MARÇO, 2015
Dentro da suíte, o som do corpo dele batendo ritmicamente contra o dela era acompanhado por uma mistura ininteligível de gemidos, grunhidos e palavras perdidas a caminho dos lábios deles.
Toto tinha os braços dela presos acima da cabeça com as mãos, os dedos pressionando a pele dela. Elisabeth estava completamente à mercê da vontade dele. Tudo o que ela podia fazer era pressionar os calcanhares na base da coluna dele, sentindo a pressão em seu abdômen aumentando a cada estocada.
Ela estava perto de gozar.
Muito perto.
Elisabeth inclinava a cabeça para trás e apertava os olhos cada vez que ele tocava o ponto que ela mais precisava, onde só ele poderia alcançar.
— Liesl, olha pra mim — ela ouviu Toto sussurrar acima dela, desacelerando o ritmo dos quadris.
A sensação de prazer iminente fazia qualquer ação parecer uma tarefa hercúlea. Abrir os olhos não foi diferente. As pálpebras dela tremularam algumas vezes, antes que ela conseguisse abrir um pouco os olhos, encontrando as íris cor de chocolate de Toto olhando para ela, escurecidas de desejo.
— Toto — Elisabeth murmurou, procurando palavras através da névoa de prazer que nublava seus pensamentos, seus olhos ameaçando se fechar enquanto ele se movia dentro dela. A sensação era quase insuportável.
— Olhos abertos, Liesl — ofegou ele, a ponta do nariz tocando a dela — Eu quero que olhe pra mim quando gozar.
— Eu... Eu não consigo — ela tentou dizer, mas sua voz se dissolveu em um gemido quando ele acelerou o ritmo novamente.
— Sim, Liesl, você consegue — Toto murmurou. Os olhos dele permaneceram fixos nos dela, suor brotando em sua testa com seus esforços — Sim, assim... Deus... Você é tão boa... Tão boa... Pra mim. Eu sou... Tão sortudo... Por ter você...
O rosto de Toto começou a virar um borrão na visão dela, enquanto as lágrimas brotavam dos seus olhos. Arqueando as costas, Elisabeth sentiu as pontas dos mamilos tocarem a pele dele, a sensibilidade deles fazendo-a soltar um arquejo.
— Eu vou... Eu... Toto...
Faltavam apenas mais alguns segundos.
— Goza... Goza pra mim...
O corpo de Elisabeth se contorceu de prazer, uma onda de calor percorrendo da cabeça aos pés. Ela inclinou a cabeça para trás e arqueou as costas, um gemido alto saindo de seus lábios. Ela apertou as pálpebras, e as lágrimas que se acumulavam nos cantos de seus olhos escorreram até suas têmporas. Ela nem as sentiu escorrer por sua pele.
Ela apenas sentiu prazer, puro e cru.
Prazer que só Toto poderia lhe dar.
Ela ouviu um grunhido em alemão acima dela enquanto Toto acelerava em direção ao próprio orgasmo, a sensibilidade do corpo dela fazendo com que ela seguisse gemendo, os músculos das pernas tremendo. Murmurando algo que ela não conseguiu entender, ele gozou dentro dela, o calor familiar que a preencheu fazendo os cantos dos lábios dela se curvarem em satisfação. Elisabeth desviou o olhar ao senti-lo cair sobre si, exausto, ainda dentro dela.
O silêncio na sala era quebrado somente pelos sons ofegantes das respirações de ambos. A névoa pós-orgásmica se dissipou lentamente da mente de Elisabeth, no entanto, quando voltou a pensar com mais clareza, ela percebeu que seus braços ainda estavam presos pelas mãos de Toto. Ela inclinou a cabeça ligeiramente e olhou para o rosto dele, aninhado na curva do pescoço dela, as gotas de suor escorrendo pelas têmporas.
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Starcrossed
FanfictionQuase 30 anos após o seu último titulo mundial de Fórmula 1, o pai de Elisabeth Lauda decide investir na Mercedes, uma equipe que passa por dificuldades para se firmar após o seu retorno para a categoria mais nobre do automobilismo. Ela resolve se j...