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Alicie

DE todas as alternativas, a mais improvável é eu encontrar um cara que eu não gosto muito no meu lugar favorito. Miguel estava vestindo uma camiseta do nirvana, uma calça e estava de boné, para variar. Ele estava de frente a um monte de guitarras e parecia realmente concentrado.

Me aproximei dele em silêncio, ele não percebeu a princípio o que eu estava ao seu lado.

— Aquele é bonita — Apontei para uma guitarra marrom com detalhes em preto.

— O que está fazendo aqui? — Miguel se virou para mim.

— Venho aqui desde que eu tenho doze anos, é meu lugar favorito — Eu respondi.

— Você toca algo? —

— Violão e piano. Quero aprender com a guitarra — Eu falei enquanto Miguel me fitava — E você? •

— Toco guitarra, quero aprender com o piano —

— Já escolheu alguma? — Observei as guitarras penduradas.

— Acho que gostei daquela — Ele apontou para que eu tinha falando a alguns minutos.

— É bonita — Eu soltei um riso preso.

— E você? Veio escolher o que? — Miguel questionou.

— Nada, gosto de observar os instrumentos — Dei de ombros e passei os dedos por cima das guitarras.

— Não imaginaria isso —

— O que? —

— Que você gostaria de música, não parece a sua cara — Miguel riu.

— O que é a minha cara? Roupas, lojas caras? — Ergui a sobrancelha.

— Talvez —

— Você é um idiota, sabia? —

— Por que?! — Miguel parecia até mesmo ofendido.

— Por que você não gosta de mim, e eu sou incrível, então se você não gosta de mim, o problema está em você — Eu disse, brincando.

— Desculpe pelo dia em que nos conhecemos, eu estava em um mal dia — Ele se desculpou.

— Tudo bem, mas você tem maus dias todos o dias? — Falei com sarcasmo.

— Você sabe falar sem usar sacarmos ou ironia?! — Miguel sorriu.

— Não — Sorri inocentemente.

— Então, como foi seu exame? — Miguel perguntou quando fomos para o caixa.

No final acabou que eu comprei uma guitarra nova, para aprender eu precisava treinar, Cazarez falou, então eu o fiz tocar umas notas no piano, ele conseguiu o básico, o que é ótimo, eu demorei dois anos para aprender uma música.

Senti o meu celular tocar em meu bolso, o nome de Dylan brilhou na tela.

— Onde você está? — Perguntei ao atender a ligação.

𝑅𝐸𝑊𝑅𝐼𝑇𝐸 𝑇𝐻𝐸 𝑆𝑇𝐴𝑅𝑆 - 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝐶𝑎𝑧𝑎𝑟𝑒𝑧 𝑀𝑜𝑟𝑎Onde histórias criam vida. Descubra agora