Where Are You?

now.

[We all try to pretend that we're brave
When I'm weak, yeah
I'm strong 'cause of you at the end of the day
Everybody needs somebody
Somebody to remind you that
you're not alone
Who gon' defend you like an army
And nеver let go.]

{point of view; jake}

— Você vai acabar fazendo um buraco no chão! — Jessica exclamou alto, chamando minha atenção e interrompendo meu andar apressado. — Senta um pouco, pelo amor de Deus!

— Não consigo, acho que vou explodir — Fechei os olhos e senti minha cabeça latejar — Por que diabos estão demorando tanto?

— O lugar é longe. Alan falou que demoraria pelo menos três horas e..

— Eu vou mandar matar aquele filho da puta! — Um grito estridente interrompeu a fala de Daniel e imediatamente viramos em direção a porta. A fechadura rangeu e uma Julie enfurecida passou pelo batente acompanhada por Alan.

— Se acalme, pelo amor de Deus! — O policial resmungou uma reclamação aflita. — Você não pode mandar matar ninguém, isso é crime! E muito menos deve contar algo assim pra mim.

— Ah, fala sério! — Desdenhou, revirando os olhos e largando sua bolsa sobre a poltrona. Nós permanecemos em silêncio, olhando a cena com curiosidade. — Você abrigou um foragido do FBI mas não poderia me encobrir caso eu mandasse matar um homem aleatório dentro do presídio?

— Mas que porra?! — Alan franziu as sobrancelhas fazendo uma careta estranha, como se tivesse levado um tapa na cara. — Jake, será que dá pra você acalmar essa mulher?

— Ele vai concordar comigo quando souber!

— Mas que merda tá acontecendo aqui? — Indaguei confuso, atordoado com os gritos de ambos. Julie parecia mais agitada que o normal e isso me deixou alarmado.

— Richy! Ele.. — Ele gracejou e respirou fundo, pondo as mãos na cintura e abaixando a cabeça. Seu peito subia e descia tão rápido que estava me assustando. Dei alguns passos até ela e segurei seus ombros, apertando-os ligeiramente.

— Ei. — Sussurrei fraco, erguendo seu rosto sutilmente com a ponta dos dedos. Seus olhos estavam nublados por lágrimas presas e uma dor maçante, a qual me fez puxa-lá para um abraço apertado. Podia sentir seu coração batendo acelerado e suas mãos trêmulas apertando o tecido fino da minha camisa. — O que houve? O que Richy fez dessa vez?

— Foi ele, Jake. — Murmurou engasgada — Ele deu algum maldito jeito de entrar em contato com o grupo de Ivan e falou tudo sobre mim. Meu endereço, onde eu trabalhava, fotos.. Tudo. Ele deu minha cabeça pra ele, ele queria que me matassem!

O silêncio seguinte foi doloroso, todos estavam transtornados demais pra dizer qualquer coisa. E mesmo assim parecíamos cercados por um barulho ensurdecedor.

— Então ele era o informante — Alan foi o primeiro a falar, juntando as peças. — A ponta solta que falamos lá no começo do caso.. Foi ele que abriu essa porta. Ele trilhou o caminho deles até ela, e consequentemente até você.

Apertei o corpo trêmulo de Julie contra o meu é senti quando seu choro chegou. Silenciosamente suas lágrimas molhavam minha camiseta e eu queria poder arrancar toda dor que lhe afligia.

— Eu quero matá-lo, eu.. — Gaguejou, a voz tensa embargando e se misturando com as lágrimas — Eu nunca pensei que ele seria a causa disso também. Subestimei o seu nível de maldade.

— Eu sinto muito. Sinto muito mesmo, Julie. — Jessica também chorava agora, com um silencioso e comunicativo choro elas se entendiam. — Nós crescemos juntos, eu nunca.. Meu Deus.