Capítulo 26 - Emma

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A festa já terminou, ainda bem, que coisa chata, pelo menos a comida era boa. Por falar em comida peguei alguns doces e vim sentar na varanda para comer. Adoro admirar a lua, me dá uma sensação de paz, e hoje ela está mais linda no céu de Paris.

- Vai pegar um resfriado- Lynch aparece com uma garrafa de vinho e uma taça.

Ele tira seu paletó, colocando em meus ombros, as vezes ele parece um perfeito lorde inglês.

- Obrigado- tento ser educada- Quer?- ofereço um doce.

- Não- se senta do meu lado.

Ele me olha comer enquanto toma seu vinho.

- Me deixa encomodada você me olhar assim.

- Você é minha esposa, normal eu te olhar-me oferece a taça com vinho- Não quero que sorria mais para os outros homens.

- Tava demorando pro velho rabugento atacar- pego a taça tomando um gole- E além do mais nem falei com aquele homem, e ele já chegou falando que na família dele era tradição casar com mulheres ruivas.

- Aquele puto desgraçado- esbraveja.

Lynch normalmente não fala palavrão, ele é muito polido.

- Esqueci que você odeia que digam que podia ser meu pai.

Ele cerra os punhos. Começo a rir.

- Desculpa daddy - provoco um pouco.

- Cerejinha... Cerejinha- ele pega e coloca um doce em minha boca- Não gosto de ouvir dos outros, mas adoro ouvir você me chamando de daddy.

- Como? Você sempre fica irritado?- agora não entendi nada.

- É estranho uma mulher me deixar duro apenas com uma palavra- ele coloca minha mão sobre seu pênis.

Ele está duro mesmo, tento fugir mas ele me segura.

- Você já devia estar acostumada.

- Com você ser um velho tarado? Nunca.

- Você estava civilizada demais, demorou demais pra esse temperamento horrível aparecer.

- Eu estava no meu canto quieta, você que veio aqui por que quis.

- O que tem de bonita, tem de repondona- ele resmunga.

- Acho que bebeu demais querido marido, está falando baboseiras.

- Agora seria educado você me elogiar também.

- Te elogiar?- arqueio a sombrancelha.

- Sim, dizer como sou educado, cavalheiro, pode dizer também que sou bonito...

- Modesto...

Começamos a rir, é estranho estar aqui tendo uma conversa normal.

Fixo meus olhos na Torre Eiffel, ela a noite vira um espetáculo a parte.

- Deve ser um vista maravilhosa- comento.

- Da onde? Da Torre?- aceno que sim- Nunca foi lá?

- Não, nunca tinha vindo à Paris, passei boa parte da vida escondida e nos anos que vivi sozinha não tinha dinheiro para isso.

Ficamos em silêncio, até Lynch se levantar.

- Vamos- me estende a mão.

- Aonde?- questiono pegando sua mão.

- Para a Torre Eiffel, não posso deixar minha esposa sair dizendo por aí que nunca esteve lá.

- É quase duas da madrugada, está fechada à essa hora.

Pecado dos Pais ( Tríade das Máfias - Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora