Depois de 3/4 km mais ou menos, parei em frente a delegacia.
A Elisa desceu primeiro da moto e eu depois dela.
— Alessia, o que fazemos aqui? - olhou-me assustada, apavorada.
— Como o que fazemos aqui?! Eu vim saber como estão as investigações sobre o assassinato da minha mãe, quando irão liberar o corpo dela para eu poder enterrar.
— Alessia, nós temos que sair daqui agora mesmo. - disse num tom firme.
Com isso, ela me deixou muito confusa e preocupada.
— Porque? - indaguei.
— Primeiro me deixa tirar você daqui, aí eu te explico com mais calma. - esticou a mão pedindo a chave da moto.
Relutante eu entreguei a chave para ela e mais que depressa ela subiu na moto.
— Anda, vamos.
— Ok.
Subi na moto, sentando- me atrás dela.
Desta vez eu era o passageiro.
— Lisa, onde vamos?
— Agora quem diz para esperar para ver, sou eu. - riu.
Com isso, ela acelerou e saiu cantando pneu.
— Ei, não se esqueça que estou aqui atrás. - gritei.
— Ei, lembre-se que a minutos atrás eu estava aí. - riu.
Percebendo o tom brincalhão dela, eu comecei a rir junto.
.." Só espero que o que ela tem para me falar não seja tão grave. Porque sempre que ela diz algo nesse tom, desse jeito, é notícia ruim.
Pouco tempo depois ela parou a moto.
— Onde estamos? - indaguei curiosa.
Ao invés de me dizer ela apontou para o outro lado que eu não havia olhado ainda.
— Pera aí, você me trouxe até o *Cimitero di Pozzo*?!
Pelo jeito como ela me olhou, eu nem precisei de resposta.
Desci da moto e fui em direção ao cemitério.
— Espera Ale, eu vou com você.
Parei e esperei ela se aproximar de mim.
— Não, eu prefiro fazer isso sozinha, tudo bem para você?
— Claro, tudo bem, mas deixa eu pelo menos dizer o local onde a enterraram.
Balancei a cabeça positivamente, e ela me explicou calmamente.
— Qualquer coisa eu estou aqui, ok?
— Ok.
Entrei no cemitério, comecei a caminhar até o túmulo e quanto mais eu me aproximava, mas dor e culpa eu sentia por tê- la deixado sozinha.
Lágrimas começaram a escorrer de meus olhos e meu coração ficou cada vez mais apertado.
Ao parar em frente ao túmulo e olhar para o nome dela em uma pequena placa de metal, caí de joelhos no chão e chorei abundantemente.
Meu mundo parecia ter acabado ali mesmo.
— Me perdoe mamãe, perdoe- me por ter deixado você sozinha, perdoe-me por não ter cuidado de você como você merecia, perdoe- me por ter sido uma filha ausente, perdoe- me por não ter te valorizado o suficiente.
As lágrimas e a dor eram tão intensas que fechei minha mão direita em punho e comecei a dar socos no chão.
Eu não conseguia me conformar que tinha a perdido para sempre.
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O outro lado de um mafioso ♥️ Em Revisão ♥️
De TodoAlessia Lucchesi é uma jovem de 18 anos meiga e delicada, com uma beleza natural e admirável, que acaba de terminar o ensino médio. Vivendo apenas com a sua mãe na pequena cidade de *Pordenone* na Itália, ela ainda se vê indecisa do que quer para a...