Depois de terminar de ler a carta que minha mãe havia me deixado, amassado e chorado bastante por alguns minutos, eu fui até o banheiro, joguei dentro do vaso sanitário e dei descarga.
- Eu não posso deixar que alguém leia e saiba de tudo que minha mãe me disse. Nem minha melhor amiga. - suspirei - Não que eu não confie nela, mas de todo jeito é melhor eu guardar essas coisas só para mim. Não quero colocá- la em perigo por minha causa.
Voltei para o quarto e decidi procurar uma mochila no closet do Vincenzo.
Afinal eu não ia ficar andando para lá e para cá com uma caixa na mão.
- Isso, achei. - peguei uma mochila preta, mesmo sem autorização e coloquei as coisas da caixa dentro da mochila.
- Bom, eu acho que ele não vai se importar de eu ter pego para usar somente por hoje, amanhã eu já devolvo.
Peguei a mochila e coloquei na costa.
- Agora sim, bem melhor do que a caixa.
Olhando para uma prateleira um pouco acima, eu avistei um revólver preto.
Eu na curiosidade, é claro que peguei.
- Uau, que tipo de revólver será esse? - olhei curiosamente - E será que está carregada?
Sabe quando você tem uma ideia louca do nada? Eu tive uma.
- Agora, querendo ou não, eu preciso procurar o Alonzo para tirar algumas coisas a limpo. - fui em direção a porta - Se ele foi homem de fazer o que fez comigo, ele tem que ser homem de responder minhas perguntas, tirar as minhas dúvidas e assumir os seus errou. Por bem ou por mal.
Coloquei o revólver na minha cintura, sai do quarto do Vincenzo e fui em direção ao quarto do Alonzo, e ao chegar na porta ouvi vozes e risos de mulheres vindo lá de dentro.
- Homem galinha (uomo pollo), safado (mascalzone), sem vergonha (senza vergogna)
, mas o que é dele, está guardado. - sorri perversamente.
Respirei fundo e bati duas vezes na porta.
- Entre. - disse num tom firme.
Sei que eu não iria gostar do que veria lá dentro, mas eu precisava acabar com a dúvida que havia em mim.
Eu, então, abri a porta e me deparei com ele sentado no sofá preto de couro juntamente com duas mulheres, uma de cada lado.
E olhando fixamente enquanto me aproximava deles, vi que uma estava tirando sua blusa enquanto beijava o seu pescoço e a outra abrindo a fivela do seu cinto.
.." Cafajeste de uma figa (bastardo di un fico).
Eu senti uma raiva e um ciúmes tão grande ao vê- lo sendo tocado por elas, aumentando ainda mais um sentimento horrível dentro de mim.
Um sentimento tão forte que minha vontade era de estrangulá- las e jogá-las da sacada do quarto dele.
.." Controle-se Alessia, .. ou Amber, sei lá. Você precisa monstrar a ele que você não se importa. - fechei minhas mãos em punho e as apertei bem forte tentando me controlar - Você não vai dar esse gostinho para ele.
Parei de frente a ele, encarando- o cara a cara, mas seriamente para que ele não acabasse notando o ciúmes e a raiva que eu estava sentindo, enquanto ele me olhava com aquele olhar malicioso e presunçoso dele.
- Flor da noite, até que enfim você apareceu para me ver. - disse sarcasticamente - Veio aqui me agradecer pelo presente que te mandei?
- Muito pelo contrário, Alonzo. Eu vim aqui te perguntar três coisas, e a primeira é: 'Como é que aquela caixa foi parar nas suas mãos'.
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O outro lado de um mafioso ♥️ Em Revisão ♥️
De TodoAlessia Lucchesi é uma jovem de 18 anos meiga e delicada, com uma beleza natural e admirável, que acaba de terminar o ensino médio. Vivendo apenas com a sua mãe na pequena cidade de *Pordenone* na Itália, ela ainda se vê indecisa do que quer para a...