ocean.

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[I know I'll be alright, but I'm not tonight
I'll be lying awake counting
all the mistakes I've made
Replaying fights
I know I'll be alright, but I'm not tonight.]

{point of view; jake}

— Eu consegui — murmurei, observando a tela do computador. — ALAN!

— Céus, o que foi?! — Ele correu até a sala e eu apontei para a tela. Seu rosto brilhou. — Conseguiu os endereços?

O endereço, na verdade. — Ele se sentou ao meu lado e eu virei a tela em sua direção. — Todos os dispositivos foram acessados no mesmo lugar. Não há registros pessoais dos donos, apenas a localização.

— Certo, isso é..

— Precisamos ir, rápido! — Saí da mesa às pressas, procurando meu casaco pelo sofá.

— Jake, calma. Precisamos conversar sobre isso. — Alan chamou minha atenção quando minha mão raspou na maçaneta. Franzi o cenho, encarando-o por cima do ombro.

— Podemos conversar no caminho. — Girei a maçaneta, e no mesmo instante Daniel apareceu diante de mim.

— O que você...

Ele me interrompeu atravessando a porta em passos duros. Seu peito descia e subia freneticamente enquanto ele continuava andando de um lado para o outro pela sala. 

— Dan, o que houve? — Alan indagou, apreensivo.

— Por que você fez essa merda? — Ele me encarou, indagando rudemente.

— O que seria essa merda, exatamente? — Larguei o casaco em cima da mesa e me aproximei dele. O homem grande demais parecia quase frágil agora, atordoado enquanto apertava firmemente seu celular em sua mão.

— Por que me enviou uma mensagem pelo número da Julie? Isso é doentio pra cacete. — Ele largou o seu celular na mesa de centro e se jogou no sofá, ainda respirando ofegante.

— O quê? — Pisquei, atordoado. — Eu não mandei nada pra você, Daniel. Só estou trabalhando na parte interna do celular dela, ainda nem olhei as mensagens ou coisas do tipo.

— Você... — Ele me encarou com os olhos arregalados, fazendo-me recuar um passo e encarar o seu celular sobre a mesa. — Você não..

— Eu não mandei nada! — exclamei. — O que você recebeu não veio de mim, Daniel.

— Puta merda. — Ele passou as mãos pelo rosto, perturbado.

— Qual o conteúdo da mensagem? — Alan indagou, tomando a frente enquanto eu tentava processar as coisas.

— Eu não vi, só sei que é um vídeo. — Ele fincou as sobrancelhas, balançando a cabeça negativamente. — Jessy estava do meu lado na hora, ela não dorme há dois dias e está aos prantos quase o tempo inteiro. Preferi que ela não soubesse, seja lá o quê for isso.

— Me dê o seu celular. — Alan esticou a mão e ele entregou o aparelho. — Vamos conectar no notebook e ver o que há nesse vídeo, tudo bem?

— Eu faço isso. — Alan assentiu e me entregou. Me sentei na mesa e abri meu notebook de novo, sentindo-me enjoado. Minhas mãos tremiam enquanto eu tentava conectar o cabo ao celular.

Where Are You?Onde histórias criam vida. Descubra agora