Visita indesejada no quarto do hotel.

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- Alessia, será que eu posso ir até o hotel onde vocês estão hospedados amanhã cedo, só para eu ter certeza que você está bem, antes de eu voltar para casa?

- Claro que sim, Antoni. - respondi sem hesitar - Você nem precisava ter me pedido. Principalmente depois de você ter me defendido daquele otário dentro da balada. - o olhei com gratidão.

- Te defendido de um otário lá dentro? - Olhou-me confuso - Do que você está falando, Alessia?

.." Com a história da Domenica ter descoberto que eu estou esperando um filho do Alonzo, eu acabei me esquecendo de contar esse detalhe para ele.

- Alessia? -- chamou meu nome firmemente - Você vai me contar o que aconteceu lá dentro, ou eu vou ter que perguntar ao seu irmãozinho adotado, aí?

Eu não gostei do jeito como ele falou do Antoni, mas eu tinha que entender o ciúmes que um tinha do outro.

- Bem, é que quando eu estava voltando do banheiro, eu acabei me esbarrando em alguém, e quando olhei para pedir desculpas, vi que era aquele mesmo homem do restaurante de Scilla.

- Aquele homem asqueroso? - disse num tom irritado - O que aquele filho de uma puta ( Figlio di puttana ), fez a você?

- Ele tentou me dar uma cantada e me disse algumas coisas que eu não gostei, aí quando eu disse que precisava ir ele simplesmente segurou em meu braço fortemente e disse mais algumas coisas asquerosas, algo que me fez bater na cara dele. E é claro que ele não gostou. - suspirei - Ele se alterou e quando eu pensei que ele ia fazer algo para mim, o Antoni chegou do nada e bateu nele, jogando-o no chão.

- Eu vou voltar lá para dentro agora mesmo e matar aquele cara? - fechou as mãos em punhos e as apertou fortemente.

Seus olhos, seu corpo, pareciam estar possuídos.

Eu já havia visto esse olhar no dia em que ele brigou com o Antoni em Milão.

.." Eu não posso deixá-lo brigar com alguém novamente, por minha causa. Ainda mais em público.

- Não precisa, Alonzo. - tentei acalmá-lo - O Antoni já deu um jeito nele. Eu tenho certeza que depois disso ele nunca mais vai se aproximar de mim.

- Será mesmo? - olhou-me incrédulo.

- Sim, eu tenho certeza. - tentei ser convincente - Agora a única coisa que eu quero é voltar logo para o hotel, tá bem?

Ele passou a mão nos cabelos, suspirou fundo e tentou se acalmar.

- Ok, vamos.

Ele, então, fechou a minha porta e em seguida foi para o lado do motorista.

Enquanto ele ligava o carro, eu abaixei o vidro para falar com o Antoni antes de irmos.

- Antoni nós estamos no Baglioni Hotel Regina, e eu estarei esperando por você amanhã cedo, tudo bem?

- Claro, doçura. - sorriu para mim - Eu estarei lá amanhã bem cedo.

Ele colocou a mão em meu rosto e o acariciou com o polegar. Em seguida o Alonzo saiu com o carro.

- Você sabe que eu não gosto de ver homem nenhum tocando em você, não é? - disse repreendendo-me.

- Ele é como se fosse o meu irmão, Alonzo. - expliquei - Ele tem o sobrenome do meu pai.

- É, eu sei, mas isso não os impediu de transar. - disse ironicamente.

- Pelo visto você nunca vai me deixar esquecer isso, não é? - indaguei irritada.

Ele não disse nada, apenas me olhou fixamente antes de voltar seu olhar para a direção.

O outro lado de um mafioso ♥️ Em Revisão ♥️Onde histórias criam vida. Descubra agora