Hoje é segunda-feira, passei ontem o domingo todo envergonhada do que fiz no topo da torre. Foi uma loucura, mas uma loucura boa.
Cadê sua vergonha, Emma?
É essa pergunta que me faço ultimamente. Eu e Lynch vivemos de encrenca, vivo implicando com ele. Só que nos raros momentos de tranquilidade, acabo me rendendo aos seus toques. Meu corpo o deseja, anseia por suas mãos nele.
Não posso confiar nele.
Lembre tudo que te trouxe até aqui.
Vou para o banheiro onde o encontro terminando de se arrumar. Esse homem pode ser um velho, só que pensa num velho gostoso. Meu olhar se fixa em seus músculos enquanto ele termina de fechar a camisa.
- Muito cedo para você estar me cobiçando assim, cerejinha.
- Muito cedo para te dar a resposta que merece- retruco.
Estava lavando o rosto quando Lynch me puxa e morde meu pescoço, deixando uma marca roxa.
- Ficou bonito- fala acariciando a pele marcada.
- Seu idiota-falo fervendo de raiva- Acha isso engraçado, é?
Fico na ponta do pés, mordo seu pescoço, as mãos dele apertam minha cintura, dou um segunda mordida onde a camisa não consegue esconder.
Lynch me coloca sentada no balcão, e mão aperta minha garganta de leve antes dele atacar minha boca. Toda vez que ele me beija, me deixa sonza, é muita intensidade.
Nos separamos, e ele fica olhando seu pescoço no espelho.
- Agora você não acha divertido- debocho- Vai ver como é bom ter que ficar escondendo chupões.
- Por que eu esconderia?- meu sorriso morre- Uma pena eles não virem acompanhados de uma transa bem gostosa.
- Você só pode estar brincando com a minha cara.
- Não estou- começa a dar o nó na gravata- Hoje à noite quando estiver dentro de você, pode morder meu pescoço à vontade.
Ele sai do banheiro enquanto eu fico com o rosto fervendo de vergonha.
No café da manhã, os empregados estavam com os olhos arregalados para a sutil marca que sua camisa não cobria. A intensão era deixar ele contrangido, Lynch pouco deu bola para isso, já eu estou morrendo de vergonha.
- Vamos subir para eu disfarçar isso com maquiagem- digo assim que ficamos sozinhos.
- Por que eu cobriria?- usa seu tom mais cínico.
- Todos já estão olhando aqui na casa, imagina no escritório. O que vão pensar?
- Que tive um noite quente com minha linda esposa- levanta da mesa- Que dei tanto prazer para ela, que ela quis me marcar como seu- Lynch cheira meu cabelo- Até a noite- beija meus lábios.
Que homem cara de pau.
Eu que estou morrendo de vergonha por ele.
Estava perdida em meus pensamentos quando Mila chega para tomar café, ajudo ela a comer e depois resolvo acompanhar ela até a escola.
O inverno começou a chegar em Paris, logo teremos neve. Hoje o clima está muito agradável, perfeito para um passeio. Como se lesse meus pensamentos, recebo uma mensagem de Betina me convidando para almoçar fora. Claro que aceito.
Minha cunhada me levou para um restaurante lindo.
- Cadê dona Donatella?- pergunto.
- Sua sogra?- Betina brinca, acho que isso também está na genética da família.
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Pecado dos Pais ( Tríade das Máfias - Livro 3)
RomanceAté onde vai uma vingança? Para Bernard Lynch muito longe. Atualmente ele comanda a máfia parisiense, conhecido como o Governante das Sombras, nada acontece na cidade sem que ele saiba. Mas não pense que chegar aqui foi fácil, na juventude teve seu...