Um menage, sério?♥️

77 11 2
                                    

Depois de terminar de ler a carta que minha mãe havia me deixado, amassado e chorado bastante por alguns minutos, eu fui até o banheiro, joguei dentro do vaso sanitário e dei descarga.

- Eu não posso deixar que alguém leia e saiba de tudo que minha mãe me disse. Nem minha melhor amiga. - suspirei - Não que eu não confie nela, mas de todo jeito é melhor eu guardar essas coisas só para mim. Não quero colocá- la em perigo por minha causa.

Voltei para o quarto e decidi procurar uma mochila no closet do Vincenzo.

Afinal eu não ia ficar andando para lá e para cá com uma caixa na mão.

- Isso, achei. - peguei uma mochila preta, mesmo sem autorização e coloquei as coisas da caixa dentro da mochila.

- Bom, eu acho que ele não vai se importar de eu ter pego para usar somente por hoje, amanhã eu já devolvo.

Peguei a mochila e coloquei na costa.

- Agora sim, bem melhor do que a caixa.

Olhando para uma prateleira um pouco acima, eu avistei um revólver preto.

Eu na curiosidade, é claro que peguei.

- Uau, que tipo de revólver será esse? - olhei curiosamente - E será que está carregada?

Sabe quando você tem uma ideia louca do nada? Eu tive uma.

- Agora, querendo ou não, eu preciso procurar o Alonzo para tirar algumas coisas a limpo. - fui em direção a porta - Se ele foi homem de fazer o que fez comigo, ele tem que ser homem de responder minhas perguntas, tirar as minhas dúvidas e assumir os seus errou. Por bem ou por mal.

Coloquei o revólver na minha cintura, sai do quarto do Vincenzo e fui em direção ao quarto do Alonzo, e ao chegar na porta ouvi vozes e risos de mulheres vindo lá de dentro.

- Homem galinha (uomo pollo), safado (mascalzone), sem vergonha (senza vergogna)

, mas o que é dele, está guardado. - sorri perversamente.

Respirei fundo e bati duas vezes na porta.

- Entre. - disse num tom firme.

Sei que eu não iria gostar do que veria lá dentro, mas eu precisava acabar com a dúvida que havia em mim.

Eu, então, abri a porta e me deparei com ele sentado no sofá preto de couro juntamente com duas mulheres, uma de cada lado.

E olhando fixamente enquanto me aproximava deles, vi que uma estava tirando sua blusa enquanto beijava o seu pescoço e a outra abrindo a fivela do seu cinto.

.." Cafajeste de uma figa (bastardo di un fico).

Eu senti uma raiva e um ciúmes tão grande ao vê- lo sendo tocado por elas, aumentando ainda mais um sentimento horrível dentro de mim.

Um sentimento tão forte que minha vontade era de estrangulá- las e jogá-las da sacada do quarto dele.

.." Controle-se Alessia, .. ou Amber, sei lá. Você precisa monstrar a ele que você não se importa. - fechei minhas mãos em punho e as apertei bem forte tentando me controlar - Você não vai dar esse gostinho para ele.

Parei de frente a ele, encarando- o cara a cara, mas seriamente para que ele não acabasse notando o ciúmes e a raiva que eu estava sentindo, enquanto ele me olhava com aquele olhar malicioso e presunçoso dele.

- Flor da noite, até que enfim você apareceu para me ver. - disse sarcasticamente - Veio aqui me agradecer pelo presente que te mandei?

- Muito pelo contrário, Alonzo. Eu vim aqui te perguntar três coisas, e a primeira é: 'Como é que aquela caixa foi parar nas suas mãos'.

O outro lado de um mafioso ♥️ Em Revisão ♥️Onde histórias criam vida. Descubra agora