CAPÍTULO 14

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THÉO


    Já deve passar das 10:00 da manhã quando finalmente desperto, sentindo todo o meu corpo relaxado, coisa que não acontecia à tempos. Há um corpo pequeno e branquelo entre os meus braços, aconchegado no meu peito.

    Os cachos loiros de Santiago estão um pouco assanhados, e ele respira tranquilamente, ainda em um sono profundo.

    Ele é meu. Todo meu.

    Lembrar do que fizemos a noite toda faz o meu pau crescer instantaneamente. Foi bem diferente dos parâmetros com que estou acostumado, mas com certeza foi bom pra caralho. Ele é tão apertadinho... Tão fofo...

    — O-oi. — aquela voz musical e levemente grongue de sono me tira dos meus pensamentos e me faz erguer um pouco o rosto para encara-lo. Santiago esfrega a bochecha no meu peito, então solto um grunhido e aperto-o com força entre os meus braços, sentindo o meu pau latejar, pressionado contra sua virilha.

    — bom dia. — digo. Ele parece levar alguns segundos para assimilar onde está e o aconteceu ontem a noite, porque arregala os olhos depois de um tempo e cora absurdamente.

    — B-bom dia. Senhor. — ele diz. Vê-lo me chamar de senhor com essa voz açucarada envia dozes de prazer pelo meu corpo.

    — precisamos escovar os dentes e comer. Iremos sair depois disso. — explico, sentando na cama e puxando-o também, de modo com que seu corpo pequeno fique acomodado no meu colo.

    — E-e o trabalho, senhor? Estou atrasado!

    — Não iremos trabalhar hoje. Precisamos acertar algumas coisas e trazer suas roupas para cá. — observo-o arregalar os olhos azuis claros e levantar uma das sobrancelhas loiras.

    — Minhas roupas?

    — Sim. Você vem morar comigo a partir de agora. — digo o óbvio.

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SAM

    As palavras entram pelo meu ouvido em alto e bom som, mas preciso de algum para poder entender o que elas realmente querem dizer.

    — M-morar com você? — exclamo, espantado. Seguro as bordas do cobertor ao redor do meu corpo, embora ele não esconda quase nada do meu corpo nu. Eu também consigo sentir aquela sua coisa enorme pressionada contra mim.

    — Sim, Santiago. Isso está no contrato. — Theodoro diz, levantando as sobrancelhas grossas.

     Merda. Como eu não vi isso??

    — Mas... Mas... — começo, sem saber o que quero dizer, na verdade. Ele é meu chefe!! Vir morar com meu chefe??

    Se bem que ele é mais do que isso agora...

    — Isso não é negociável, Santiago. — Ele me corta, encarando-me com aqueles olhos escuros e bonitos. A expressão dura me faz engolir em seco, e quando percebo, já estou começando a ficar excitado.

    Theodoro me pega no colo e levanta da cama, antes de começar a andar em direção ao banheiro. A luz quente da manhã entra pelas janelas grandes, e consigo ver alguns arranha-céus no horizonte também.

    — Tem escovas novas dentro do armário, Santiago. Eu vou tomar uma ducha rápida. — Théo explica, assim que me coloca no chão. Observo-o mover o corpo gigante em direção ao box, admirando as costas largas e a bunda musculosa, que o deixa ainda mais sexy, se é que isso é possível.

    Solto um suspiro longo, antes de enfim desviar o olhar e ir até o armário.

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    Depois de escovar os dentes e vestir as mesmas roupas de ontem, nós descemos para o primeiro andar novamente. Eu olho com mais calma sua casa, absorvendo detalhes que não havia visto ontem a noite.
 
    — Vamos comer, Santiago. — Theodoro agarra a minha mão e me puxa por um corredor por onde nunca havia passado antes. o chão de porcelanato é tão polido que consigo ver o meu reflexo nele.

    Depois de um tempinho, nós chegamos numa cozinha imensa, onde há uma mesa grande de vidro com um formato oval. Há comida de uma ponta a outra dela, o que daria para um batalhão sem problema nenhum.

    — essa aqui é a Marta. —  Théo aponta para a moça em pé ao lado do fogão. Ela deve ter uns trinta e poucos anos, é morena e tem grandes olhos verdes. Seu cabelo castanho está preso em um rabo de cavalo longo.

    — O-oi. — digo com um pouquinho de vergonha, mas Theodoro me leva até a mesa e puxa uma cadeira para mim com naturalidade. Eu sento nela um pouco sem jeito, enquanto ele senta ao meu lado.

    — Oi. — Ela diz, mas sua voz é um tanto fria. A mulher vira de volta para o fogão e continua mexendo o que quer que haja dentro daquela panela.

    — Vamos, Santiago. Sirva-se. — Théo aponta para o prato grande na minha frente, então engulo em seco e coloco uma pequena torrada com geleia no meu prato, ainda sentindo um pouco de vergonha, então Theodoro revira os olhos levanta da cadeira, para então começar a colocar coisas aleatórias no meu prato como bem entende.

    — Está bom! — Agarro o seu braço para impedi-lo de colocar a terceira porção de bolo no meu prato, mas ele coloca mesmo assim, me fuzilando com aquele olhar duro.

   — Coma tudo, Santiago. — Ele diz, agarrando os meus dedos enquanto senta de volta na cadeira, para então levá-los até a boca e beijar minha mão com voracidade, fazendo meus batimentos cardíacos irem às alturas.

    Volto a minha atenção para o prato enorme, que agora tem uma torrada, uvas, ovos mexidos, bolo e uma porção de mamão cortado em cubinhos minúsculos, além de um copo com iogurte ao lado do prato.

    — Iremos sair daqui a pouco. Você precisa comer bem, Coelhinho. — explica ele. O apelido novo envia uma corrente elétrica pela minha coluna vertebral e faz as minhas bochechas esquentarem. Théo deve ter percebido o efeito que isso causou em mim, porquê ele abre um sorriso largo, mostrando aqueles dentes retos e perfeitos.

     Vê-lo sorriso aquece o meu coração, porque ele fica mais lindo ainda, mas nem o sorriso é capaz de mascarar a dureza e brutalidade que emana desse homem.

    Começo a comer com calma, enquanto olho de relance para ele, que também está comendo, embora toda sua atenção esteja em mim. No seu prato há apenas frutas e verduras e nenhuma fonte de carboidratos.

    — Marta, não precisa vir durante o resto dessa semana. Mas não se preocupe, você irá receber normalmente. Considere como férias.  — Theodoro diz, sem olhar para a mulher.

   — Certo, senhor. Obrigado. — Ela diz, mas seu olhar está em mim, e suas sobrancelhas estão um pouco franzidas. Eu devolvo a careta, não vendo porque ser gentil quando ela não está sendo comigo.

   —  sabe porque não quero ninguém em casa pelos próximos dias, Santiago? — Théo se inclina na minha direção e sussurra no meu ouvido, esfregando a barba áspera na minha pele sensível. eu me encolho um pouco devido a sensação boa e nego com a cabeça, sem conseguir encontrar a minha voz.

    — porque eu pretendo te foder em cada canto dessa casa, coelhinho. — Ele murmura, abrindo um sorriso felino ao ver o efeito que toda essa sua virilidade assustadora causa em mim.

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