- Karol.
- Hum.
- Você pode me ajudar aqui?
- Você está vestido?
- Acho que já me viu com bem menos do que estou vestido.
- Mentira eu nem reparei em você.
- Eu tenho certeza que sim.
- Convencido. Abro un pouco da cortina colocando a cabeça.
- Do que precisa?
- A gravata deu um nó aqui  e não consigo tirar. Ele está com a calça aberta e a camisa para fora, a gravata está ao contrário porque ele mesmo estava tentando tirar então entro no provador estico os braços e tento desfazer o nó, o gancho para fechar a gravata borboleta cai no chão.
- Droga espera deixa que eu pego. Falo porque sou menor e o espaço é pequeno.
Me abaixo e puta que pariu porque fiz isso?
Quando levanto meu cabelo está preso no seu zíper, a miséria, e nem achei o gancho.
- O que está acontecendo?
- Estou presa.
- Onde?
- no seu zíper porque deixou a calça aberta puta que pariu.
- Eu não podia prever que você iria se abaixar aí né. Ele tenta se afastar e dou um grito.
- Aí porra meu cabelo.
- Calma eu vou tirar, ou pedir ajuda.
Ele está com as mãos na minha cabeça.
Na mesma hora a vendedora aparece.
- Senhor você está bem? Ela pergunta e abre um pouco da cortina.
- Aí meu Deus perdão. Ela volta a fechar e se afasta.
- Ela pensou que... Ele fala, e olha para baixo e eu olho pra cima.
- Não me olhe assim?
- Assim como Ruggero, eu preciso desenroscar meu cabelo, cadê a vendedora.
- Karol não olha pra mim.
Reviro os olhos, mas é aí que sinto, porque estou com uma das mãos apoiadas em sua perna, melhor dizendo na sua virilha e a outra tentando tirar meu cabelo.
- Ruggero me diz que você não está...
- Porra você olhou de novo, sabe que essa posição da um tesão do caralho, você não pode me olhar daí de baixo. Ele fala travando os dentes.
- Eu vou gritar seu tarado.

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