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SAM
O primeiro mês com Théo foi bem divertido e especial para mim. Nós meio que entramos numa harmonia silenciosa um com o outro, seja enquanto estávamos no trabalho, ou quando estávamos na sua casa, onde as coisas sempre ficavam bem mais do que quentes...Agora estou atravessando a rua de volta para o enorme prédio da empresa, levando em uma das mãos o café amargo e ruim que Theodoro gosta de tomar, tomando cuidado para só segurar nas bordas e não correr o risco de me queimar com o líquido quente.
O meu celular começa a vibrar dentro do bolso da calça social escura que estou vestindo, que contrasta perfeitamente com a camisa de botões branca, mas de mangas curtas. Um grande "MÃE" está piscando na tela do celular, me fazendo ficar um pouquinho surpreso, até porque ela não é de me ligar.
— Oi, mãe. — Digo assim que atendo, sem deixar de caminhar para dentro do prédio e quase soltando um suspiro de alívio quando o ar frio do ar-condicionado envolve meu corpo, quando atravesso as portas duplas.
— É assim que você fala com sua mãe, querido? — Ela responde, e eu consigo sentir desdém e um sarcasmo forçado impregnado na voz. Isso é tão típico dela que não me deixa nem um pouquinho surpreso.
— Sim. Tô no trabalho agora, mãe. Não tenho tempo para ficar no celular. — Explico de forma calma, enquanto vou na direção do elevador, desviando de algumas pessoas e acenando em reconhecimento para Alberth assim que ele passa por mim.
— Ah sim, Santiago. Só que liguei para o seu prédio ontem a noite, e recebi a notícia de que você já não mora mais naquela espelunca. — Ela diz, e eu consigo ouvir o marido dela rindo no fundo, onde também consigo escutar os barulhos de um jogo de futebol, que provavelmente está passando na TV.
— Sim. Tô morando com um... Amigo do trabalho agora.
— E não deu sequer o trabalho de avisar? Santiago?
— você sequer tem tempo para me atender ou falar comigo mesmo. Não adiantaria de nada tentar ligar. — explico, com um pouco de irritação visível na minha voz, o que faz ela arfar se surpresa.
— Será que posso fazer uma visitinha? — Ela pergunta depois de um tempo, resolvendo ignorar a minha irritação e com um interesse estranho presente na voz.
— Trabalhamos o dia todo, mãe. Não é uma boa ideia. Tenha um bom dia, depois conversamos. — Encerro a ligação antes que ela consiga encontrar algum argumento, ou simplesmente resolva fazer eu me sentir mal com alguma coisa. Está fora de questão deixar ela ir para a casa de Theodoro para uma "visitinha".
Não demora muito até às portas do elevador abrirem, assim que chego na cobertura. Eu enfio o celular no bolso antes que Dominic perceba que estou online e me mande alguma coisa. Ele sabe ser bem irritante quando quer, mesmo que fique 90% do tempo fora de casa, andando por aí e resolvendo "questões" da empresa, que provavelmente tem a ver com máfia ou coisas assim.
Abro a porta do escrito de Théo e entro em passos meio lentos, fazendo ele erguer o rosto e me encarar com aquele olhar afiado. Hoje Theodoro não está vestindo a parte de cima do termo, apenas uma camisa cinza (com as mangas dobradas até os cotovelos) e com uma gravata preta.
Ele é simplesmente magnífico, e apesar de ter passado quase 100% dos meus dias com ele no último mês, ainda fico completamente abismado com a sua beleza.
Eu caminho até lá e coloco o copo de café na sua frente, com aquela habitual sensação de nervosismo cruzando o meu corpo sempre que eu me aproximo dele. Meio sem jeito, sento na sua coxa enorme e passo o braço por por cima dos seus ombros, encarando aquela boca perfeitamente desenhada a centímetros de mim.
— O que foi, coelhinho? — Ele sussurra, agarrando a minha cintura com uma das mãos e roçando a minha pele por debaixo da camisa.
— Essa gravata. — Murmuro, indicando com o queixo a gravata cara que prende do seu pescoço.
— Gostou?
— S-sim. Mas prefiro sem. — respondo baixinho, antes de erguer a mão e desfazer o nó da gravata, retirando-a dele pouco depois. Também abro os dois primeiros botões da camisa, deixando-a exatamente da forma que eu gosto.
Theodoro ainda me observa em silêncio com aqueles olhos escuros que parecem ver através da minha alma. Eu coloco sua gravata no meu próprio pescoço, apesar dela ficar muito grande para mim, e tem quase o dobro do tamanho de uma que eu usaria normalmente.
— Você adora me provocar, não é? — Ele rosna, enrolando a gravata no punho e me puxando para a frente, até os nossos rostos estarem tão próximos que eu consigo sentir a sua respiração quente banhando a minha pele.
Eu me Inclino um pouco para a frente e lhe dou um Selinho tímido, que não passa do mais leve roçar de lábios. Meus dedos passeiam pelo seu pescoço, sentindo a pele quente e o pomo de Adão contra os meus dedos, assim como a barba áspera e bonita.
— O seu aniversário é amanhã. — Sussurro, enterrando o rosto no seu peitoral cheiroso, que eu tenho usado como cama/travesseiro praticamente todas as noites. Ele provavelmente achou que eu iria esquecer, mas bastou conversar com Dominic para saber o dia exato em que ele faz aniversário.
— Você vai está oficialmente ficando com alguém na casa dos quarenta. Como se sente sobre isso? — Theodoro brinca, agarrando a minha bunda e a analisando por cima do meu ombro. Os cantos dos seus lábios estão levemente erguidos num sorrisinho maroto.
— Me sinto perfeitamente bem. — Dou de ombros, corando com o fato de que isso é sexy pra caralho. Ele é bem mais experiente, mais bonito, mais maduro do que eu. Como poderia ficar incomodado com isso?
Nos últimos dias tenho pensado muito no que dar de presente para ele, mas Theodoro tem praticamente tudo. um presente com valor apenas material não seria o suficiente, então tive que apelar para outra coisa, e minhas bochechas ardem só de pensar nisso.
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TODO SEU [COMPLETO]
Romance•BDMS •+18 • Age agap Para Sam, conseguir um estágio numa das maiores empresas do país finalmente colocaria sua vida nos trilhos, mas depois de uma inevitável conexão com o seu chefe (um bruto, maduro e irresistível macho dominador), tranquilid...