Silent Promises

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As vozes que vinham de dentro do Chalé alcançaram-no enquanto ele subia os poucos degraus com Hermione ao seu lado. Ela parou defronte a porta, fazendo com que ele parasse também e o olhou, de repente receosa.

— Você não precisa fazer isso, sabe disso, não sabe? — Draco sussurrou.

Ela limitou-se a apertar a mão dele e de mãos  dadas, adentraram o Chalé. O primeiro par de olhos com que Draco cruzou foram as orbes verdes de Harry Potter, que emudeceu logo em seguida. Uma por uma, as vozes foram se calando, até que todos os olhares estavam sobre eles.

— Preciso dizer uma coisa — Hermione começou.

Molly Weasley, que era a pessoa mais próxima da porta, se colocou em pé e pegou a mão livre de Hermione, abrindo um pequeno sorriso afável e incentivador. De repente, ela era a Weasley preferida de Draco.

— É melhor não dizer — um dos gêmeos se manifestou, Draco não sabia dizer qual deles.

— Fred tem razão Hermione, não precisamos disso agora — disse Jorge, Draco presumiu.

— Ora, calem a boca! — Ginny Weasley se manifestou, revirando os olhos para os irmãos.

— Me desculpem, mas não ligo para o que pensam. Quero que ouçam de mim, não porque preciso de uma aprovação, mas porque amo cada um de vocês e ...

— Ama cada um de nós?! — Ronald Weasley a interrompeu, levantando-se — Tem dormido com esse comensal de merda pelas nossas costas desde que retornamos à Hogwarts!

Draco avançou um passo cerrando o punho, mas Hermione apertou sua mão, impedindo-o de prosseguir com sua tentativa de homicídio.

— Lave a porra da boca, Weasel, ou vou faze-lo engolir sua língua grande! — Draco sibilou, ameaçador.

— Não era, e não é, da sua conta Ronald! — Hermione replicou.

— Inacreditável, Hermione! — Ronald riu, sem humor.

— Patético, Hermione — chiou Fred Weasley.

— Hermione não respeitou a si própria, acha mesmo que iria nos respeitar? — Ronny disse, colérico.

— Fiquem quietos os dois! — Molly Weasley se exaltou — Depois vamos conversar, Ronald Weasley! — e dito isso ela voltou-se para Hermione novamente e com a voz suave, disse — Continue, querida.

Hermione sorriu para a mulher e logo após desviou os olhos para Harry Potter, como se ele fosse o único para quem devesse uma explicação.

— Eu amo o Draco e confio minha vida a ele — ao dizer seu nome, olhou brevemente para o rapaz loiro, que a encarava, deslumbrado — e espero que seja o suficiente para que lhe deem uma chance também.

Draco olhou para os bruxos naquela sala, um um por um. Somente três deles pareciam lhe julgar e isso pouco importava. Enquanto ela segurasse a sua mão ele passaria por aquilo, e o que mais viesse, sem se abalar. Viu Potter assentir com a cabeça e esboçar um sorriso para a melhor amiga. Então, Molly Weasley se colocou na frente dos dois, e para a surpresa de Draco, ela pegou sua mão também.

— Saibam que haverão inúmeros obstáculos à partir de agora, simplesmente por serem quem vocês são. — disse a matriarca com seu tom de voz maternal — Vocês não podem abaixar a cabeça! Entenderam? Se realmente se amam, precisarão enfrentar isso juntos.

Draco e Hermione aquiesceram com a cabeça.

— Seja bem-vindo à família, Draco!— Molly murmurou e em seguida ela os abraçou.

Quando a Weasley os soltou, vieram Ginny e Potter. A ruiva abraçou a amiga e cochichou algo em seu ouvido, onde ambas riaram, enquanto Potter estendeu a mão para Draco, que sem hesitar, a pegou em um aperto firme.

Escolhas Irreversíveis - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora