"A Fulga."

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Amélia Campbell.

Inacreditável. Solto a flecha acertando o centro do meu alvo, pego outra flecha e miro no próximo alvo. Na manhã depois do baile acordei com meu pai no meu quarto, com notícia que o príncipe Arzur de Pernstow, estava na ala hospitalar do castelo, e que eu não deveria me aproximar dele, já que o príncipe havia aceitado não fazer nenhuma queixa.

Eu sou a vítima, não ele. Como sempre as mulheres não tem direito nesse reino de merda, a única coisa boa de ser coroada a rainha vai ser mudar essas coisas. Edward foi legal comigo nesses dois dias, mas sei que ele só está com pena. Tive que fazer Ava prometer que não faria confusão com meus pais depois dela descobrir a verdade sobre a noite do baile.

— Bela pontaria, alteza! — Edward elogia.

— O que está fazendo aqui? — abaixo o arco.

Viro a cabeça em sua direção, e sinto um arrepio na barriga ao me deparar com ele levemente suado com uma regata branca no ombro, exibindo seus músculos definidos enquanto carrega lenha para o castelo.

— Minhas obrigações.

— Achei que trabalhava como meu guarda, não lenhador.

— Meu trabalho principal é te aturar, mas sempre que tenho a oportunidade de ter um extra, eu aproveito. — ele parece distante por um tempo. — Como você está?

— Estaria melhor se aquele idiota não estivesse sobre meu teto, e recebendo tantos privilégios.

— Não ficou sabendo o que aconteceu ontem a noite?

— O que?

— Pelo que parece ele está tendo uns surtos. — ele dá de ombros e se afasta.

Edward Stenton.

— Você é o príncipe Arzur, certo?

— Por que está dirigindo a palavra a mim? — o príncipe me olha com pouco caso.

É claro que ele não vai falar, vou ter que improvisar.

Ontem de manhã, quando a Campbell descobriu que ele sairia impune ela ficou devastada, não saiu do quarto o dia inteiro, suas criadas levaram comida, mas ela nem sequer tocou, ouvi o choro dela a madrugada toda e não podia ajudá-la

Mas eu podia fazer uma visitinha ao Arzur na ala hospitalar, eu só precisaria de um motivo, pego meu punhal e faço um corte pequeno no meu braço. Eu só preciso de uma confissão e testemunhas.

— Só queria te dar os parabéns, — ergo as mãos em rendição. — você fez o que muitos empregados do castelo queria. Como foi? — ele sorri.

— Infelizmente aquela puta fez isso comigo, — ele aponta para o rosto. — então não consegui brincar tanto com ela. Mas no momento em que eu sair daqui vou direto ao quarto dela me despedir. — o sorriso malicioso dele some rapidamente quando eu coloco o punhal em seu pedaço.

— Senhor Stenton. — a enfermeira chama. — Afaste-se dele, você já tem o que queria.

— Fique longe da Campbell! — digo baixo ignorando a enfermeira. — Se você pensar em encostar nela de novo, eu acabo com você. E se contar para alguém sobre essa nossa conversa, eu faço você engolir sua língua. Estamos de acordo? — quebro seu dedo médio quando não recebo resposta, ele solta um grito agudo. — Não vou perguntar outra vez, estamos de acordo? — seguro seu dedo anelar esperando a resposta, ouço os passos dos guardas no corredor.

𝑨 𝑮𝒖𝒂𝒓𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝑻𝒓𝒆𝒗𝒂𝒔 - ⧼⧼Harry Potter⧽⧽Onde histórias criam vida. Descubra agora