Parte 61

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Último capítulo.

- Você precisa manter a calma.
- Como Agustín me diz?
Eu me dei conta de que tinha tudo o que eu sempre quis, uma família. Ele sorrir.
- Agora você precisa manter a calma, demorou demais e se não tiver paciência vai perde-la.
- Vê-la com Gustavo na lanchonete do hospital me quebrou, e depois ela me expulsar de sua cama, terminou de me quebrar. Ele dar dois tapinhas no meu ombro.
- Eu sei amigo, agora você vai ficar longe, e ela vai poder refletir um pouco, não a pressione, Karol desenvolveu um mecanismo de defesa, a fuga, e você vai precisar driblar isso.
- Onde que eu fico correndo atrás de mulher?
- Quando ela é a sua garota misteriosa.
- Ok isso é verdade eu corri anos atrás, e agora parece que o mundo resolveu mesmo dar volta.

Meu treinamento começa e estamos a todo vapor, a equipe é excelente.
Confesso estou morto de saudades de Ange e da Karol.
Nunca pensei que um dia sentiria falta de casa, do cheiro e das duas, elas se tornaram tão importantes para mim de uma hora para outra, e não sei como seria minha vida sem as duas.
Eu demorei é verdade sou estupido mas quero isso, quero tanto que dói.

A tarde estou descansando e respondendo alguns e-mails quando recebo um vídeo de Ange, a mãe de Karol que acaba de enviar.
Ela entrando em casa chamando por mim.
Meu coração se aperta de saudade.
Fazem exatamente sete dias que estou longe, olho o relógio amanhã é domingo e uma ideia surge, se pegar estrada agora posso voltar amanhã a noite.
Nem arrumo nada, só pego o telefone e as chaves entrando no carro.

Por volta das seis estaciono e a casa está escura, Karol ainda não chegou.
Abro a porta e acendo a luz, vou direto no quarto de Ange, mas não tem ninguém em casa, paro na cozinha quando vejo o computador e um caderno em cima, me aproximo e ao tocar no caderno acabo pressionando uma tecla e a tela acende.
" MEU CLICHÊ"
É o que tem escrito, e o nome de Karol, sento na cadeira e passo a ler, sei que não deveria mas é uma história, de uma garota que parecia viver um romance adolescente não correspondido, com o passar da leitura vou percebendo que essa história é bem parecida com...
Espere festa em máscara?
Caralho eu fui o primeiro da Karol, como não me dei conta, por isso ela ficou estranha quando perguntei, continuo lendo e me identificando.
Aqui Karol expressa seus sentimentos, sua agonia quando ficou fora, tudo o que sofreu.... Sofreu por mim. Fecho os olhos sentindo como meu coração acelera no peito.
Ela não era só mais uma, e não estava me enganando, ela sempre foi a minha garota.
Levanto com o caderno em mãos que é um esboço do livro, que ela ainda não terminou, saiu de casa no momento em que ela estaciona o carro na frente da casa da mãe.
- Eu tenho o final. Falo e ela se vira para mim.
- Ruggero. Sua voz dizendo meu nome aquece meu peito, nos falamos só por mensagem senti saudade de sua voz.
- O que faz aqui?
- Eu senti saudades. Confesso de uma vez sem receios.
- Mentira eu morri de saudades, meu peito chegava a doer, e chorei como uma criança todas as noites longe de vocês.
- Ruggero o que você está...
Levanto o livro e seus olhos se arregalam.
- Eu tenho o final do nosso clichê.
Vejo a engolir em seco e me aproximo, e mesmo querendo toca-la mantenho as mãos para mim.
- Eu desde moleque sempre sonhei, em ter uma família, uma mulher, filhos, uma casa com a cerquinha branca, cachorro e o caralho a quatro, e quando me casei pensei que seria realizado, mas não, então resolvi colocar esse sonho na gaveta e esquecer, até você aparecer e virar meu mundo, até nossos amigos morrerem e deixarem a vida deles para nós, e então o meu sonho que estava guardado saiu da gaveta sem que eu o tirasse de lá, e me pegou em cheio.
Eu demorei para assimilar tudo, sou meio lerdo. Ela sorrir.
- Mas eu cheguei a conclusão, o que tínhamos não era um relacionamento, era mais do que isso.
Você se tornou minha companheira, melhor amiga, e acima de tudo minha mulher, então doutora Karol me daria o prazer de oficializar o nosso para sempre.
Seu lindo rosto está coberto por lágrimas e ela arfa.
- Ruggero.
- Fala de novo, eu passei sete dias sem ouvir a sua voz querida.
- Ruggero.
- Estou aqui.
- Me beija... Agora.
Com um sorriso enorme, colo nossos lábios e nossos corpos se chocam, é como se tudo estivesse voltando ao lugar, como o beijo no baile de máscaras.
- Se eu soubesse que era o seu primeiro beijo, teria feito durar a noite inteira.
- Bobo. Ela volta a me beijar e o desespero, a angústia desaparece, com uma mão em seu rosto e a outra em sua cintura me afasto.
- Isso é um sim?
- Acho que vou ter que caprichar no próximo beijo porque você ainda tem dúvidas.
Eu ainda sou a garota que sonha com o capitão do time.
- Então devo dizer que seus sonhos se tornaram realidade querida, porque eu descobri que não sei viver sem essa garota. Eu amo você Karol.
- Você tem ideia do que está fazendo comigo?
- Tenho e assumo todas as consequências.
- Eu amo você Ruggero sempre amei.
- Eu sei querida me perdoa por não perceber antes.
- Você veio.
- E não vou embora, na verdade eu tenho que voltar, mas dessa vez vocês vem comigo. Ela arregala os olhos.
- Vamos nos casar ou acha que vou deixar você pensar, de jeito nenhum vou te amarrar a mim.
- Mas eu...
- Mas nada doutora vamos pegar nossa garotinha e arrumar umas malas, você está oficialmente de férias.
- Quem disse?
- Eu, seu marido.
- Você nem oficializou e já está comandando a minha vida, isso...
- Eu vou te compensar de outro jeito.
Ela dar um tapinha em meu braço e seguro sua mão entrelaçando nossos dedos e subimos os degraus da casa de sua mãe em busca do nosso pequeno Anjo.

Aínda tem o Epílogo desfrutem beijos

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