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Miguel

Posso ser paranoico, mas isso não está normal.

Depois da festa de ontem, deixei Alicie em casa e fui até a minha. A minha garota ficou o caminho inteiro quieta e olhando pro nada.

Quando foi se despedir, me deu um selinho e desceu do carro quase correndo.

Que merda foi que eu fiz?

Cruzo os braços e bufo, irritado pela falta de respostas e ainda mais pelo fato dela não me responder.

— Querido, o almoço está pronto — minha mãe entra no meu quarto, sorrindo para mim. — Aconteceu alguma coisa?

— Alicie está esquisita — confidencio.

— Esquisita como?

— Não sei, ela não me deu bom dia até agora e ontem, depois da festa ela sequer falou comigo.

— O que você fez?

— Oush, nada! — Me defendo, indignado pela pergunta. — Por que seria minha culpa?

— Porque você é homem, né — Minha mãe se senta ao meu lado na cama. — Já que você não fez nada, ela pode só estar tendo um dia ruim. Não se martirize com isso. Que tal você dar alguns presentes pra ela?

— Que tipo de presente?

— Flores, chocolates. Sempre funciona.

Apenas confirmo e pego a chave do carro, dando um beijo na minha mãe e sigo caminho até a primeira floricultura que aparece no GPS.

-

Certo, posso estar exagerando. Mas eu parece um cachorrinho atrás da sua dona.

Comprei três buquês de rosas vermelhas e muitos chocolates, muitos mesmo. Mais de dez, na verdade.

— É aniversário de Alicie e ninguém me avisou? — É a primeira coisa que Joseph fala ao me ver entrando na cobertura. — O que diabos é tudo isso... KIT KAT? Quero!

— Ele provavelmente fez algo errado e quer se desculpar — Dylan dá de ombros, se jogando no sofá da sala. — O que você fez?

— Esse é o problema — suspiro, derrotado. — Não fiz nada.

— Tem certeza?

Bem, depois da festa...não. Realmente não fiz nada. Dessa vez, pelo menos sou o inocente da história.

— Bom, boa sorte. Ela está no jardim na varanda.

Aceno para os dois e vou até a varanda da cobertura, segurando apenas um dos buquês. Entro devagar, sem querer assustar a garota, que estava em frente as plantas que plantamos juntos. Ela cantarolava baixo, enquanto regava as plantas.

— Oie — Ela se assusta, levantando de imediato.

— Céus, que susto! — reclama e então olha para minha mão.

Ela dá um sorriso...O sorriso mais lindo que eu já vi.

— O que está fazendo aqui? — Ela se aproxima, parecendo tímida.

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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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𝑅𝐸𝑊𝑅𝐼𝑇𝐸 𝑇𝐻𝐸 𝑆𝑇𝐴𝑅𝑆 - 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝐶𝑎𝑧𝑎𝑟𝑒𝑧 𝑀𝑜𝑟𝑎Onde histórias criam vida. Descubra agora