Parte 28

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- Você está bem? Ele pergunta abrindo a porta do banheiro.
- Você não pode entrar delegado. Falo e ele balança a cabeça sorrindo.
- Estou bem, só precisava de um tempinho.
- Quem é aquele cara? Me aproximo dele.
- Meu ex, que resolveu fazer da minha vida seu inferno particular.
Seu rosto endurece e seus punhos se fecham com tanta força que aquilo me assusta.
Seguro sua mão acaricio.
- Não se preocupe ele não vai fazer nada, hoje, o dia é somente para os nossos amigos não quero estragar isso. Seguro seu rosto.
- Por favor não faz nada.
- Tudo bem, mas não vou sair do seu lado e não adianta me expulsar, Carolina não me perdoaria se algo acontecesse a você.
Sorrio.
- Ela te conquistou não foi?
- É minha melhor amiga..
- Ei a amiga é minha. Ele rir.
- É como uma irmã para mim.
- Então não vamos estragar o dia deles ok.
- Ei o que estão fazendo, os noivos precisam dos dois andem. Uma das amigas de Caro do hospital chama.

Os noivos estavam para iniciar a dança e esperavam pelos padrinhos.
Carol olha para mim com uma expressão preocupada e abro meu melhor sorriso para dizer que está tudo bem.
Faço sinal para que soltem a música, eles olham para mim surpresos.
Ouvi essa música tempo demais no carro com os dois para saber que é a preferida deles.

Acabo sorrindo com os dois dançando, eles vão ser muito felizes.
- Aceita dançar comigo doutora. Seco as lágrimas.
- Mas que nobre delegado.
- Parabéns, você organizou tudo nos mínimos detalhes até a música.
- Você também sabia?
- Digamos que eu fiquei de vela tempo demais para saber.
- Aí meu Deus Ruggero.
- Já que você pensou na cerimônia e na festa inteira, achei que eu poderia pensar na lua de mel afinal eu sou o padrinho e...
- Meu Deus Ruggero eu esqueci... Ele sorrir.
- Não se preocupe eu já cuidei de tudo.
- Não sei se fico aliviada.
- Maldivas está bom para você vizinha?
- Sério? Ele faz que sim.
- Tenho muitos contatos. Paramos de dançar e ele tira do bolso as passagens e um envelope para que eu veja.
- Agora pode dizer Ruggero você é demais além de lindo e gostoso.
- Não vou dizer isso. Ele arqueia a sobrancelha.
- Mas você foi sensacional, não vou alimentar seu ego bonitão.
-  Mas chamou de bonitão confesse você me acha um gato? Agus e Carolina se aproximam e nos abraçamos.
Ruggero segura na mão de Caro e Agus na minha e trocamos de pares.
- Promete que vai fazer ela ainda mais feliz.
- É uma promessa, eu a amo Karol ela tudo pra mim. Assinto emocionada.
- Cuida dela pra mim.
- Sabe, você poderia voltar tenho certeza que faria muita gente feliz. Ele olha para Ruggero.
- Seu amigo não está interessado em relacionamento Agus.
- Você poderia mudar isso.
- Minha vida está bem complicada no momento para pensar em outra.
- Está com problemas?
- Não é nada que você se preocupe meu bem, pense em fazer minha amiga feliz isso para mim é o bastante.
- Isso eu posso fazer. Ele me faz girar e logo estou dançando com seu pai.
O conheci no jantar que eles fizeram para os noivos em sua casa.
Muito simpático apesar de jogar piadinhas o tempo inteiro para sua ex esposa que também não fica atrás.
E agora me veio em mente, uma recordação.
Eu estava na quadra atrás das arquibancadas chorando com a separação dos meus pais e Ruggero sem me conhecer, me ajudou e contou do seu melhor amigo, olho para Agustín e tenho mais orgulho ainda do homem que ele é.
Tudo que aquele garotinho enfrentou, eu não sei se seria capaz.
Isso aconteceu no mesmo dia em que...
Papai, ele estaria feliz ao lado do senhor Raul, teria dançado horas com Carolina.
Ele costumava fazer isso quando éramos pequenas.
Colocava nossos pés em cima do seu e dançava com a gente.
Carolina se aproxima e dançamos nós duas.
- Sabe lembrei do tio Miguel. Acabo sorrindo porque eu também.
- Eu também, ele estaria muito feliz.
- Não posso te pedir para ficar, seria egoísta demais.
- Caro.
- Mas me promete que vai pensar na possibilidade de voltar pra casa.
- Eu prometo.
Depois de muitas fotos, pedi a minha mãe que fizesse a mala de Carolina afinal ela adorava isso e Ruggero cuidou para que Agustín já estivesse com a sua.

- Bem o que posso dizer a vocês, nunca se percam, sejam sempre honestos um com o outro, e sejam felizes.
- Cara juro que esperei algo.... Carolina interrompe Agus.
- Muito quente e safado.
- Eu espero que aconteça algo muito quente e safado. Sei sorriso malicioso aparece.
- Bem eu e a Karol temos um presente para vocês.
- Ruggero. Sussurro e ele me lança um olhar com um sorriso torto, tira do bolso e entrega aos nossos amigos.
- Não acredito. Carolina exclama.
- Amigo isso é..
- Um presente. Ele fala e seco uma lágrima dos meus olhos.
- O carro está esperando por vocês. Falo e  aceno.
- Aí Karol. Ela me abraça.
- Como eu poderia te agradecer por tudo.
- Sendo feliz porque você merece.
- Você também merece, eu vou mas quando eu voltar nós vamos conversar está bem? Faço que sim engolindo em seco, acompanhamos os dois até o carro e nos despedimos.

- Onde ele está? Ruggero pergunta assim que o carro se afasta e fico confusa.
- O cara, o seu ex.
- Não tenho ideia, acho que foi embora.
- Acha mesmo que ele foi embora?
- Espero que sim. Respiro fundo.
- Não quero encontrá-lo quando eu voltar.
- Então não vai. Ele fala e isso me pega de surpresa.
- Quer dizer, você pode ficar, sua família está aqui, e seus amigos também. Ele diz.
Sorrio e fecho os olhos.
- Seria maravilhoso não é? Mas eu ainda tenho um trabalho e contratos a cumprir.
- Joga pra cima.
- Você jogaria seu trabalho pra cima?
- Não. Desculpe fui egoísta.
- Está tudo bem você vai sobreviver sem mim. Ele rir.
- Vou levar os pais do Agus, você precisa de carona?
- Não, estou com minha mãe.
- Nos vemos antes de você ir?
- Saiu amanhã cedo.
- Tudo bem, jogo uma pedra na sua janela.
- Virou Romeu agora.
- Não sou o mocinho.
- Ainda bem. Ele arqueia a sobrancelha.
- Eu odeio as princesas o que posso fazer é mais forte que eu.
- Você é uma caixinha de surpresas Karol. Pisco um olho levantando os ombros e seguro o vestido para caminhar em busca da minha mãe dando a noite por encerrada e a minha estadia em casa também.

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