CAPÍTULO 17

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SAM

    Theodoro me leva até um restaurante monstruosamente chique, na hora do almoço. A recepção é praticamente toda de vidro, e vasos com orquídeas brancas e roxas estão dispostas para todos os lados.

    — tem reserva, senhor? — Uma moça platinada abre um sorriso cheio de segundas intenções para o macho de terno ao meu lado. Essa magnetismo que atrai cada mulher num raio de dois quilômetros para Theodoro parece um superpoder que ele desenvolveu, não que ele pareça ligar muito para isso.

    — Não. Mas eu quero uma mesa mesmo assim. — Ele diz, daquele jeito duro de falar se sempre. Eu me aproximo um pouco mais dele para indicar que ando com ele e não sou um pobre perdido de forma aleatória nessa zona de restaurantes e lojas de grife. Assim que estou perto o suficiente, Theodoro agarra o meu pulso, fazendo a moça lançar um olhar longo e peculiar para as nossas mãos unidas, antes de se recuperar e prosseguir:

    — Sabe que o preço aumenta de forma exponencial caso os senhores não tenham uma reserva pré-agendada, certo? — Ela continua, mas Théo apenas revira aqueles olhos escuros de mafioso e me puxa para dentro do restaurante, indo em direção a uma das mesas, lá do canto (não que haja mais alguém aqui).

    — pago o preço que for. Agora pode chamar o garçom para vir nos atender? — Ele completa, sem olhar para a mulher ou sequer esperar sua resposta. Eu lanço um sorriso solidário para a moça, mesmo que ela não o devolva.

    Theodoro puxa uma cadeira para mim, então eu vou até lá e sento, sentindo os seus braços enormes e musculosos roçarem no meu corpo enquanto faço isso. O termo sob medida ressalta cada músculo desse seu corpo monstruosamente enorme, e eu preciso me concentrar para não babar sempre que me pego encarando-o.

    — pode escolher o que quiser no cardápio, coelhinho. — Ele aponta para a folha com detalhes dourados na minha frente, que é dobrada cuidadosamente em quatro partes, formando uma espécie de folheto. Eu pego-o meio sem jeito e começo a ler o nome dos pratos, mas não faço ideia do que nenhum deles sejam. Parecem está escrito em árabe e não em inglês.

    — V-você pode pedir para mim? Eu não faço ideia do que sejam essas coisas. — Digo, encolhendo-me um pouco na cadeira e sentindo o seu olhar penetrante me analisar por longos segundos.

    — Você não faz ideia das coisas que me faz pensar e querer fazer com você, quando fala com essa voz doce e me encara com esses olhos azuis, coelhinho. — Ele sussurra, a voz rouca e cortante me pega de surpresa e me faz engolir em seco. Eu encaro seu rosto lindo e maduro e sinto as minhas bochechas arderem tanto que é como se eu estivesse entrando em combustão espontânea.

    — Já decidiram o que vão pedir, senhores? — o garçom surge do nada, dando-me tempo de recuperar o fôlego, embora Theodoro ainda me encare com aquela expressão de predador.

    — Um Bucatini all'amatriciana para mim, e um Cotoletta alla milanese para meu parceiro. Também quero o melhor vinho que tiverem. — Théo explica, embora esteja ignorando totalmente a existência do garçom, como se tudo ao nosso redor tivesse sumido e só exista eu e ele aqui.

   — Certo. — O moço diz, rabiscando o pedido de forma rápida, para então marchar em direção a cozinha.

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    Quando a comida chega, alguns minutos depois, um prato com bife e macarrão é colocado na minha frente. É um prato tipicamente italiano, segundo Theodoro, e está tão suculento que me faz gemer baixinho.

    — Não gema assim novamente caso não queira que eu rasgue as suas roupas e te foda em cima dessa mesa nesse exato momento. — Theodoro rosna, de forma com que apenas eu possa escutar isso. Ele se ajeita na cadeira e cruza as pernas, ainda rosnando baixinho feito um animal selvagem. Eu encaro-o, completamente abismado pela facilidade com que ele fala essas coisas, e mais espantado ainda com o efeito avassalador que essas palavras tem em mim.

