Capítulo 28

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Jack

Sei que estraguei tudo com esse ciúmes violento que sinto por ela. Eu só preciso marca-la e talvez isso amenize um pouco, sei que não muito mas eu vou tentar me controlar.

Depois que sai de seu quarto, fui preparar um lanche para mim,afinal não comi nada ainda. Não vou chama-la  para comer, porque sei que ainda está chateada comigo. Ela trouxe uma pizza,então provavelmente irá comer.

Preciso dar um pouco de espaço para ela, pelo menos hoje. Mas se ela pensa que irá embora, está muito enganada.

Quando terminei de comer, subi para o quarto, tomei um banho e me deitei. Não dormi quase nada. E meu lobo Max estava inquieto.
           - Preciso sair, estou muito estressado e chateado com você por ter feito nossa companheira se afastar de nós. Eu não vou deixá-la se afastar por sua culpa, entendeu? - disse Max raivoso .
           - Eu sei amigo que fiz merda, mas ela não vai se afastar de nós,nem que pra isso tenha que tranca-la aqui. - assegurei.

Tirei minhas roupas, abri a porta da sacada e deixei Max sair. Corremos floresta a dentro, caçamos e começamos a sentir a lua mais forte, uivei diante dela. Estava começando a época de acasalamento e cio dos machos e fêmeas. E dessa vez eu tinha minha companheira.

Todos os anos eu nunca passei a lua com nenhuma loba, senão corria o risco de engravida-las, e também não tinha vontade. Muitas queriam, ainda mais por ser o alfa e eu sempre recusei.
Sempre estive a espera de minha companheira e com ela posso ficar sem medo de engravida-la, na verdade isso é o que mais quero com minha companheira. Termos o nosso filhote, minha família.

Normalmente mulheres normais não ficam no cio, somente lobas e aquelas que tem um companheiro lobo, mesmo não sendo lobas. Ou seja Samantha vai ficar também e nem sabe, provavelmente já está sentindo os efeitos da lua, percebi pelo beijo hoje o quanto estava ficando excitada.

Estarei pronto para satisfazer minha fêmea e portanto não posso deixa-la ir embora, porque ela vai se sentir tão quente e eu preciso estar perto no momento.

Só voltei quando já amanheceu. Tomei um banho e fui fazer nosso café, quando a vi descendo as escadas com a mala e com aquele gato que tanto tem o carinho dela. Que raiva.

          - Onde vai? - perguntei.
          - Eu te disse que iria embora hoje. - disse encarando meu abdômem, já que estava sem camisa. Hum, querida já está sentindo os efeitos da lua, né!
           - Tome seu café primeiro. - segui para a cozinha, preparei o café e a servi. Depois sai da cozinha rápido e fui esconder sua mala.

Quando voltei o gato estava tomando leite e ela estava terminando de tomar o café. Se levantou e disse;

            - Eu vou até a cidadezinha ver se alguém pode me dar uma carona e depois eu volto para buscar o Peter e minhas malas, pode ser? - perguntou me encarando tentando disfarçar que estava olhando minha boca. Bebi um gole de café e lambi os lábios para provoca-lá.

Meu tesão também está aumentando a cada hora, afinal a lua também mexia muito comigo e ela assim toda excitada tentando disfarçar,me deixava mais louco ainda. Mas tinha que me controlar, por enquanto.

         - Não vai adianta você ir na aldeia, ninguém vai te levar. Hoje tem a comemoração da lua, e estão ocupados com ela. - disse com um sorriso bebericando meu café e a olhando.
         - Droga, é verdade. Tinha me esquecido, a Judith tinha me falado dessa festa. E agora, você pode me levar? - disse apreensiva.
         - Ah então você conversou com a Judith? Ela é uma senhora muito boa, porém bem fofoqueira. E o que ela te disse? - perguntei desconfiado.
         - Ela não me disse nada demais. Só me falou sobre a festa que era comemoração para entrada da lua e que aqui é uma cidade de lobos. Eu nem sabia que tinha lobos em Dallas. Mas e aí você pode me levar ou não?- disse meio nervosa.
          - Entendi. Não posso te levar, e antes que pergunte o porquê. Eu não quero e você vai ficar aqui, porque não terminamos o trabalho. E por favor, fique e esqueça o episódio de ontem. Me desculpe mais uma vez por isso, e prometo não te magoar mais.- disse sincero.
          - Merda, você é muito chato sabia?. Eu só vou ficar, porque não sei nem onde estou direito e não tem ninguém pra me levar para casa de volta. Pelo jeito estou dependendo de você e de sua vontade. Isso é um saco. - se afastou estressada indo em direção a sala e logo gritou. - JACK, CADÊ MINHA MALA? - sorri e fui até a sala.
           - Promete que não vai tentar ir embora? - perguntei chegando perto dela e a vendo estremecer.
           - Não tenho como ir, não é? Estou á merce de suas vontades, aqui. Então como eu irei? Se ao menos soubesse e você me dissesse onde estou e como sair daqui. Coisa que eu sei que não vai. - se afastou e respirou fundo.
            - Pois é. Ainda bem que sabe! - me olhou com raiva. Logo sai para buscar sua mala do esconderijo e levei para seu quarto de volta, sorrindo.

Companheiro Livro 1: Paixão intensaOnde histórias criam vida. Descubra agora