CAPÍTULO 06

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SAM

    As primeiros dias de trabalho se passaram voando, e ainda é inacreditável que eu realmente esteja trabalhando em uma das maiores empresas daqui. No terceiro dia eles já conferiram meus documentos e assinaram minha carteira (VOU GANHAR 2 MIL DÓLARES POR MÊS!!! AAAAAAH!!!) o que na verdade me deixou surpreso, porquê eles fizeram isso sem ao menos uns três meses de experiência antes.

    Bom, meu trabalho até agora se resumiu apenas em ir buscar café (sem mais nenhum desastre, graças a Deus), e levar alguns papéis para meu chefe assinar, ou levar os assinados para os seus respectivos donos.

   Ele ainda me dá um pouco de medo e nervosismo, me encarando com aquele olhar duro e tensionando o maxilar quadrado, coberto por uma barca preta bem aparada.

    Já passam das 4:00 da tarde quando eu entro novamente na sua sala com um copo de café, do único tipo que ele gosta. Ele ergue o olhar e para de encarar o computador, e antes que eu chegue até ele, meu chefe levanta da cadeira, exibindo aqueles dois metros de altura e os músculos para todo lado.

   — S-seu café, senhor. — preciso urgentemente dá um jeito na minha voz, que falha sempre que estou perto dele. Hoje o terno dele é cinza claro.

   — Obrigado. Nós vamos sair agora. E você precisa ir comigo. — ele começa a caminhar até mim e pega o copo da minha mão. Quando seus dedos tocam os meus, uma eletricidade estática sobe pelo meu braço e me faz engolir em seco.

   — Onde vamos, senhor? — pergunto, já começando a caminhar ao lado dele. Preciso apressar o passo para acompanhá-lo, porque apesar de estar indo devagar, os seus passos são enormes.

   — Iremos ao shopping. Você precisa de roupas novas. — ele diz sem olhar para mim, de forma tão casual que é como se estivéssemos falando do clima.

   — O-o que? Mas eu tenho roupas. — travo no lugar, sentindo as minhas bochechas arderem.

   —  Você vai andar comigo nas reuniões e eventos a partir de agora, e precisa de roupas a altura.

   — Eu posso comprar no final do mês, senhor. Quando receb...

   — Considere isso um presente. Ainda está com o cartão que Alberth te deu? Ele é seu, e é na conta vinculada a ele que seu salário irá cair. Mas fique tranquilo, todos os cafés e coisas que comprar para mim com ele vão ser reembolsados automaticamente. — ele me corta, deixando claro que eu não posso discutir sobre isso.

   Quando chegamos ao elevador, engulo em seco enquanto descemos para o térreo. O espaço é grande, mas ele é tão gigante e musculoso que é como se tomasse metade do espaço. Um cheiro másculo e amadeirado emana dele e passa e faz os pelos da minha nuca se eriçarem.

   — Toma. — Senhor Theodoro diz, entregando o copo que está completamente cheio para mim. Ele não deu um gole sequer e sinaliza para que eu beba, então retiro a tampa e dou um gole, mesmo não tendo certeza se devo fazer isso.

   — Eu... Ãhn... Prefiro com bastante açúcar e chantilly. — explico, tentando não fazer careta enquanto o amargor se espalhar pela minha língua. É muito ruim. Muito muito mesmo.

   Senhor Théo apenas revira os olhos e pega o copo de volta, tomando longos goles, enquanto o elevador se abre e começamos a andar em direção a saída do prédio.

    Meu olhar recai sobre seu pomo de Adão, que sobe e desce então ele engole. Os movimentos são hipnotizantes...

   — são apenas alguns minutos até o shopping. O carro é aquele. — Meu chefe aponta para o novinho e absolutamente lindo carro esportivo preto estacionamento na frente do prédio. Não entendo nada sobre carros, mas deve ter custando muuuuuito. Alberth sai de dentro dele e caminha até nós, antes de jogar as chaves para Theodoro e me lançar um pequeno sorriso.

TODO SEU [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora