Ciúmes e notícia ruim.

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Eu mal cheguei perto da porta e ela já abriu toda empolgada e já com a mala na mão.

- Uau, parece que você já sabia que eu estava chegando.

- Bem, na verdade uma de nossas amigas viu você entrando na cidade e me ligou na mesma hora. É lógico que eu não disse que ia com você, afinal eu acho que ninguém precisa saber, a não ser o meu irmão, é claro.

- É, eu concordo com você.

- E aí, bora?? - disse bem empolgada.

- Ok, vamos. - concordo.

Enquanto íamos em direção ao carro, o Antoni desceu rapidamente, abriu o porta-mala, ajudando- a colocar a mala lá dentro, e em seguida abriu a porta de trás e do passageiro para nós duas entrar.

Ele realmente se fazia sempre um cavalheiro comigo.

- Obrigada nobre cavalheiro. - fiz reverência sentindo-me uma princesa. - Sabe que já estou me acostumando com tantas gentilezas.

- É bom mesmo, porque eu sempre a tratarei assim. - disse com convicção seguido de um sorriso encantador.

- Obrigada. - agradeci sorrindo.

Depois de todos já estarem dentro do carro, partimos de volta para a casa do meu pai.

Uma viagem que seria de quase 16 horas, por conta de algumas paradas que iríamos fazer, mas que seria uma das melhores que eu já teria feito.

Com conversas, risos e muita diversão.

Eu, a Elisa e o Antoni, parecíamos ter voltado a nossa infância, além de aproveitar para contar a ela tudo o que havia acontecido comigo no curto período em que ficamos longe uma da outra, ocultando apenas o que o irmão dela havia feito comigo juntamente com o meu ex- Giovanni, e o assassinato dele.

.." Eu não quero que ela o odeie. Ele é a única família que restou para ela.

- Meu, acho que eu no seu lugar, já teria pirado.

- Digamos que falta pouco para que isso aconteça, Lisa.

Começamos a rir juntas.

- Não se preocupe, doçura. Antes disso acontecer, eu te salvo. - disse carinhosamente, seguido de um sorriso doce, olhando-me pelo espelho retrovisor.

- Eu sei que sim. - retribui o sorriso.

Depois dessa conversa a Elisa passou a dar uma atenção maior ao Antoni. Algo que me deixou um pouco enciumada e desconfortável.

Às vezes ela dava a entender que só estava ela e ele dentro do carro.

Ela até me deixou sozinha no banco de trás e foi se sentar no banco da frente com ele.

Não sei se foi de propósito ou porque ela estava começando a ficar afim dele, mesmo sabendo que eu já havia tido algo com ele.

.." Eu não sei porque estou com ciúmes dos dois, afinal eles são desimpedidos, não é? E eu mesmo disse a ele que não queria nada com ele, que não sentia nada por ele, a não ser um carinho de irmã para irmão, um afeto que acabei confundindo com paixão. - suspirei fundo - Eu preciso aprender a distinguir os meus sentimentos por alguém logo, ou isso vai acabar me colocando em maus lençóis.

Depois de tantas horas dentro de um carro, finalmente chegamos em Palermo, na casa do meu pai.

O Antoni, como sempre, foi o primeiro a descer e abrir a porta do carro para nós duas, e em seguida ele foi até o porta-malas pegar a mala da Elisa.

- Gente, se em um dia e pouco a gente se divertiu desse jeito, já imaginaram o quanto iremos nos divertir lá nas Filipinas por alguns anos?! - disse empolgadamente.

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⏰ Última atualização: Nov 22, 2022 ⏰

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