Parte 4

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Se passaram dois meses desde que revelei aos meus pais o que eu já sabia e queria que eles fizessem, estava doendo? É óbvio mas porque tardaría uma coisa que mais cedo ou mais tarde iria acontecer e pior, eles estariam se odiando, eu prefiro mil vezes que se separem e parem de tanta briga preservando assim ao menos um elo significativo do que mal se olharem.

Estou saindo da escola quando recebo a mensagem de Caro perguntando se peguei os livros que precisávamos.
Respondo com um óbvio que sim e escuto o meu nome.
- Senhorita Sevilla.
Estou na porta da secretaria e a diretora está ali mas quem me chama atenção é um certo capitão segurando a porta, ele olha para mim e sorrir mas seus olhos são desviados para o celular que está tocando.
- Eu tenho que ir, vou falar com a turma diretora. Ela assente sorrindo.
- Tudo bem, vou dar uma notícia maravilhosa para essa garota. Ele volta seu olhar para mim.
- Parabéns então garota de sorte.
Eu não consigo falar as palavras morreram e quando penso em pronunciar ele já saiu do meu campo de visão.
- Karol por favor. A diretora chama minha atenção e volto a mim.
- Certo. Hum quer dizer porque estou sendo chamada aqui? Ela sorrir e se acomoda em sua cadeira apontando para que faça o mesmo.
- Recebi um telefonema hoje pela manhã do grupo molecular de medicina na Califórnia. Meus olhos se arregalam.
Eu e Carolina estamos estudando para a bolsa na universidade, mas no meio tempo fizemos nossa inscrição para um intercâmbio no grupo molecular era algo que não imaginávamos conseguir.
- Você e a senhorita Carolina foram aceitas com uma pontuação maravilhosa, e estou muito orgulhosa de todo desempenho, vocês são bolsistas e tem todo o apoio do nosso colégio para seguir e fazer o intercâmbio, mas devem está aqui para os exames finais e claro como se espera a festa de diplomas. Ela sorrir.
- Vou está entregando a você toda a documentação, sua e de Carolina para que seus pais possam revisar, vamos ter uma reunião com eles, e não se preocupem com qualquer despesa será tudo por conta do colégio.
- Sério? Questiono.
- Sim, mesmo que não tivéssemos conhecimento da inscrição, vocês estão saindo do Colégio Lisboa para esse intercâmbio e o colégio é responsável por vocês.
- Nossa diretora muito obrigado.
- Obrigado vocês por se dedicarem tanto.

No sábado aproveitei para acordar tarde, tomar café da manhã com minha mãe e ajudar nas tarefas em casa, ou melhor ser a escrava porque ela aproveita que eu odeio supermercado e se enfiava lá até eu terminar a faxina.
- Não esqueça sua consulta no dentista hoje a tarde.
- Eu tinha esquecido, e ainda vou sair com a Caro para comprar o vestido da festa de fim de ano.
- Fico feliz que tenha decidido ir.
- Com o coronel Carolina fica difícil dizer não. Minha mãe rir.
- Não esqueça das plantas lá fora.
Essa é minha parte favorita, depois que o senhor Luis mudou para a casa ao lado nosso jardim, virou um jardim cheio de flores de todas as cores e eu amo passar o tempo ali, plantando e cuidando, ele me ensinou muito.

Termino a faxina e aproveito para tomar banho, agora sim pareço gente, posso colocar a cara na rua, desço as escadas e vou para o jardim, abro a torneira pegando a mangueira para molhar as plantas.
- Oh velho teimoso. Escuto alguém resmungar e a risada do senhor Luis logo em seguida.
- Estou velho não morto filho, obrigado por ter vindo até aqui.
- Não me agradeça vou te bater no buraco mesmo. Outra vez sua risada ecoa.
- Agora chega de papo me diz o que fazer.
- Oh, Karol querida venha até aqui.
Droga fui pega, quem será que está com ele?
Com um sorriso amarelo passo para o jardim dele e o encontro com seu bastão.

- Querida meu neto acabou de chegar com as minhas tulipas.
- Sério? Pergunto surpresa, ele ama tulipas era a flor favorita da sua mulher.
- Então vô onde coloco as...
Ele para de falar e eu esqueço como se respira.
Vô? Como assim?
- Ah meu querido, conheça Karol a linda garota da casa ao lado. Ele sorrir para mim.
- Muito prazer Karol, espero que esse velho não esteja te explorando.
- Vou explorar você seu cara de pau.
Ele rir e ainda estou me perguntando se não é um sonho. Forço minha garganta.
- Hum é... Explorar? É quer dizer... Eu...

Cadê a mísera da voz quando a gente precisa dela.

-Carolina isso é ridículo.
- Não vejo nada de ridículo foi a primeira vez que ele disse seu nome.
- Idiota. Resmungo revirando os olhos.
- Não adianta revirar os olhos e depois suspirar e ficar com tesão, ele é gostoso.
- oh Agus você está ouvindo isso, ela disse que seu melhor amigo é gostoso.
- Engraçadinha, ele não está aqui. A adulta me dar língua.
- É uma pena eu gostaria de ver suas covinhas quando sorrir.
Caro segura minha mão.
- Vou falar com ele para dar uma passada.
- Seria perfeito.
- Agora deixa de conversa mole e conta como tirou a macaúba da boca.
- Que?
- Continua a história e para de enrolar.
Ela vai até a minha janela e se senta ali e a lembrança das nossas tardes comendo brigadeiro sentadas na janela me invade.....

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