Frustante e decepcionante.

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— Você está maravilhosa nesse novo estilo e mais sexi com esse piercing no umbigo. - tentou diminuir a tensão que se formou entre nós dois.

— Obrigada. - respondi seco.

— Alessia, você acharia muito ruim se eu te deixasse aqui sozinha e fosse para a festa que está rolando lá embaixo? É que eu preciso dar o ar da graça na festa, já que eu sou o primogênito, não é? 

— Não, eu não acharia ruim. - menti para ele. — Você pode ir.

— Ok, mas vejo você depois? - disfarçou não perceber o quanto eu estava chateada.

— Não sei, talvez.

— Você está chateada por eu não ter respondido a sua pergunta, não é?

— Chateada? Não. - sorri forçadamente fingindo não ter me importado — Só um pouco frustrada, mas não se preocupe, eu estou bem. Essa frustração passa rápido.

— Ok, se você diz. Então eu já vou.

Ele então caminhou em direção à porta enquanto arrumava a gravata, mas parou segurando a fechadura e me olhou fixamente.

— Eu não acredito em amor, Alessia. Essa palavra não faz parte do meu vocabulário. - disse firmemente — Por isso eu não queria te responder.

— Claro que não acredita, muitos homens dizem isso para esconder seus verdadeiros sentimentos. - disse sarcasticamente — Mas tem uns que quando dizem a uma mulher, é só para poder levá- la para a cama.

— Eu não sou o tipo de homem que precisa dizer sobre amor a uma mulher só para levá- la para a cama, Alessia.

— É, acho que não precisa mesmo. Afinal com o dinheiro e a reputação que você tem, já é o suficiente, não é?

— Do que você está falando?

— Estou falando do dia em que te vi muito bem acompanhado de uma bela mulher que se atirava em cima de você naquela boate, em Castelvetrano, Alonzo. Vi muito bem, que ela não estava atirando em cima de você porque sentia algo por você, e sim por interesse em seu dinheiro, seu status social, enfim.. interesses.

— É, você estava lá. - me olhou surpreso.

— Sim, eu tinha algo que me interessava muito naquele lugar. Porque se não, eu jamais entraria em lugar como aquele.

— Você diz sobre a escritura de uma das mansões do meu pai, que estava com o seu pai e que sua mãe roubou e escondeu? E algumas outras coisas? - mudou de assunto para evitar que eu perguntasse algo a respeito da tal mulher.

— Sim, mas eu já devolvi praticamente tudo ao meu pai. Então eu não devo nada a ele e nem a ninguém. - respondi seriamente.

— Bom, eu não acho que você tenha devolvido tudo, flor.

— Do que você está falando? - perguntei com as sobrancelhas franzidas.

— Estou falando de uma enorme carga de armas que sua mãe também roubou e escondeu em algum lugar ou vendeu por uma boa fortuna. Fortuna essa que ninguém até hoje sabe onde ela guardou.

Eu fiquei surpresa e em choque ao ouvir isso.

— Então você sabe de tudo? É por isso que você.. - não consegui terminar de dizer pois lágrimas começaram a se formar em meus olhos.

Meu corpo inteiro queimava de ódio, raiva, ira, tanto dele como de mim mesmo.

— Eu o que?

Eu não consegui responder. Ao pensar que fui usada por interesse, eu fechei minhas mãos em punho e comecei a apertar tão forte que minhas unhas machucaram a palma da minha mão. Apertei meus dentes, me segurando para não falar o que estava preso em minha garganta, pois tinha medo de falar o que não devia e me arrepender depois.

O outro lado de um mafioso ♥️ Em Revisão ♥️Onde histórias criam vida. Descubra agora