Pecado dos Pais ( Tríade das Máfias - Livro 3)

Capítulo 38 - Emma

Acordo me sentindo presa, mal consigo me mover. Logo percebo que Lynch está agarrado ao meu corpo. O homem é possessivo até na hora de dormir.

Olha... eu sei que isso vai contra todas as minhas convicções, mas o sexo com ele é maravilhoso. Podem até dizer que eu não tenho com o que comparar, afinal só tive relações com ele. Só que aprendi muito sobre o corpo humano na faculdade e sobre sexo, mesmo que na teoria, e segundo meu conhecimento e relatos... Aí meu deus, estou tentando achar justifiva demais, e no final só tenho que admitir que gosto de transar com ele.

Ele é um velho, mas é um velho tão gostoso...

Tenho vontade de tacar minha cabeça na parede por admitir isso.

As mãos de Lynch começam a passear pelo meu corpo.

- Dormiu bem, cerejinha?- sussura no meu ouvido.

- Sim

- Fui muito duro com você ontem à noite?- aperta meus seios.

Ele já é um tarado logo de manhã.

- Mais ou menos, você não sabe ser gentil- alfineto.

O sarcasmo ainda era meu modo de defesa.

- Emma- me vira de frente para ele- Eu sei que te forçei nesse casamento...

- Só percebeu isso agora?

- Eu mereço isso- acaricia meu cabelo- Eu agi errado com você... muito errado. No casamento forçada, em deixar a Florence te perseguir...

- Se for fazer a lista, quer em ordem cronológica ou alfabética?- provoco.

- Mereço isso também- concorda- Vamos tentar fazer esse casamento dar certo?

Não sabia o que para ele era "dar certo"?

- Vou ser um homem melhor para você- argumenta.

- Está me comprando com a faculdade? E outras coisas?

- Não, eu quero te ver feliz- faz carinho no meu rosto- A vida já te mal-tratou demais e eu também tenho minha parcela de culpa... Me dê uma chance de te mimar como você merece?

Dar uma chance para Lynch? Eu não confiava nele, não sei se algum dia confiaria... Mas, eu estava amarrada à ele pelo resto da vida. Divórcio não era uma opção nas leis da máfia.

- O que me diz?- suas orbis âmbar começam a brilhar me seduzindo.

- Acho que não tenho outra opção- admito

Lynch encosta sua testa na minha, recuo.

- Antes de qualquer coisa preciso tirar uma dúvida.

- O quê?

- Você amava minha mãe? Ou me enxerga como um prêmio de consolação ou uma nova versão dela?

Isso era uma pergunta que rondava minha cabeça. Será que ele enxergava sua antiga noiva em mim? Isso era demais para a minha cabeça, mesmo com toda a merda que rodiava nossa união... ele estar comigo pensando em minha mãe era algo além da minha capacidade de relevar.

- Por que essa pegunta agora?

- Só preciso que responda. Se quer fazer isso dar certo temos que colocar as cartas na mesa. Você amava minha mãe?- volto a perguntar.

- Não- ele pensa um pouco- Apenas estava acostumado com a ideia que ela seria minha esposa, pois ouvia isso desde que era criança. Era algo inevitável ser marido dela... somente isso.

Isso torna as coisas menos estranhas.

- Agora senhora Lynch- ele vem por cima de mim- Estamos de acordo?