Capítulo 44 - Bernard

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Droga.

Vou arrancar a língua de Leblanc, ele pode me odiar , só não podia colocar Emma no meio dessa história.

Eu agi muito errado com Alícia, quando casei com ela tinha muito rancor de minha antiga prometida. E a magoei. Sim, chamei ela de Inês em nossa noite de núpcias, e Alícia nunca me perdoou por isso. Recebi todo rancor e ressentimento dela em troca.

Hoje vejo que o que tinha por Inês Sinclair era uma obsessão, ela era " minha" desde de sempre, quando a perdi fiquei maluco de raiva. Tinham tirado minha propriedade. Alimentei ódio por ela durante vários anos, até transferindo esse sentimento para sua filha.

Como disse era um obsessão, nunca amei Inês de verdade.

Mas tenho que arcar com meus pecados. Só não queria envolver Emma nisso, ela já sofreu demais. Nenhuma vez que estive com ela, nem quando transamos, nem em qualquer outro momento pensei em outra.

Minha cerejinha é encantadora.

Ela me envolveu de tal forma que nunca pensei que uma mulher consegueria fazer.

Emma é igual uma chuva fraca... refrescante. Que você não espera muito. E hoje estou encharcado dela.

Como vou a convencer disso? Ela é teimosa, e eu não tenho um histórico muito bom. Todas as vezes que fui um cafajeste estão voltando contra mim.

Conversar com ela de cabeça quente não vai me ajudar a reverter essa situação ao meu favor. Melhor lhe dar tempo para esfriar a cabeça. Depois falarei com ela e com calma explicarei tudo.

Meu celular toca.

Bernard: Fala Martin.

Martin: Sequestraram a Emma.

O celular cai da minha mão, só posso ter ouvido errado.

Eu ouvi errado... Foi isso.

Engulo o nó que se formou na minha garganta, pego o celular do chão.

Martin: Bernard?... Você tá na linha?

Bernard: Repete o que você falou.

Martin: A Emma foi sequestrada.

Parecem que o chão se abre embaixo dos meus pés.

Bernard: Co-como isso aconteceu?

Martin: Uma emboscada...

Bernard: Me manda a localização agora.

Saio do meu escritório, sorte o motorista estar no estacionamento, não conseguiria dirigir. Chego no lugar indicado... tem vários soldados meus pelo chão, todos mortos. Saio correndo e nem sinal da Emma.

- Onde ela tá?-pego um dos meus soldados pelo colarinho.

- Não conseguimos rastrear nada ainda- Martin me interrompe.

- Como isso foi acontecer- me altero- No meu território ainda.

- Calma, Bernard, vamos achar ela- tenta me consolar.

- Porra Martin, é minha esposa, levaram a minha esposa.

Fico desnorteado, não sei o que fazer. Falhei novamente com Emma, não consegui protegê-la. Não posso permitir que ninguém mais a machuque... prometi que ia a fazer feliz.

Coloquei todos os meus soldados atrás de qualquer pista de minha esposa, verificaram cada centímetro dessa cidade e nada, coloquei Paris abaixo.Já se passaram algumas horas e não sabem quem fez isso ou o porquê. Mafiosos sempre tem inimigos, comigo não seria diferente. Estou prestes a matar todos aqui.

Pecado dos Pais ( Tríade das Máfias - Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora