Parte 18

183 18 9
                                    


- Karol.
- Já estou embarcando aquieta esse cu. Ela rir e escuto mais risadas.
- Ruggeroooo aí não, Agustín vou arrancar a cabeça do nosso padrinho antes da cerimônia.
- Dramática. Escuto sua voz e uma sensação gostosa aquece meu peito.
- Amiga que horas você chega eu vou te buscar.
- Com quem você tanto fala?
- Minha melhor amiga.
- É gostosa? Uma vez safado sempre safado, penso.
- Não é para o seu bico. Desculpa Kah ele chega a ser impossível, e quando junta os dois tenho duas crianças em casa. Sorrio.
- Tudo bem, amanhã cedo estarei aí.
- Não vejo a hora, Antony está com você?
- Não, ele... Bem eu te conto quando chegar até já, já. Ela me passa seu olhar atravessado mas sorrir no final desligando.
Suspiro, cansada de tudo.
Um turbilhão de pensamentos, não sei mas o que pensar a respeito de Antony, ele não era assim.
Ou era e eu nunca percebi, porque só conseguia enxergar suas qualidades se é que existem de verdade.
Antes da decolagem uma mensagem chega.

Precisamos conversar, nos vemos no casamento eu amo você e não posso te perder. Para sempre seu Antony.
Ainda tenho que passar por isso.

- Acho que você não entendeu, acabou.
Não quero que venha ao casamento.
Não quero ver você, não me ligue vou bloquear seu número.
Envio e vejo que está respondendo aperto o botão e bloqueio o contato.

Na manhã seguinte desembarco em Milão e minha amiga já está eufórica ao lado de fora.
- Subornei sua mãe, ela queria vir buscar você. Dou risada e abraço Caro.
Como senti sua falta, foi a primeira vez que nos separamos e por muito tempo.

- Também senti saudades. Ela sussurra.
- Agora vamos, temos um casamento para organizar e eu ainda trabalho essa semana.
- Sério, em qual horário?
- A noite e tenho uma coisinha para você. A encaro enquanto coloco a mala no carro.
- Tenho um caso bem particular e preciso das suas mãos. Dou risada.
- Não estou a mando do San Martín.
- Quem precisa do San Martín, tenho Karol Sevilla o incone todos no hospital querem assistir, inclusive o diretor.
- Isso é sério?
- Seríssimo.
- Então por mim tudo bem. Meus olhos caem na rosa que está no banco.
- Foi o Ruggero, ele deixou uma para mim. Ela aponta para a outra rosa
- E uma para você como presente de boas vindas.
- Hum, bem não era o que eu esperava.
- Ele não sabe... Bem acho que não ligou os pontos, ou teria perguntado sobre você não acha?
- Não sei, e também não quero lidar com o passado, minha vida é agora.
Ela estaciona o carro na frente da minha casa.
- O que aconteceu? Tiro o sinto e me viro para Carolina.
- Eu terminei tudo com Antony.
- O que aquele idiota aprontou?
- Nada que tenha que se preocupar, agora me diga o que devemos fazer primeiro. Saimos do carro e vou pegar minha mala, e vamos entrando.
- Descanse mais tarde vamos para o hospital e amanhã fazer a prova dos vestidos, vou te mandar uma lista.
- Acho que já tenho uma.
- Ah aquela foi atualizada. Dou risada e vou entrando.
Conversamos mais um pouco e ela vai embora, evitei de falar o real motivo sobre o meu término, Caro não precisa de mais uma preocupação.
Aproveito e dou uma olhada em sua lista de coisas para fazer, e já deixo em cima da minha mesa, antes preciso de um banho, mamãe está na loja precisava revisar o estoque hoje.

Depois do banho e uma roupa confortável.
Sento pegando o computador e o telefone e já começo fazendo as ligações e marcando as provas, de comida, doces e roupas, acabo adormecendo.

- Filha. Escuto a voz da minha mãe.
- Querida deite direito vai ficar dolorida assim. Abro os olhos e sorrio ao vê-la, ela me abraça forte e me sinto de novo uma garotinha.
A noite chega e me preparo para encontrar Carolina no hospital.
Pego o carro da minha mãe e coloco no GPS o endereço.

- Aí você chegou, vem comigo. Dou risada do seu desespero.
- Tenho direito a jaleco.
- Está brincando. Ela fala e me guia pelos corredores, entramos em uma sala onde estão vários médicos presumo, analisando os exames.
- Boa noite pessoal, a doutora Sevilla vai se juntar a nós.
- Doutora é um prazer reve-la.
- Doutor Fabio, fico feliz de ajudar o que temos?
- Bem... Ele começa a apresentar o caso, mostra os exames e depois de analizar tiramos uma conclusão para uma possível operação.

Saiu da sala com Carolina para pegar um café mas seu nome soa nos autos falantes.
- Vai, eu me viro.
- Tudo bem qualquer coisa você pede para me chamar. Assinto.
Pego o café, e sei que ali é entrada para o pronto socorro que parece cheio essa noite, vejo alguns policiais, me viro para sair, uma porta se abre mas não tenho tempo de ver quem está saindo, alguém grita cuidado e um corpo se joga por cima do meu e só escuto o baque uma maca foi empurrada com tanta força que atravessou as portas de vidro estraçalhou tudo, e se não fosse...
Ainda estou em chock olhando para a porta.
- Você está bem? Viro o rosto para a pessoa que está no chão comigo segurando meu corpo.
Ele me observa por um tempo.
- Você está bem? Repete a pergunta, e encontro minha voz.
- Estou... É, estou bem. Volto a olhar para ele, e alguém chega.
- Vocês estão bem, já o pegamos, ele tentou fugir. Quando olho para cima vejo nada mais nada menos que Agustín.
Ele estende uma mão a Ruggero, que levanta e se vira me ajudando a ficar em pé, não conseguimos desviar o olhar um do outro.
Sei que os anos ajudam muito, e eu realmente mudei, não é que cresci muito, mas tenho muito mais corpo agora e a cor do meu cabelo que antes era castanho e estavam curtos agora está loiro e bem comprido.
- Doutora pode dar uma olhada aqui.
Um enfermeiro chama e desvio o olhar do seu me afastando, mas paro e viro, ele ainda está com os olhos em mim.
- Obrigado, você...
- Não precisa agradecer, o importante é que está bem. Assinto e vou ver o paciente.

Encontro Carolina na mesma sala e conto a ela o que aconteceu, que fica rindo.
- Aqueles dois são bons em caçar bandido mas com mulher, Cristo precisam de uma lupa.
Passamos a madrugada revendo todo o procedimento que deveríamos fazer, quando saímos do hospital Caro me arrasta para um bar e nem preciso dizer o quanto precisava relaxar.
- Vem vamos dormir lá em casa, não vai acordar sua mãe.
- Puts e eu sair sem chaves, tudo bem vamos pra sua casa.

Entro no quarto de hóspedes, e vou tirando a roupa, estou tonta e com calor, levanto o cobertor e me aconchego.
- Aí tudo o que precisava.
Fecho meus olhos relaxando, então uma mão toca minha barriga e logo seu corpo está colado ao meu.
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Grito e quando tento levantar caiu da cama.
A Luz acende e o rosto de Ruggero aparece.
- Puta que pariu. Resmungo e cubro os olhos com o braço e estou pedindo a Deus e ao meu cérebro bêbado que isso seja um sonho e que ele acorde agora mesmo.



Meu Clichê Onde histórias criam vida. Descubra agora