Ele parecia ter ficado sem fala.
Parecia estar hipnotizado.— Fabrizio? - o chamei novamente — Como eu fiquei?
Ele levantou-se do sofá e veio bem próximo a mim.
— Uau, você ficou maravilhosa. - me olhou de baixo para cima — Você está um espetáculo, Alessia.
— Sério? - sorri meia sem jeito e apontando a arma (revólver glock G19 calibre 9mm) para ele — Você acha mesmo?
— Sim, você ficou perfeita. -- disse com um brilho no olhar enquanto segurava na ponta da arma e apontava para o chão. — Agora, quero ficar com você ainda mais que antes, só que sem essa arma sendo apontada para mim, é claro. - disse rindo de um jeito brincalhão.
— Então você ainda ficaria comigo, mesmo eu estando armada? - sorri para ele e indaguei com as sobrancelhas franzidas.
— Sim, sem sombras de dúvida. - olhou-me fixamente — E sabe porque?
— Não, porque? - indaguei curiosa.
— Porque mesmo sabendo que você não tem noção nenhuma de como se usa essa arma, e eu corro o risco de levar um tiro, você ficou muito mais sexy com ela, muito mais atraente, muito mais poderosa. - disse com fervor — Então, com certeza eu ficaria com você, mesmo se você estivesse segurando uma arma de calibre muito maior que essa. - olhou-me intensamente.
Engoli em seco.
— Ahm.. obrigada. - desviei o meu olhar do dele meio sem jeito.
— Alessia, se você quiser eu posso te dar uma aula básica de como se usa uma dessa. - segurou delicadamente em minha mão e a pegou — Seria muito bom para a sua própria proteção.
— Verdade? Você me ensinaria mesmo? - indaguei entusiasmada.
— Claro, com certeza. - sorriu encantadoramente para mim. — Se você quiser, nós podemos ir a algum lugar deserto ainda hoje e eu te ensino a usa-la.
Ao saber que eu podia aprender algo para a minha própria defesa e proteção, eu fiquei muito ansiosa.
— Que tal se fossemos agora, então? - disse empolgadamente.
— Bora lá. - respondeu sem hesitar.
Antes que eu pudesse ir até o meu quarto para pegar meu celular e minha bolsa para irmos, a Elisa resolveu tirar suas dúvidas.
— Mas você viu se tem bala dentro dessa arma, Ale? - questionou-me enquanto caminhava em nossa direção — E se onde você achou ela, tem mais, porque se não, não tem como a gente treinar, não é?
Como eu ia responder isso para ela, se eu não sabia nada sobre revólveres.
— Ahm.. eu.. - cocei a nuca.
Antes que eu pudesse tentar explicar a ela que eu não sabia, o Fabrizio tirou o cartucho, olhou e respondeu.
— Sim, ela está carregada. - disse com convicção, olhando para a Elisa — Mas ainda bem que ela está travada ou teria acontecido um acidente aqui, não é Ale? - olhou novamente para mim e riu divertidamente.
— É, verdade, ainda bem. - concordei com ele.
— Bem, mas e aí, tem mais munição ou não? - questionou-me Elisa novamente.
— Ah, eu não reparei, mas vamos até lá no meu quarto e a gente vê.
— Beleza, vamos lá. - respondeu Elisa já indo em direção ao meu quarto.
Enquanto eu a seguia, eu senti um arrepio percorrer todo o meu corpo com a aproximação do Fabrizio bem atrás de mim.
— Está com frio, Alessia? - perguntou-me num tom baixo.
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O outro lado de um mafioso ♥️ Em Revisão ♥️
De TodoAlessia Lucchesi é uma jovem de 18 anos meiga e delicada, com uma beleza natural e admirável, que acaba de terminar o ensino médio. Vivendo apenas com a sua mãe na pequena cidade de *Pordenone* na Itália, ela ainda se vê indecisa do que quer para a...