Epílogo

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01 ANO DEPOIS

02 de Maio de 1999

Draco sentou-se em sua cama de repente, a respiração descompensada e o corpo encharcado de suor. Os pesadelos nunca lhe deixaram, e ele duvidava de que algum dia o deixariam. Dessa vez sonhou com a família de Trouxa que precisou assassinar, o menino que beirava os 07 e 10 anos, ele não saberia dizer, com aquele olhar. Aqueles olhos cheios de lágrimas. Draco começou a chorar também, unindo-se ao fantasma de suas lembranças, chorou, soluçou e perdeu o ar.

Dali há algumas horas ocorreria o seu julgamento. Talvez por essa razão é que estava mais ansioso que o normal nos últimos dias. Quase riu em pensar que se acostumou com a angústia ao ponto de classificar o seus estágios como "normal, moderado e histeria".

"Respire comigo", ele lembrou-se da voz dela naquele dia 02 de Maio de 1998. Doeu, mas ele precisava daquela memória para se acalmar, como sempre fazia. Draco deitou-se novamente, cobrindo os olhos com o braço. Dali há algumas hora ocorreria o seu julgamento e o de seus pais e precisaria encarar Potter, Weasley e... Granger. Recordou-se da última vez que os viu:

×××

Draco carregou Hermione em seus braços, desacordada, até o Salão Principal. Apertada em seu corpo, uma vez que aquela seria sua unica despedida. Andou com dificuldade, não pelo peso dela, mas o peso de sua consciência. Ginny Weasley foi a primeira a ve-lo com Hermione e correu para eles, exasperada.

— Por favor, não! — disse a ruiva com o rosto lavado de lágrimas.

— Ela está bem — Draco assegurou em voz baixa.

A Wesley indicou um lugar com o queixo e ele a levou até lá, onde a colocou sobre um banco, longe dos corpos. Ginny se abaixou ao lado da amiga e segurando a mão inerte de Granger, olhou para cima, para Draco.

— O que houve? — ela indagou, preocupada.

Mas Draco não conseguiu dizer nada. O silêncio, porém, durou poucos segundos, pois Weasel se aproximou em passadas rápidas e empurrou Malfoy pelo ombro, dizendo-lhe com raiva:

— O que você fez com ela?!

Draco empurrou Weasel de volta e em seguida desferiu um soco em sua mandíbula, derrubando o ruivo, que do chão o fuzilou com os olhos e apanhou sua varinha colocando-a em riste. Todos voltaram seus olhares para eles, o silêncio crescendo diante da incredulidade. Aquela não era a hora e nem o lugar, mas Draco não podia perder sua ultima chance de esmurrar aquele parvo. Ele avançou para o Weasel, ignorando a varinha. Abaixou-se a sua altura e segurando-o pela gola da blusa, sussurrou para que somente o ruivo ouvisse:

— Eu Obliviei a Hermione, satisfeito? Ela não se lembrará de nada que vivemos, Weasel, mas eu JURO que se você a machucar eu acabo com você com as minhas próprias mãos.

Seu tom de ameaça era apenas a superfície, por dentro Draco estava em pedaços. Dito isso, ele largou Ronald Weasley, deixando para trás o Salão Principal e o amor de sua vida.

 Dito isso, ele largou Ronald Weasley, deixando para trás o Salão Principal e o amor de sua vida

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