Parte 47

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- Olha eu vou indo só pense bem, esse foi um desejo deles.
- Quando ela fez isso? Pergunto balançando os papéis.
- Logo após a cirurgia, ela tinha muitos receios como toda mãe, e me disse que só podia contar com você.
- Mas morar com seu filho. Ele sorrir.
- Ah então o problema é ele?
- Claro. Tento relaxar.
- Me desculpe, é seu filho mas é impossível.
- Me responda uma coisa Karol, ele te tira do sério?
- Do sério? Ele me deixa maluca principalmente quando se comporta como um cretino.
- Mas ele não tem só o lado cretino tem? Ele já mostrou o outro lado a você? Sei que fiquei vermelha.
- Seu filho é um bom homem, admirável até só é complicado para nós dois.
- Tenho certeza que vão saber tomar a decisão correta. Ele se despede e vai embora.
Respiro fundo e olho para a caixa com os pertences de Carolina e mesmo não querendo, abro a porta do quarto deles.
Engulo o nó que se formou em minha garganta.
Sentindo o cheiro da minha amiga pairando no ar e as lágrimas vem.
Mas as seco, eu preciso fazer isso.

Está tudo exatamente como ela deixou e assim vai permanecer, abro a porta do armário e ajeito um espaço para colocar suas coisas, coloco os jalecos no cabide e observo seu nome gravado ali, a porta tem um espelho.
Aliso o local com um pesar no meu coração.
- Eu lembro desse com a escrita vermelha. Sorrio.
- Era o meu preferido.
- Verdade. Fui eu que te dei e... Levanto a cabeça olhando o reflexo no espelho com os olhos esbugalhado e o corpo tremendo.
- Ahhhhhhhh. Grito e a imagem da minha amiga morta rir.
- Eu não estou dormindo estou? Acorda Karol, acorde.
- Para com isso, eu vou ter dor de barriga. Paro de bater no meu rosto.
- Você não é real, não é.
Fecho a porta rapidamente e saiu do quarto e da casa, atravessando a pista correndo e entrando em casa, me encosto na porta e respiro ofegante.
- Isso não aconteceu, não aconteceu.
- Karol, filha você está bem? Balanço a cabeça não, me dou conta e balanço que sim.
- Você estava com Ruggero. Faço que não.
- Tem certeza?
- Ora essa mamãe eu não estava com ele, quer dizer mais cedo sim.
- Você está estranha.
- Eu estou bem.
- Ok, eu tenho que passar na loja, Ange dorme tranquila no seu quarto.
- Tudo bem mãe, obrigado por ficar com ela.
- É um prazer meu amor, você não me disse o que aconteceu com os pais do Agustín. Ela fala arrumando a bolsa e me jogo no sofá.
- Quer a novela inteira ou só os melhores capítulos? Mamãe rir e senta ao meu lado escutando atentamente no final ela está rindo que chega a chorar e estou em uma briga interna de interna-la porque não vejo motivo para rir.
- Acho que devo está contando uma comédia ou pira baixaria para essa reação.
- Eu diria uma comédia romântica. Reviro os olhos.
- Eu sempre achei que fariam um belo par, mas Carolina via muito além. Ela rir.
- Colocar vocês na mesma casa foi...
- De péssimo gosto uma traição, eu devia arrancar a peruca daquela vaca.
- Não fale uma coisa dessas.
- Você está ouvindo Carolina, ficaria sem cabelo. Mamãe bate na minha perna e suspiro.
- Não fique assim, parece até um sacrifício viver na mesma casa que o delegado, um homem que faz a mulherada do bairro inteiro suspirar e não é pouco.
- Mamãe.
- Posso ter a idade para ser sua mãe, mas não sou cega, ele é... Bem como é que vocês jovens dizem um.. é ah... uma delícia. Faço uma expressão surpresa.
- Dona Carolina nunca pensei.
- Pense na Angélica e no que poderão fazer por ela, e o resto aproveite não é todo dia que o vizinho dorme na porta ao lado e não na casa. Vou para falar algo e ela beija meu rosto e só escuto a porta bater.
Com muito custo me arrasto até o quarto e passo o restante da minha tarde colada a bebê que ilumina meus dias.
A noite depois de um banho quente, visto o pijama, e desço com Ange para comer alguma coisa, coloco ela no carrinho e ligo a tv enquanto preparo seu leite e algo para comer.
Enquanto belisco seguro a mamadeira então uma notícia me chama atenção.
Ainda não temos uma confirmação exata mas parece que os elegado Pasquarelli ficou ferido em uma operação policial.
Meu coração erra uma batida.
Quando dou por mim, já estou colocando estou dentro do táxi com Ange no canguru e a bolsa dela e a minha.

