Where Are You?

plans.

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[Thoughts
Sometimes, I just can't control my thoughts
No medication's ever made them stop
All I think about is everything I'm not
Instead of everything I got.]

{point of view; jake}

— Isso não vai dar certo. — Andrew, um dos agentes que conheci recentemente, murmurou desgostoso. Ele parecia disposto a odiar todas as ideias propostas por mim.

— Por que não? — Ousei perguntar, franzindo o cenho para sua expressão frustrada.

— É arriscado demais. — Ele deu de ombros ao proferir a resposta genérica e não fui capaz de impedir uma longa revirada de olhos antes de voltar a focar no computador.

Havia cerca de seis pessoas naquela sala e todas estavam focadas em mim. E eu odiava isso com todas as minhas forças.

— Jake. — Dustin entrou pela porta da sala, chamando a atenção de todos presentes ali. Ele respirou fundo antes de caminhar até mim. — Acho que isso pode ser útil. Acabamos de encontrar no antigo e-mail arquivado de Iuri.

Peguei o pendrive da sua mão e pluguei no meu computador, o arquivo rapidamente apareceu na tela, pedindo uma senha.

— Coloquei a que você pediu. — Ele me lançou uma piscadela e eu assenti, discando a combinação de números desejada. 58543.

Dustin me fez o favor de dispersar as pessoas que estavam respirando na minha nuca, alegando que eu precisava de espaço para trabalhar com calma. O que era certamente verdade, não lidava bem sobre pressão.

— Essa rota leva até aonde? — Observei o mapa traçado por uma linha azul, pinçando a imagem afim de conseguir ler o nome das ruas.

— França. Mais especificamente em Rouen. — Ele apoiou a mão na minha mesa, inclinando-se na direção da tela. — Foi o último lugar frequentado por Iuri e sua equipe antes de irem atrás de Julie.

— Merda. — Engoli à seco, dando impulso na cadeira. — Eu preciso de sair daqui urgentemente!

— Você sabe que não pode, Jake. — Ele franziu o cenho. — Por que isso? O que tem nesse lugar?

— Não é uma cidade tão pequena, mas.. — Respirei fundo, passando as mãos pelos meus fios desgrenhados. — Eu cresci lá. É o lugar onde eu morei até entrar pros Anonymous.

— Então.. — Ponderou, analisando minha expressão aterrorizada.

— Acho que ele foi atrás da minha mãe.

{...}

— O que esses caras iam querer com a sua mãe? — Foi a primeira coisa que Andrew perguntou após Dustin reunir toda equipe em sua sala.

— Ele esteve atrás de mim por muito tempo, encontrá-la seria uma forma de me atrair, suponho. — Suspirei exasperado.

— E você tem contato com ela? Sabe se ainda mora na cidade? — Dustin indagou e eu engoli à seco, encarando o mapa agora impresso em cima da mesa.

— A última vez que falei com ela foi há três anos atrás, não fazia muito tempo que eu estava fugindo e pensei que fosse seguro. Mas na mesma noite me encurralaram em Lyon. — Cruzei os braços contra o peito, sentindo meu estômago revirar pela quantidade de olhos vidrados em mim naquele momento. — Até aquela época ela continuava lá, mas desde então não tive mais noticiais. Ela não atualiza as redes sociais, mudou de número e excluiu o antigo e-mail. Presumo que não queira que eu a ache.

— Mais um grande problema. — Uma das agentes afirmou aborrecida, fuzilando Dustin em busca de soluções.

— Acho difícil que eles tenham conseguido pega-lá, já que foram atrás de Julie e até hoje não houve nenhuma ameaça mencionando Esmée. — Ele concluiu e eu assenti. Um aperto no peito surgiu quando ouvi seu nome sair da boca dele. — Mas é certo que, agora que Julie está sendo vigiada, eles podem estar atrás da sua mãe novamente. Iuri ainda parece ter esperança que, se chantagear você, conseguirá ao menos pegar e expor suas ideias para o mundo. Mesmo que continue preso pro resto da vida, terá "feito a diferença" de algum jeito.