CAPÍTULO 29

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SAM


     — Hey, Théo? — Subo em cima dele e sento em cima do seu abdômen definido e desnudo. Ele ainda está com os olhos fechados, mesmo que já seja quase 10:00 da manhã, e um dia claro raia lá fora, com os raios solares entrando pelas janelas abertas do quarto. Eu já fiz um esquema detalhado sobre como o nosso dia vai ser (estamos de folga hoje), e a primeira surpresa é trazer o seu café da manhã na cama.

    — hum? — Ele abre os olhos, mas ao contrário de mim quando acordo, ele não fica com cara de bobo ou meio desorientado. Seus olhos são afiados por natureza, e ele garra a minha cintura um segundo depois que desperta em 100%.

     —  Feliz aniversário, senhor. Trouxe café da manhã para você. — Explico, inclinando levemente a cabeça para a direita e apontando para a bandeja repleta de coisas, que está no canto da cama. Theodoro veste apenas uma cueca Boxer, e eu também estou vestindo só uma cueca, mas coloquei uma das suas camisas enormes por cima, o que esconde as minhas coxas e vai praticamente até os meus joelhos.

     — Obrigado, Santiago. — Ele diz, claramente com bom humor (apesar do rosto duro, que é por natureza assim). Com o passar do tempo é possível aprender como a mais leve mudança no seu semblante indica o humor que ele apresenta. O leve erguer nos cantos dos lábios, a covinha no queixo, as sobrancelhas arqueadas...

     Pulo de cima dele antes que Theodoro resolva que quer fazer umas coisinhas matinais e atrase os meus planos cuidadosamente detalhados. Além disso, o que ele quer fazer vai ser o Gran finale do nosso dia...

     — Pedi a Lydia para preparar um pouquinho de cada coisa que você gosta. — Explico, engatinhando até a bandeja e a levando com cuidado até Théo, para colocá-la no seu colo. Lydia é a moça que substitui aquela vaca esquisita que trabalhava aqui antes, e é muito gentil e simpática também.

      Theodoro não gosta de nada muito doce, então a bandeja está repleta de bolinhos salgados, pratos tipicamente italianos e pães de queijo também. Além daquele café amargo que ele costuma tomar.

      Ele senta na cama, com as costas contra a cabeceira acolchoada. Eu sento ao seu lado e abraço as minhas pernas, sem conseguir desgrudar os olhos dele.

     — Não vai colocar na minha boca, coelhinho? — Ele provoca, me fazendo engolir em seco. Os meus batimentos cardíacos vão a loucura enquanto eu me ajoelho ao seu lado e pego um pãozinho de queijo, que ainda está bem quente, e solta um cheiro delicioso no ar.

     Levo a comida até os seus lábios, então Theodoro dá uma bela mordida, fazendo questão de roçar a língua na ponta do meus dedos no processo. Ele mastiga sem desgrudar os olhos dos meus, e quando acaba de comer, lambe os meus dedos para retirar qualquer resquício de comida.

      Eu repito o processo algumas vezes, enquanto faço o possível para ignorar aquela ereção enorme que está quase furando a sua Boxer, pulsando sem parar e manchando o tecido com um pouco de pré-gozo.

     — Só depois, Théo. — Murmuro no seu ouvido, enterrando o rosto no seu pescoço cheiroso. Ele é meu dono e tem total ciência de que poderia me foder a hora que quiser, mas hoje não faz nenhum movimento a não ser me encarar com aqueles olhos escuros e uma expressão indecifrável, provavelmente sabendo que já fiz os meus próprios planos para mais tarde.

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     Quando descemos para o primeiro andar, já devidamente vestidos. Théo está vestindo uma camisa e um Jeans, mas mesmo assim parece está pronto para ir para uma reunião importante. Acho que nunca vou conseguir ver esse homem com algo "casual", se bem que mesmo uma roupa casual fica bem formal quando é colocada nesse corpo exuberante.

     Dominic está esparramado no sofá, e assim que nos vê descendo a escada, fica em pé rapidamente e cobre a distância que nos separa com um sorrisinho no rosto.

     — Parabéns, irmão. — Ele diz, antes de dá um abraço em Theodoro e uma piscadinha cínica para mim, só porque adora me provocar.

     — Valeu. — Théo diz, abrindo um pequeno sorriso para Dominic.

      — Vou acertar os detalhes do o seu presente depois. Na verdade é algo pra vocês dois, e não é negociável. — ele explica, com a cara de quem vai aprontar alguma, mas antes que possamos falar alguma coisa, ele dá de ombros e dá meia-volta, saindo da sala sem mais nem menos.

     — Bom... O que o meu coelhinho preparou para hoje? — Theodoro pergunta, agarrando a minha cintura e me puxando contra si com força, me fazendo colidir no seu peitoral musculoso.

     — V-vamos assistir uma filme no cinema e comer fora. — Explico, sentindo-o rígido contra mim.

     —  Então vamos lá. — Ele continua, antes de começar a me puxar pela mão em direção a sala.

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     Obviamente fiz Théo recolher o filme que a gente iria assistir, apesar dele dizer que quase nunca assiste nada, e que não vai ao cinema nunca. Por fim, nós assistimos sexta-feira treze, e como praticamente só tinha a gente no cinema, eu pude passar o filme inteiro com o rosto escondido contra ele, morrendo de medo em algumas partes do filme.

     Levei ele pra comer num restaurante italiano bem chique depois, onde comemos e conversamos por um bom tempo, até sairmos para a nossa próxima parada: andar por alguns pontos turísticos da cidade.

     — tá se divertindo? — Pergunto, enquanto ele dirige pelas ruas um tanto tranquilas da cidade comigo sentado no seu colo. Os vidros fumês impossibilitam que alguém do lado de fora veja a gente.

     — Claro que sim, Coelhinho. — Ele responde, abaixando um pouco o rosto para beijar os meus lábios, mas o carro passa por cima de uma pequena depressão e ele erra o lugar do beijo, acertando em cheio a ponta do meu nariz. A cena fofa me faz corar um pouquinho, e eu me Inclino e beijo a ponta do seu nariz reto e grande também, enterrando os dedos na sua camisa e quase morrendo de desejo.

      Mais ainda não. Não podemos fazer isso agora.


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