Sempre ao meu socorro.

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Já dentro do elevador, peguei o celular e liguei para o Antoni.

Seu tom era de preocupação.

— Oi, Antoni. - disse desanimada. — Não, eu estou bem, não se preocupe, mas preciso de um lugar para passar a noite, será que você pode me ajudar?

— Eu prefiro não dizer, desculpe.

— Tá bom, obrigada.

...

Assim que ele desligou eu coloquei o celular de volta na bolsa e fiquei sentada em uma poltrona na recepção à espera dele.

Enquanto eu esperava, achei que o Alonzo fosse pelo menos me enviar alguma mensagem com uma explicação ou um pedido de desculpas, mas infelizmente nada.

— Isso é para eu aprender a parar de querer ficar com um cara que me usa quando quer e depois descarta sem nenhuma consideração. - suspirei — Eu sou mesmo muito otária.

Depois de mais alguns minutos, finalmente o Antoni chegou no hotel.

— E aí doçura, vamos? - olhou para mim com aquele olhar e sorriso encantador como da primeira vez.

Eu balancei a cabeça positivamente enquanto me levantava e caminhava em direção a ele.

Ele colocou o braço em volta de mim, segurando em meu ombro, e me levou até o carro, abrindo a porta para mim como um cavalheiro.

— Obrigada. - agradeci.

Ele fez um aceno cordial com a cabeça, fechou a porta e em seguida foi em direção ao lado do motorista.

Eu achei que ele fosse tentar perguntar mais uma vez o que havia acontecido, mas não, ele soube respeitar muito bem a minha decisão. 

Algo bem significativo para mim.

— Alessia, você se importaria se ao invés de irmos para o hotel onde eu estava hospedado, a gente já seguisse para Pordenone? - disse enquanto colocamos o cinto.

— Não, acho essa ideia perfeita. 

— Então, bora Pordenone.

Enquanto saíamos de Roma sentido a Pordenone, eu aproveitei para olhar mais uma vez para cada lugar maravilhoso que passei com o Alonzo. 

Queria guardar em minha memória para quem sabe um dia voltar e ver se havia mudado ou se ainda continuava igualzinho.

.." Caramba ( accidenti ), esqueci do carro do meu pai. - bateu uma preocupação em mim — Porque se o Alonzo está com a noiva dele, com certeza ele vai voltar com ela, no carro dela, então como é que vai ficar o carro dele? Quem o levará de volta para Palermo?

Comecei a roer as unhas sem parar.

.." E eles, o que será que estão fazendo agora? - suspirei fundo — Trepando como dois animais? Ou falando e rindo de mim, enquanto tomam champanhe na banheira?

Meus pensamentos, minha imaginação, pareciam não querer me dar tréguas.

— Nossa, você está quieta demais. Em que você está pensando? - perguntou curioso.

— No carro do papai. 

— Como assim? - Olhou-me confuso — Porque?

— Ah, eu estava pensando se o Alonzo vai levar de volta para ele, ou se por raiva de eu ter deixado ele lá naquele hotel sozinho, ele o deixará lá e voltará de outra forma.

O outro lado de um mafioso ♥️ Em Revisão ♥️Onde histórias criam vida. Descubra agora