beautiful.

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[As the darkness settles in,
I can hear her voice again
Waiting for someone to save me
but everyone just runs away
Waiting for someone to change me
but no one ever comes.]

{point of view; julie blaise}

Jessy empurrou a porta de madeira do Aurora fazendo-a ranger e o sinos tilintarem acima de nossas cabeças. Uma banda tocava ao vivo no pequeno palco dos fundos, onde se encontravam a maioria dos clientes. Seguimos para o lado oposto e nos sentamos no bar.

— Estou exausta. — Apoiei o rosto na mão e fechei os olhos um pouco, ouvindo a risada de Jessy me seguida.

— Eu disse que seria cansativo a Lilly te mostrarmos a cidade, ela cresceu aqui e tinha detalhes de todos os pequenos cantinhos. — Ela olhou em volta, batendo o punho no balcão. — Só faltou você conhecer uma pessoa. Será rápido. — Ela bateu de novo, erguendo o corpo. — PHILLL!

— Que foi, porra? — Um homem mal encarado e completamente coberto por tatuagens saiu dos fundos do bar, amarrando seu longo cabelo em um coque enquanto caminhava até nós. — Eu já não falei pra não gritar quando chega aqui? Todos acabam achando que podem fazer o mesmo.

— Desculpe. — Suspirou, virando-se pra mim. — Phil, essa é Julie.

Aquela Julie? Ele fincou as sobrancelhas e se aproximou mais, analisando-me de cima abaixo. Repentinamente me senti pelada demais com aquela roupa.

— Eu mesma. — Sorri, ignorando a quentura em minhas bochechas pelo seu olhar avaliativo. — Vejo que saiu da cadeia, Phil.

— Finalmente, né? — Debochou, jogando um pano de prato em cima do ombro enquanto apoiava as mãos no balcão e continuava me encarando. — Vejo que aceitou meu convite de dar uma passada aqui quando viesse a Duskwood.

— Como eu poderia negar? — Ri sem jeito, encarando Jessica de canto de olho com um olhar suplicante. Ela riu novamente.

— E o que você deseja beber, linda? — Ele passou a língua pelos lábios e abriu um sorriso largo, tive que engolir a seco.

— Um Cuba Libre sem gelo, por favor. — Murmurei enquanto colocava a mão dentro da bolsa atrás do meu cartão.

— Nada disso, é por minha conta. — Ele me lançou uma piscadela e foi preparar minha bebida. Virei meu banco na direção de Jessy, vendo-a me encarar com os olhos semicerrados.

— Sabe.. eu ia amar te ter como cunhada. — Ela mexeu as sobrancelhas de um jeito engraçado e eu gargalhei, balançando a cabeça negativamente.

— Não inventa história, Jessica. Minha vida já está bagunçada por si só. — Ela ergueu as mãos em rendição e ele logo voltou com dois drinks. Entregou um Dry Martini pra Jessy e o meu Cuba Libre em seguida.

— Seja muito bem vinda a cidade, linda. Se quiser um tour, sabe onde me encontrar. — Ele piscou novamente e passou um guardanapo junto ao copo, onde exibia o número dele. Estendi o papel para que Jessica pudesse ver e ela gargalhou.

— Ele sabe que eu ainda tenho o número dele, né? Já nos falamos por mensagens algumas vezes. — Eu balancei a cabeça negativamente enquanto bebericava minha bebida e joguei o guardanapo dentro da bolsa apenas para não fazer desfeita.

— Ele está apenas encantado com sua beleza, fala sério! Você já se olhou no espelho? — Ela balbuciou, bebendo seu drink. — Todos desse bar estão te encarando. Além de ser linda, é carne nova. Devem estar loucos se perguntando quem você é.

Where Are You?Onde histórias criam vida. Descubra agora