CAPÍTULO 16

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SAM


    O amigo de Théo é um homem bonito, mais ou menos da sua idade. Richard é uns bons dez centímetros mais baixo que Théo, tem a pele pálida e olhos verde escuros, além de algumas rugas entre as sobrancelhas, que ficam mais visíveis por causa da sua pele pálida.

    — Você tem andado sumido esses tempos, cara. — Richard cumprimenta Theodoro com um tampinha no ombro, dando-lhe um abraço tipicamente masculino, antes que seu olhar afiado foque em mim, e faça o verde dos seus olhos ficarem mais escuros ainda.

    — Andei bastante ocupado esses dias. —  Théo explica, antes de vir até mim e passar aquele braço enorme e musculoso pela minha cintura.

     —  Ainda não me apresentou o seu... Amigo. — Richard diz, com um sorriso no rosto enquanto enfia as mãos dentro dos bolsos do jaleco branco e alterna o olhar entre Théo e eu. O seu sorriso e esse olhar diz que ele é próximo o suficiente de Theodoro para saber sobre os lance de dominador, e consequentemente ter sacado que eu sou o seu submisso.

     —  Esse é Santiago. — Théo explica, apertando levemente a minha cintura. Eu me encolho um pouco, sentindo minhas bochechas arderem.

     — É um prazer, Santiago. — O médico continua, me lançando um sorriso simpático, antes de começar andar pela sala, colocar um par de luvas e pegar alguns utensílios dentro de uma gaveta, na enorme e chique prateleira branca que há contra a parede.

     — Quem vai ser o primeiro? — O médico pegunta, apontando para a poltrona cirúrgica meio enclinada. Theodoro troca um olhar comigo, e ao perceber o meu nervosismo, caminha até lá primeiro.

     Eu sento numa cadeira acolchoada perto da porta e tento não olhar para lá, mal registrando a conversa tranquila dos dois, enquanto espero.

     Quando chega a minha vez, caminho até lá, sentindo o meu nervosismo ir às alturas. Observo Richard trocar as luvas e descartar os negócios usados em Theodoro. Meu olhar recai sobre a seringa estranha e o pequeno negócio circular que parece um copinho.

     — Isso é um scalp. É usado para a retirada de sangue a vácuo. É bem mais rápido assim. — O médico explica com gentileza, como se estivesse tentando acalmar uma criança.

    — E-entendi.

    —  É melhor você não olhar. Vai ser rápido, mas sua pressão pode cair caso você se assuste com a quantidade de sangue. — Ele continua, sentando na cadeira ao meu lado e amarrando uma espécie de elástico no meu braço. Uma bolinha de borracha é colocada na minha mão, e Richard instrui para que eu a aperte.

     — Hey. — Theodoro se aproxima e agarra a minha outra mão, se agaixando ao lado da maca e me encarando com seus olhos escuros e bonitos.

    Eu respiro fundo e aperto a sua mão, sentindo a fisgada de dor no meu outro braço. Solto um grunhido baixinho e tento não olhar para a lá, porquê é preciso de um bocado de sangue para encher aquele negócio.

    — Os resultados normalmente saem depois de um dia ou dois, mas se vocês esperarem, eu posso lhes dá os exames daqui uns quarenta minutos. —  Richard explica pouco Depois depois, retirando a agulha do meu braço e fazendo outra fisgada de dor reverberar pelo meu braço. Eu cometo o erro de olhar para o frasco de sangue, ficando automaticamente meio enjoado, mas o médico leva o copinho para longe rapidamente, tirando-o do meu campo de visão.

    — Vamos sentar ali, coelhinho. — Théo entrelaça nossos dedos e me puxa na direção dos bancos acolchoados do outro lado da sala, mas antes, ele pega um curativo com bolinhas vermelhas e coloca em cima do pequeno furo que a seringa deixou no meu braço pálido, substituindo o pequeno pedaço de algodão.

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    Demora mais do que esperado para recebermos os resultados dos exames, mas eu nem sequer me importei com isso, porque toda a minha atenção estava em Theodoro, e talvez eu tenha perdido a noção do tempo.

    Quando Richard finalmente volta com os exames a anuncia que nós dois estamos totalmente livres de cada uma das doenças existentes na face da terra, Théo me lança um olhar meio assustador e voraz, para então agradecer Richard e passar alguns minutinhos conversando com ele.

    Quando descemos para o térreo novamente, Theodoro paga pelos exames na recepção (e um adicional a mais pela rapidez em que os resultados foram entregues). Ele me puxa pela mão para fora, e depois em direção ao carro, que permaneceu exatamente no mesmo lugar.

     — Sabe o que isso significa, coelhinho? — Theodoro me puxa para ele assim que entramos dentro do carro. Ele me coloca sentado no seu colo, de costas para ele dessa vez. O peitoral duro e quente contra mim me faz gemer baixinho, e aquele seu negócio enorme lá embaixo já está cutucando minha bunda, duro como pedra.

     — O-o que? — Gaguejo, sentindo suas mãos enormes explorarem o meu corpo. Silvo de prazer quando sua mão entra dentro da minha calça e agarra o meu membro. Theodoro enterra o rosto no meu pescoço e esfrega aquela barbara gostosa na minha pele sensível.

     — Porque agora eu vou encher você com meu leite, coelhinho. E você vai implorar por mais. — Ele sussurra, esfregando o polegar na ponta do meu pau. Eu rebolo no seu colo num movimento involuntário, choramingando e buscando mais contato.

     — você gosta, coelhinho? — Ele pergunta, mordiscando o meu pescoço com força, não o suficiente para tirar sangue, mas para fazer uma onda de dor e prazer reverberar por todo o meu corpo.

    — S-sim... S-senhor... — Um grito engasgado escapa do fundo da minha garganta. Theodoro para de me tocar lá embaixo assim que percebe que estou quase gozando, me fazendo choramingar e rebolar contra o seu membro enorme novamente.

    — Agora não, coelhinho. Temos todo o tempo do mundo. — Ele explica, me tirando do seu colo apenas por uns poucos segundos, para então me puxar de volta para ele, de frente dessa vez. Eu deito no seu peitoral musculoso e largo, afundando o rosto na sua camisa macia e sentindo o calor e o seu cheiro másculo emanar de lá.

     O carro deve ter começado a se mover em algum momento, mas nem sequer ligo para isso. Os braços de Theodoro me envolvem e agarram a minha bunda firmemente, me fazendo suspirar baixinho, desejando muito mais do que isso.

    — Mandei alguns homens meus irem buscar suas coisas. — Ele diz, não foi uma pergunta ou pedido, apenas uma constatação. Eu ergo o rosto apenas o suficiente para encara-lo.

     — C-como fez para deixarem que eles entrassem sem minha autorização?

     — Eu tenho meus métodos, coelhinho. — ele diz, apertando a minha bunda com força.

    —  V-você parece um mafioso, sabia? — cutuco o seu peitoral musculoso, fazendo-o soltar uma risada baixinha e revirar os olhos.

    —  Ouço isso umas cinco ou seis vezes por dia, Santiago. — Ele diz, descendo aqueles lábios carnudos até os meus.

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