Capítulo 13

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Samantha

Descemos até a garagem, fomos até seu carro um BMW preto bem bonito. Ele abriu a porta do passageiro para mim, entrei e coloquei o cinto. Seu carro tinha um cheiro bom e estava  limpinho. Deu até medo de sujar.

No caminho até onde seria o jantar ficamos sem silêncio.Enquanto eu admirava a paisagem de Dallas a noite, que nunca tinha visto totalmente, porque desde que cheguei não sai a noite e quando saia do trabalho ainda não estava escuro.

Pelo jeito esse restaurante era longe porque ele estava dirigindo fazia uns 40 minutos, tanto que até escureceu desde que saímos da empresa.
Resolvi perguntar para onde estávamos indo, vai que ele ficou com muita raiva por eu ter gritando com ele e resolveu me deixar no meio do nada ou me matar. Bom eu não sei,não duvido de nada, ainda mais que não o conheço direito.

   - Jack pra onde estamos indo? já estamos a um tempo na estrada.
   - Me chamou de Jack finalmente, pequena. Assim é melhor sem o "senhor". E respondendo sua pergunta estamos indo a um restaurante, que fica quase saindo da cidade, mas já estamos chegando. - disse sorrindo.

Eu assenti e me senti estranha com ele me chamando de pequena.
Passou uns 5 minutos e chegamos a um restaurante no meio do nada, tinha pouco comércio próximo.

O restaurante era até bem bonito,não era nada muito chique, mas era aconchegante.
O rapaz que nos recebeu nos guiou até uma mesa  e sorriu para mim.
Só ouvi Jack dar uma espécie de rosnado e me puxar pela cintura e me por na cadeira, meio bruto.
Afinal o acontece com esse homem? Não é possível.

     - O que foi isso? Perguntei.

Ele fechou os olhos respirou fundo e depois os abriu novamente me olhando fixamente.

     - Desculpe pequena, as vezes é difícil me controlar em relação a você.
     - Eu não entendo o porquê Jack, suas atitudes são muito estranhas.
     - Porque pequena, eu te desejo loucamente e morro de ciúmes, pois estou apaixonado por você. Essa é a verdade. - disse pegando em minha mão e olhando bem dentro dos meus olhos.

Eu arregalei meus olhos, minha boca secou e eu não sabia o que dizer, essa declaração assim do nada me pegou de surpresa e confesso que eu gostei e me senti bem. Mas eu não podia cair nessa mais uma vez, porque eu já sabia o final da história.
Seria mais uma vez magoada e ficaria novamente de coração partido, ainda mais com um homem desse, rico e lindo.
Definitivamente não era para mim. E ele deve estar confuso já que me falaram que ele não tem ninguém.
É deve ser isso, a convivência diária comigo o confundiu e o fez achar estar apaixonado.

Resolvi desviar o assunto e perguntei;
    - Será que o pessoal da reunião vai demorar muito pra chegar? Afinal qual é o assunto para que eu possa ficar a par?  - falei rápido um pouco nervosa, eu queria mesmo era sair logo dali depois do que ele disse.

   Ele suspirou e largou a minha mão que ainda estava segurando e deu um olhar chateado.

    - O assunto da reunião era esse, eu ser claro com você em relação ao que estou sentindo. E quanto ao resto do pessoal, não tem. É somente eu e você.
 
Ele levantou chamou o garçom, quando eu iria responder.
    - O que você quer comer,pequena?
 
Respirei fundo e pensei já que estou aqui vou aproveitar, ele me enganou para me trazer aqui,então que pague tudo que eu comer.

Olhei o cardápio e pedi um assado de cordeiro com batatas,arroz e uma salada Cezar de entrada e de sobremesa um Petit gateau com sorvete.
Ele me olhou satisfeito e pediu ao garçom o melhor vinho e fez o mesmo pedido que o meu.
Assim que o garçom saiu, eu o interroguei;

   - Você mentiu para mim, só para me trazer aqui, não era mais fácil ter me convidado para jantar? Odeio mentiras. - bufei.
    - Se eu te convidasse para jantar, você aceitaria?
     - Provavelmente não. - respondi sincera.
     - Por isso que não convidei eu já sabia que não aceitaria meu pedido. E me pergunto porque você foge de mim? Eu sei que você me deseja, eu senti naquele beijo. - disse encarando meus lábios.

Eu sei que fiquei vermelha, por ele comentar tão abertamente sobre isso e de certa forma me colocar contra a  parede. Mas resolvi ser sincera, não adianta dar voltas no assunto.

   - Olha Jack eu realmente gostei do beijo eu me senti desejada,coisa que a um tempo não sentia. Mas eu não quero me envolver com ninguém, acabei de sair de um relacionamento que ele dizia me amar e no fim me traiu e no meu primeiro namoro também fui traída. Então não quero me machucar mais. E você pode ter a mulher que quiser, então por favor não insiste comigo.

   - Eu não quero nenhuma outra mulher, vê se entende isso e eu não sou um filho da mãe traidor, nunca vou te trair, minha espécie é fiel a suas companheiras. Não ache que sou igual a eles e nao pense que vou desistir, porque você é minha. Só isso que precisa saber. - disse alterado.

O jantar chegou e comemos em silêncio, eu também não sabia o que dizer ele estava um pouco nervoso com minha recusa, então resolvi me manter quieta.
Bebemos a garrafa toda de vinho que ele pediu, estava uma delícia eu bebi duas taças cheias. Precisava relaxar depois dessa conversa um tanto tensa.

Depois que terminamos ele chamou o garçom e pagou a conta, se levantou e só me olhou para eu fazer o mesmo. Então me levantei e o acompanhei de volta ao seu carro, ele abriu a porta para mim em total silêncio, eu só me sentei coloquei o cinto e me mantive calada. Enquanto ele entrava no carro e dava partida, respirando fundo e apertando um pouco o volante.

Resolvi não falar nada e ficar no meu canto só olhando pela janela.




Companheiro Livro 1: Paixão intensaOnde histórias criam vida. Descubra agora