Parte 13

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Um ano depois.

Olha a gente aqui de novo, voltando para nosso país e nossa cidade natal, para recebermos nosso diploma do ensino médio, e voltar pois nossa inscrição na faculdade já foi garantida.
Mamãe e os pais de Carolina nos recebem fazendo uma grande festa e com muita comida.
Durante esse ano eles vieram nos visitar uma vez já que tanto eu como Carolina fazemos aniversário no mesmo mês.
Assim que mudei o chip no celular as inúmeras mensagens dele, não abri nenhuma.

Depois de uma noite maravilhosa na minha cama e no meu quarto matando a saudade dos meus lençóis e das minhas coisas, abro a porta do jardim e vou matar a saudade de outra coisa.
Vejo que mamãe está cuidando muito bem do nosso jardim.
Me abaixo sentindo o cheiro das flores e já me preparo para colocar a mão nas plantas, quando escuto.
- A menina Karol que prazer em vê-la, sentimos sua falta. Sorrio e vou abraçar o velhinho sentado na cadeira, sua aparência cansada.
- O que faz aqui fora tão cedo?
- Estou esperando minha filha, tenho uma visita médica. Ele faz uma careta.
- É isso aí cuidado da saúde.
- Eu tento por eles, mas já estou bem cansado.
- Tenho certeza que o doutor vai passar alguma coisa para o senhor ficar cheio de energia. Ele sorrir.
- As tupilas estão perfeitas. Sorrio ao ver as flores preferidas da sua mulher.
- A meu neto está sempre por aqui cuidando delas.
- Que bom ao menos o senhor não fica sozinho.
- É estou muito orgulhoso dele, está na faculdade de direito e agora passou no concurso da polícia.
Meu coração da um saltinho de felicidade ao saber de suas conquistas.
- Nossa fico muito feliz por ele.
- E vai se casar. Meu sorriso congela.
- Pois é acabou de pedir a mão da menina Emília em casamento espero está vivo e também para conhecer meus bisnetos.
- É claro... Claro que estará.
Empurro a dor que isso me causou lá para o fundo e sorrio amarelo, continuamos a conversar, falando das plantas e dos meus estudos.

Um mês, foi exatamente um mês o tempo em que ficamos na Itália, e fiz de tudo para não encontrar Ruggero, nem de longe.
Eu sabia que se colocasse meus olhos nele meu coração me trairia, era melhor assim.

Voltamos a Califórnia e me joguei de cabeça nos estudos, dois anos já estávamos fazendo práticas é por isso que me apaixonei pelo ensino aqui, toda teoria vira pratica rapidinho.
O incrível tanto eu como Carolina queríamos uma única área cardiologia.

Estava voltando de um plantão às cinco da manhã e as dez teria que está na universidade, então era banho, sono e comer não necessariamente nessa ordem, assim que entro em nosso apartamento está tudo em silêncio, Caro pegou o plantão agora.
Vou direto para o chuveiro, ponho um blusão e caiu na cama, mas meu celular vibra na mochila, só me estico e enfio a mão no bolso pescando o aparelho.
- Espero que já tenha almoçado para esta me ligando, são cinco da manhã aqui mãe.
- Eu sei meu amor eu não teria ligado se não fosse importante. Pelo seu tom já me sento na cama.
- O que aconteceu você está bem?
- Sim, estou, não é nada comigo. Ela fica em silêncio.
- Pode falar de uma vez.
- Sinto muito querida o senhor Luis faleceu essa manhã.
- Nãooo. Sussurro, e lágrimas caem dos meus olhos.
- Eu sei o quanto ele era importante para você, por isso liguei.
- Aí mamãe eu disse que nos veríamos no natal e ele não me esperou.
- Pense que ele descansou querida ele já estava com a idade avançada.
- Que barulho é esse?
- Está chovendo bastante hoje e...
- O que foi mãe?
- O neto do senhor Luis está no jardim embaixo da chuva plantando alguma coisa. Eu vou desligar depois te ligo filha, Larissa está me ligando.
- Tudo bem.
- Te mandei uma foto beijos.
Confusa desligo e abro a foto, é ele abaixado.
Levanto e abro a gaveta atrás do chip, coloco no telefone e logo as notificações de mensagens aparecem, eu só clico em seu nome e as mensagens começam a fazer download, clico no botão ligar, eu sei é loucura mas eu faço.
O telefone chama e ninguém atende, tento novamente e mais um vez até que ele atende.
- Diz que não estou sonhando. Sua voz sai fraca.
- Quer fazer o favor de sair da chuva.
- Como sabe que estou na chuva?
- Um precentimento.
- Tudo bem garota misteriosa já sair da chuva.
- Sinto muito pelo seu avô. Ele fica . silêncio.
- Você finalmente me respondeu achei que esse número não existia mais.
- Então porque continuou mandando mensagem?
- Acho que uma parte minha não queria perder a única coisa que me lembrava você.
- Achei que fosse meus olhos.
- Isso também.
- Você está bem? Sei como eram ligados.
- Eu vou ficar bem.
Vai continuar no mistério ou vou poder saber quem você é? Onde posso te encontrar?
- Estou muito longe nesse momento.
- Onde está, eu vou até você.
- Acho que sua futura mulher não vai gostar nada disso.
- Para alguém que está muito longe você está sabendo muito, quem é você?
- Você sabe quem eu sou só não esta lingando os pontos, enfim eu te liguei para você sair da chuva.
- Não fuja agora.
- Não tenho como fugir, como disse estou muito longe para qualquer coisa, fica bem Ruggero.
- Não desliga por favor.
- Eu tenho aula agora preciso desligar, você vai ficar bem.
- Não tenho tanta certeza.
- Cadê o capitão que nada abalava?
- Hoje ele não existe, perdi alguém que amo e não estava pronto para o adeus.
- Pense que teve a oportunidade de dizer adeus e agora ele descansa.
- Pode ser, queria mas tempo.
- Eu também. Respondo e ficamos em silêncio.
- Preciso desligar, Adeus.
- Para mim não é um adeus, nós ainda vamos nos encontrar pode levar o tempo que for mas um dia vou colocar meus olhos em você de novo.
- Colocar os olhos em mim não é o bastante, você terá que saber quem eu sou. Desligo e respiro fundo o celular vibra.
Obrigado por pensar em mim.

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