    Eu respiro fundo e continuo comendo essa comida maravilhosa, enquanto observo Theodoro comer também. Fico meio hipnotizado com os seus movimentos, enquanto ele leva o garfo até a boca, fazendo os músculos do seu braço contrariem. Depois observo os momentos do seu rosto enquanto ele mastiga, e o pomo de Adão subir e descer enquanto ele engole. Isso tudo é uma das cenas mais eróticas que eu já vi em toda minha vida, e eu estou totalmente ciente de que ele me observa também, na mesma intensidade.

    Depois que terminamos de comer (eu até me arrisquei a tomar uma taça de vinho, embora prefira o bom e velho refrigerante e não seja tão fã de bebidas alcoólicas), observo completamente horrorizado Theodoro pagar uma quantia exorbitante pelo nosso almoço. É tanto dinheiro que daria para pagar o aluguel do meu apartamento por uns três meses.

    —Vamos, coelhinho. — Ele agarra o meu pulso e me puxa para fora do restaurante. Alberth está nos esperando quase da mesma forma que estava quando saímos: encostado no carro e digitando apressadamente no celular.

    Theodoro abre a porta para mim e indica levemente com a cabeça para que eu entre, então faço isso rapidamente, sentindo o cheiro do homen gigante ao meu lado assim que passo por ele.

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    Durante a tarde, nós simplesmente andamos por diversos pontos turísticos da cidade, e embora eu tenha morado aqui durante um bom tempo da minha vida, essa foi a primeira vez que tive a oportunidade de conhecê-los.

    A volta para a sua casa se resumiu em Theodoro sentado com as pernas abertas e eu aninhado no seu colo, com o rosto enterrado não seu peito enorme. O cheiro dele simplesmente me deixou bêbado, e eu não desgrudava o rosto da sua camisa por nada.

    — Meu irmão irá voltar de viagem em umas duas semanas. — Ele diz para mim, enquanto me ajeita no seu colo, encaixando aquela coisa grande na minha bunda e me fazendo soltar um grunhido baixinho. Eu acho que ele fica um pouco desconfortável quando está duro, porque a calça sob medida abraça perfeitamente cada centímetro do seu corpo, e não há espaço para aquela coisa enorme dele quando ela praticamente triplica de tamanho.

    — Sério? — Ergo um pouquinho a cabeça só para encara-lo de relance, me recusando a tirar o meu nariz dele. É um pouco difícil ouvir Theodoro falando de si mesmo ou da sua família por conta própria. Ele é um pouco fechado, então eu preciso lhe dá total atenção quando ele se dispõe a falar.

    — Você provavelmente vai gostar dele. Dominic é bem mais... Sociável do que eu. — Ele diz, acariciando o meu cabelo com uma das mãos, enquanto a outra massageia de forma distraída a minha cintura, por baixo da minha camisa.

    — Quantos ele tem? — Pergunto, tocando o seu peitoral duro. É impossível não ficar impressionado com a quantidade de músculos que esse homem tem.

    — Dois anos mais novo. Ele tem trinta e oito. — Theodoro me responde.

    — mas você não tem trinta e nove? — Me ajeito um pouco mais no seu colo, fazendo Théo grunhir.

    — Faço quarenta mês que vem. — Ele responde, franzindo levemente os olhos escuros e tentando detectar a minha reação a isso. Eu apenas encosto novamente a bochecha no seu peitoral e aspiro o seu cheiro, mais do que satisfeito com isso. Eu tenho um macho alfa lindo e marrento de quase quarenta anos, e isso é sexy pra caralho.

    Quando o carro entra na sua garagem e a porta é aberta, eu percebo que está bem mais tarde do que imaginei que estaria. Provavelmente já deve passar das 8:00 da noite, e consigo ver as luzes da cidade lá embaixo pela pequena fresta do portão da garagem, que está aberto.

    — Vamos lá, coelhinho. — Theodoro agarra a minha cintura e cola o seu corpo nas minhas costas, me fazendo gemer baixinho. Ele esfrega aquela coisa em mim, antes de continuar com um sussurro quase inaudível no meu ouvido: — Vamos tomar um banho, Santiago. A noite é uma criança, e você não faz ideia das coisas que pretendo fazer com você hoje.

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