Entro às pressas no hospital, as pessoas ficam olhando para mim, mas não me importo saiu abrindo as cortinas e colocando a cabeça para ver se ele está ali, os enfermeiros me reconhecem e sorriem.
- Onde ele está, onde está?
- Karol? Viro é o policial não lembro o nome.
- Cadê ele? Ele franze o cenho.
- Seu chefe onde ele está? Ele entende e me leva até a enfermaria correta essas são reservadas para quem vai passar a noite.
Abro a cortina com o coração na boca, e vejo um curativo na cabeça e o supercílio com pontos.
- Ruggero você está bem? Aí meu Deus está ferido, qual a gravidade, fale comigo, os sinais vitais dele estão ok? Me digam alguma coisa. Grito para a enfermeira que está com ele
- Karol...
- Aí meu Deus eu...
- Karol... Olho para ele que está me chamando.
- Eu estou bem, vou precisar ficar em observação mas estou bem, como veio parar no hospital.
- Eu vi na tv que você se feriu em uma operação policial e precisava por meus olhos em você. Começo a falar tudo rápido pelo nervosismo.
- Vem aqui. Me aproximo e ele abraça minha cintura esta sentado na cama.
- Está tudo bem. Ele diz e meus ombros relaxam.
- Não me assusta assim. Seco uma lágrima rapidamente.
- Desculpe se isso aconteceu justo agora, prometo que vou tomar cuidado. Tento disfarçar quando ele olha para mim.
- Você precisa ficar o que eles te deram?
- Só alguns pontos e um analgésico eu vou ficar bem.
- Bem tem algo que eu possa fazer por você? Questiono porque seu olhar para mim é tão intenso e tenho medo que ele escute o meu coração apavorado.
- Tem vá para casa descansar.
- Eu não vou conseguir. Não tem a mínima chance de voltar para casa, primeiro porque não vou ficar tranquila com ele no hospital, e segundo não quero ouvir a voz de Carolina novamente ou vê-la não sei o que foi aquilo.
- Não quero ficar sozinha. Confesso e sento na poltrona.
- Vamos ficar com você. Decido.
- Karol você vai passar a noite em uma poltrona?
- Não tem problema. Respondo e peço a enfermeira que me traga o berço, ponho Ange ali e me volto para Ruggero, dando uma olhada no ferimento em sua cabeça, o soro e a cartela clínica sei que ele está me observando, mas quero ter certeza que está tudo bem.
Puxo as cobertas o cobrindo e por puro instinto aliso seus cabelos.
- Dorme um pouco. Ele já está sonolento e só balança a cabeça e fecha os olhos e sento na poltrona e só quando adormece é que deixo sair o ar pela boca e volto a respirar normalmente.
O medo e o pavor que senti, é algo assustador, já perdi Agustín e Carolina, Ruggero não pode ser o próximo, merda não era para esta ligada a ele dessa maneira.

Escuto a voz de Ruggero bem longe, então vou abrindo os olhos aos poucos.
Ele está olhando na direção do berço de Ange e falando algo que não consigo entender.
- Espero que você esteja conversando com Ange, caso contrário vou pedir para suspender la analgésicos voce deve está delirando ou pior a idade chegou e está falando sozinho.
Ele olha para mim estreita os olhos mas logo depois cai em uma gargalhada gostosa que fecho os olhos para absorver e guarda-la na minha memória.
Escuto Ange balbuciar algo e levanto devagar, quando me aproximo ela está olhando para o outro lado e sorrindo.
- O desenho deve ser muito engraçado não é pequena você está sorrindo fazendo caras e bocas.
- E você acordou cheia de gracinhas, onde foi parar seu mal humor matinal.
- Eu tenho meus momentos. Me aproximo dele e controlo novamente se ainda está sangrando.
- Estancou, voce sente alguma queimação na região?
- Não doutora. Sorrio e ele segura minha cintura apertando um pouco e está com seus olhos em mim engulo em seco porque meus olhos não perderam sua língua passando pelos lábios secos.
- Obrigado por ficar. Faço que sim e Ange resmunga algo sorrimos e vou pegar a princesinha que já está com fome.

- Ei para onde vai? Ruggero pergunta colocando seus óculos de sol ao sair do hospital.
- Tem um táxi bem ali, não vim de carro.
- Os garotos deixaram meu carro no estacionamento.
- Você não pode dirigir. Falo e ele me lança um olhar de você sim.
- Não, nem pensar eu vou dirigir o seu carro.
- Vamos de uma vez. Ele resmunga e pega Ange do meu colo, me dar as costas indo para o estacionamento.
- Ruggero espere.. Ruggerooo ele destrava o carro, e entra no banco de trás com Ange e aponta para o banco do motorista.
- Eu não vou entrar, aí seu picape é alto olha o tamanho das minhas pernas, não vou conseguir. Ele rir.
- Pare de rir idiota.
- Karol pare de drama e entre no carro. Ele se inclina e aperta um botão e o banco vai para frente.
- Vamos madame, sente seu lindo traseiro aqui e nos leve para casa.
Umas cinquenta revira de olhos não era o bastante, subir no carro jogando a bolsa no chão do outro lado e fechei a porta.

- Não foi tão difícil foi?
- Vá se...
- Opa temos um bebê aqui.
- Angh. Salto do carro e ele já está colocando a chave na porta.
Fui presentada con pernas pequenas porque?

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