name.

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[Our every moment, I start to replace
'Cause now that they're gone
All I hear are the words that I needed to say
When you hurt under the surface
Like troubled water running cold
Well, time can heal, but this won't.]

{point of view; jake}

— Ele está acordando. — Uma voz ecoou ao meu redor. Minha cabeça latejou com a tentativa de abrir os olhos. — Apague essa luz, deixe só o abajur.

Julie.. — Sussurrei involuntariamente quando as memórias me atingiram, minha garganta pareceu rasgar com o esforço. Um calafrio percorreu minha espinha quando a imagem da explosão invadiu minha mente nublada.

— Consegue abrir os olhos, Jake? — A voz distante murmurou de novo. Franzi as sobrancelhas, abrindo-os lentamente. — Consegue me enxergar? — O homem estranho indagou e eu assenti, apesar de não conseguir vê-lo com clareza. — Ótimo. Como está a audição? Me ouve bem?

— Está baixo. — Balbuciei, sentindo meu ouvido zumbir. — Distante.

— Como pode estar distante se você está do lado dele? — Uma voz diferente invadiu o ambiente, mas fora impossível reconhecer ou distinguir de qual direção havia vindo.

— Não houve rompimento do tímpano, então é apenas uma consequência da concussão. Como foi leve, o sintoma deve passar logo. — O homem ao meu lado se mexeu, em seguida passou a mão pela minha testa. — A febre passou, ao menos. Isso é um bom sinal.

— E o braço? — A outra voz indagou e eu franzi o cenho, tentando erguer o pescoço para ver sobre o que ele estava falando.

— Não, não. Fiquei quieto. Deixe os remédios fazerem efeito, em poucas horas você vai se sentir mais disposto. — O homem se dirigiu a mim, empurrando levemente meus ombros para que eu voltasse a deitar.

— Quem é você? — Eu sabia que estava falando, mas a dormência parecia permanente. Minha voz estava diferente, como se eu demorasse vários minutos para pronunciar poucas palavras.

— Sou um médico que foi contratado para cuidar de você. Agora volte a descansar, deixe o remédio agir. — Minhas pálpebras pesaram de novo e eu tentei lutar contra aquilo, eu queria respostas.

— Onde estão todos? Cadê a Julie? — Minha visão embaçou de novo, flashs brancos atingiram meus olhos repetidamente. Ergui a mão para alcançar a dele, sentindo todos os meus músculos reclamarem pelo movimento. — Me diga que ela está bem, por favor.

— Se acalme, Jake. Seu coração está acelerando. — Meu peito ardeu, a visão da casa em chamas preencheu minha mente sem deixar brechas para qualquer outro pensamento.

Por favor, por favor.. — Sussurrei, sentindo minha boca secar repentinamente. Como se eu estivesse desligando aos poucos, como um brinquedo antigo.

— Descanse. — O senti apertar minha mão. — Tudo vai ficar bem.

Por que não me disseram nada sobre ela?

Por que fugiram?

Onde você está, Julie?

{...}

Despertei assustado, forçando meu tronco para me sentar. Todo o meu corpo rejeitou o movimento, fazendo-me soltar um gemido sôfrego. Pisquei algumas vezes até me acostumar com a pouca claridade, havia apenas um abajur ligado ao meu lado.

Estava em um quarto pequeno e arrumado, com algumas decorações florais nas paredes. Havia um gancho metálico ao lado da cama, o qual segurava uma bolsa de soro ligada à minha veia. Meu outro braço estava imobilizado por uma tala escura presa ao meu peito.

Where Are You?Onde histórias criam vida. Descubra agora