Capítulo 17 - Emma

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Mal acordo e sinto meu corpo dolorido, abro os olhos e vejo que estou deitada no peito de Lynch. Merda. Merda.  Onde estava com a cabeça, Emma? Eu perdi totalmente a dignidade. Meu cérebro vaga pelos acontecimentos da noite passada. Que vergonha. Definitivamente perdi a dignidade.

Levanto com bastante dificuldade, minhas pernas estão fracas, vou para o banheiro. Estou nua, acho que desmaiei depois... depois que fizemos sexo. Paro em frente ao espelho, meu pescoço tem hematomas enormes. Esse canalha fez de propósito. Ele deve ser algum vampiro disfarçado.

Droga. Como vou esconder essas marcas? Vou para o chuveiro e tomo um banho rápido, não quero correr o risco de Lynch acordar e me fazer companhia. Volto para a frente do espelho analisando como vou esconder esses chupões. Betina me ensinou alguns truques com maquiagem, vamos ver o que consigo fazer.

Lembro de quando eu implorei pelo pau daquele desgraçado. Que ódio. Será que consigo me matar afogada nessa pia?

Sou surprendida pelas mãos de Lynch me agarrando.

- Bom dia, cerejinha.

- Bom dia.

Ela encara bem a imagem de meu pescoço todo marcado e dá um sorrisinho de satisfação. Se eu ganhasse um euro cada vez que tenho vontade de bater em Lynch já estava rica.

- Admirando minha obra de arte?

Eu disse, vontade de tacar a mão na cara.

Olho para Lynch percebendo que ele está pelado.

- Você tem tanta roupa, custa vestir uma?

- Por que está tão tímida? Não estava assim ontem à noite- ele fala com um sorrisinho de lado.

- Idiota- resmungo.

Saiu o banheiro indo para o closet. Procuro uma roupa que esconda meu pescoço... de novo... Não vou conseguir esconder isso com maquiagem. Coloco uma calça de alfaiataria e estava colocando a blusa quando Lynch saí do banheiro e me impede.

- Você não vai colocar essa blusa.

- Agora vai mandar no que eu visto? Só o que me falta... seu cretino.

- Está muito quente para usar uma blusa tão fechada.

- Hahhahaha, que engraçado. Você sabe muito bem porque tenho que usar uma blusa assim.

De novo aquele sorriso debochado aparece no rosto dele, esse canalha quer que vejam meus pescoço todo marcado.

- Coloca outra e me espere para descer tomar o café.

Eu fico petrificada de ódio, acabo fazendo o que ele mandou igual uma bocó.

- Vamos querida.

- Te odeio Lynch- resmungo.

- Não foi o que parecia ontem à noite- ele esfrega na minha cara.

Descemos e Lynch pede para Régis arrumar uma mesa no jardim, tenho que concordar que está um dia lindo para comer aqui fora.

Mesmo Régis sendo alguém discreto, ele não conseguiu disfarçar ao ver meus pescoço. Enquanto ele termina de arrumar a mesa no jardim, o celular de Lynch toca e ele saí atender. Nesse meio tempo Anna traz o restante das coisas para a mesa. Ela arregala os olhos e trinca os dentes ao ver meu estado.

- Sirva a senhora- Régis ordena já que ela tinha o bule de café na mão.

Anna me serve o café, ao terminar bate na xícara derrubando café nas minhas pernas.

Dou um pulo, sorte não estar muito quente mesmo assim arde um pouco.

- Senhora- Régis me auxilia- Se queimou?

Pecado dos Pais ( Tríade das Máfias - Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora