Parte 48

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- Lindinha, papai também estava com saudades, seu padrinho está cuidando bem de você não é? Ela sorrir e balbucia mais alguma coisa.
- Espero que você esteja conversando com Ange, caso contrário vou pedir para suspender os analgésicos, voce deve está delirando ou pior a idade chegou e está falando sozinho. Olho para Agus que sorrir ao vê-la e ele olha de volta para mim.
- Relaxe ela não pode me ver, somente você. Franzo o cenho e ele aponta para ela que está com seu sorrisinho e então Agustín rir.
- Ela acabou de te chamar de velho, é por isso que amo essa garota, atrevida e rebelde do jeitinho que você precisa.
Estreito os olhos mas logo depois caiu em uma gargalhada com o que ele disse
Ela se aproxima olhando para Ange e eu aproveito para levantar o dedo do meio pra ele.
- O desenho deve ser muito engraçado não é pequena você está sorrindo fazendo caras e bocas.
- E você acordou cheia de gracinhas, onde foi parar seu mal humor matinal?
- Eu tenho meus momentos. Ela então se aproxima e controla tudo novamente.
- Estancou, voce sente alguma queimação na região?
- Não doutora. Ela sorrir e seguro sua  cintura apertando um pouco para que olhe para mim só que ela tão próximo assim me deixa... Passo a língua pelos lábios ganhando tempo para organizar meus pensamentos e a coisa fica pior quando seus olhos acompanham o movimento.
- É vai ser um enorme sacrificio. Escuto Agustín, mas não dou bola.
- Obrigado por ficar.

Uma enfermeira aparece com minha alta, depois de fazer um controle.
Karol segura Ange em seus braços e pego a bolsa, olho para Agustín sentado na poltrona.
- Não se preocupe comigo, nos vemos em casa. Assinto sem entender o que de fato está acontecendo.

- Ei para onde vai? Chamo porque ela está andando lá na frente.
- Tem um táxi bem ali, não vim de carro.
- Os garotos deixaram meu carro no estacionamento.
- Você não pode dirigir. Ela fala e minha cara denuncia.
- Não, nem pensar eu vou dirigir o seu carro. Reviro os olhos.
- Vamos de uma vez. Pego Ange dos seus braços.
- Ruggero espere.. Ruggerooo. Continuo caminhando e quando entro no banco traseiro com Ange aponto para o motorista.
- Eu não vou entrar aí, seu picape é alto, olha o tamanho das minhas pernas, não vou conseguir alcançar os pedais. Ele rir.
- Pare de rir idiota.
- Karol pare de drama e entre no carro. Ele se inclina e aperta um botão e o banco vai para frente.
- Vamos madame, sente seu lindo traseiro aqui e nos leve para casa.
Tenho certeza que ela queria revirar os olhos, mas não deixou de exalar sua indignação por ter que ficar praticamente em cima do volante e a coisa me fez rir.

- Não foi tão difícil foi?
- Vá se...
- Opa temos um bebê aqui. Aviso e abro a porta.
- Angh.
Depois de colocar Ange em seu berço e me certificar que a câmera estava ligada, levo o monitor para a cozinha e Karol está ali, arrumando mamadeira.
- Precisamos conversar. Vejo quando seus ombros caem um pouco e ela deixa o pano de lado e então se vira.

- Antes de tudo eu preciso contar algo que você ainda não sabe.
Aponto para a cadeira perto da mesa e me sento ao seu lado.
- O acidente deles não foi uma fatalidade. Karol arregala os olhos.
- Como assim? Respiro fundo.
- Você deve ter ouvido falar de um maluco que estava matando e deixando sua marca nas vítimas.
- Eu ouvi alguma coisa, mas isso foi na Espanha.
- Sim, mas ele chegou aqui, foram doze mortes e nossa delegacia foi uma das responsáveis pelo caso, Agustín estava seguindo de perto. Vejo o pavor em seus olhos.
- Ele estava trabalhando nesse caso, através de pistas que conseguiu, ele perseguiu o cara, quando eu estava fora, mas não conseguiram pegar e depois disso ele virou um alvo.
- Meu Deus Ruggero.
- Naquele dia, ficamos trabalhando no caso até tarde, e tomamos uma cerveja no bar de sempre, então Carolina apareceu conversamos um pouco e resolvemos ir para casa.
- Então você estava com eles?
- Sim, o Gustavo me pediu uma carona e o Agus acabou saindo na frente com Carolina, mas ele percebeu que estava sendo seguido e me ligou.
Eu fiquei com ele no telefone. Fecho os olhos e posso ouvir os gritos de Carolina, o choro, a mão de Karol aperta a minha me trazendo de volta.
- Eu consegui alcança-los mas o desgraçado aproveitou que um caminhão vinha da direção contraria e...
Karol solta um grito alto e puxo seu rosto para o meu peito.
- Eu não queria causar mais dor..
- Não, eu precisava saber, eu quero saber de tudo por favor? Assinto e tomo um tempo pra respirar, reviver tudo está...
- Gustavo conseguiu capturar o cara e eu bem.. eu matei ele. Ela assente.
- Mas no dia do funeral, Gustavo estava procurando a pasta do caso que estava com Agus para arquivar o caso, e descobriu que aquele era seu parceiro, e bem, ontem...
- Me diga que você matou esse homem, se me chamarem para salvar a vida dele vou perder minha credencial de médica. Um sorriso fraco se forma em meus lábios.
- Eu descarreguei uma arma nele, acho que foi o bastante não é? Ela suspira aliviada.
- Ele teve o fim que mereceu. Faço que sim.
- Karol, o Agus me disse adeus, mas antes ele me fez prometer que eu cuidaria da Ange, que protegeria sua menina, eu fiz eu prometi, porque eu faria qualquer coisa pelo meu amigo.
Então mesmo achando que viver na mesma casa que você vai ser uma loucura e vou precisar de terapia ou vou parar no manicômio.
- Eiii. Ela dar um tapa em meu braço. Dou risada.
- Eu quero dizer que estou disposto a deixar de lado o passado e tentar pela Ange, eu sei como foi a vida do meu amigo com os pais, e de jeito nenhum eu deixaria que ela fosse parar em um orfanato. Ela respira fundo.
- Eu pensei muito Ruggero, acho que pode dar certo.
Sabe Carolina também me fez prometer o mesmo. Ela chegou desacordada ao pronto socorro e quando conseguimos reanima-la, ela sabia que não tinha muito tempo, e me fez prometer o mesmo.
- Eles sabiam exatamente a quem estavam pedindo.
- Então companheira de casa, temos um acordo? Levanto a mão para ela que aperta.
- Temos um acordo, mas precisamos estabelecer algumas regrinhas. Reviro os olhos.
-Eu sabia que estava fácil demais, vai manda.

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