O outro lado de um mafioso ♥️ Em Revisão ♥️

A melhor conversar que já tive com a minha mãe.♥️

Eu detestava quando alguém desligava o telefone na minha cara, deixando- me totalmente sem resposta.

— Ele tá achando o que, que eu vou parar de viver e fazer tudo que eu sempre fiz, por medo de suas ameaças?! Ah, me poupe né. - bufei colocando o telefone de volta no gancho.

— Filha, quem era no telefone? - perguntou apreensiva e curiosa ao mesmo tempo.

Ao ouvir a voz dela, virei-me rapidamente.

— Ahm, mãe?! - olhei surpresa.

— Porque você estava falando toda estressada ao telefone? - Indagou — Quem era a essa hora?

Confesso que fiquei um pouco preocupada com o que ela havia ou não escutado, mas eu achei melhor não perguntar.

— Ah, só um cara idiota que eu conheci, que não para de me infernizar. - tentei ser convincente — E que para piorar, descobriu o número do telefone aqui de casa.

— Ah, claro. - olhou-me um pouco descrente — E o que ele queria com você, que a deixou assim.. tão estressada?

— Ele quer que eu vá a uma festa na casa dele e eu disse várias vezes que não, mas ele parece não aceitar o 'não' como resposta.

— Eh, tem caras que são mesmo muito insistentes. - concordou — Enquanto você não faz o que ele quer, ele não sai do seu pé. - suspirou — Conheço bem esses tipos de homem.

— Meu pai era assim, mãe? 

Aproveitei para fugir do assunto da ligação e perguntar sobre o meu pai, quem sabe ela finalmente me diria a verdade sobre ele.

— Seu pai? - virou-se, foi em direção a cozinha e eu a acompanhei atrás — Seu pai foi o único que não insistiu comigo. 

— Sério? - indaguei surpresa — Porque?

— Porque um mafioso sempre consegue o que quer.

Eu sei que havia escutado ela dizer que meu pai era um criminoso ao telefone, mas 'mafioso'. Foi algo inesperado para mim.

— Mafioso, mamãe?! - indaguei — Meu pai é um mafioso?

Perguntei no verbo presente para ver se ela finalmente me contaria a verdade sobre o meu pai.

Ela, é claro, que me olhou bem surpresa.

Do certo porque ela não achou que eu havia escutado a conversa dela ao telefone, no dia anterior.

— Bem, filha. - suspirou — Acho que chegou a hora de eu te contar algumas coisas sobre o seu pai.

— É, eu também acho, mãe.

Ela fez um sinal com a mão para eu sentar a mesa juntamente com ela, e eu é claro que a obedeci sem questionar.

Antes de se sentar ao meu lado, ela pegou o café e o bolo, e os colocou em cima da mesa.

Servindo a nós duas.

— Filha, antes de tudo, eu quero que você saiba que tudo que fiz, foi por você. - segurou em minha mão — Somente por você, ok?

— Tudo bem, mãe. - olhei com compreensão — Eu sei disso.

Ela respirou fundo e começou a me contar.

— Filha, eu menti para você a respeito do seu pai.

— Mentiu em que parte? - indaguei.

— Tudo. - respondeu sem hesitar.

— Tudo?

— Sim. - olhou-me desolada — Eu menti a você sobre como o conheci, sobre ter sido casada com ele, eu menti a você sobre ele ser um homem bom, honesto e digno, eu menti sobre o verdadeiro nome dele, sobre a vida pessoal dele, e principalmente, sobre ele ter morrido em um acidente de carro pouco antes de você nascer.