Poderes.

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Vejo a Kira no colo do George em frente o Salão Principal, ela pula do colo dele e vem correndo na minha direção, abraço a mesma.

— Nunca pensei que fosse sentir tanta saudade de você. — fala esfregando o rosto no meu pescoço.

— Ela... ela fala? — o Draco olha pasmo para a raposa e depois para mim.

— Por que todo mundo fica tão surpreso?

— Porque é super normal uma raposa falar. — falo irônica. — E você não falou perto de ninguém, né?

— Só dos que eu tenho permissão. Ah, o lobinho disse que quando você chegasse era pra ir na sala dele, eu nunca vi ele tão bravo. — ela avisa e volta com os gêmeos.

— Como ela consegue falar? — Draco pergunta ainda sem entender.

— Ela não é uma raposa qualquer, mas depois eu te explico, tenho que falar com o meu padrinho. — bagunço o cabelo dele e corro até a sala do Remo.

Bato na porta e ele manda entrar.

— Boa tarde, professor Lupin. A Kira disse que o senhor queria falar comigo. — trato ele como se fosse um professor qualquer.

— Isso é sério? — ele cruza os braços.

— Quem começou a me ignorar foi você. — sento na cadeira.

— Eu estava ocupado, não tinha como te responder, mas isso não importa. Não acredito que você saiu de Hogwarts sem a minha permissão, e pra ir na casa dos Malfoy's!

— A vida é minha, faço o que eu quiser.

— MAS EU SOU O RESPONSÁVEL POR VOCÊ! — me assusto. —Você sabe muito bem que tem dementadores para todo o lado, Fudge tá no seu pé, e se o Sirius... — ele para de falar, sua voz estava estérica e preocupada ao mesmo tempo.

— Ele o que? Me matasse? Eu estou bem, eu sei muito bem me defender.

— Eu não ia dizer isso. — ele diminuiu o tom de voz.

— Você ia sim, como você consegue achar que ele é o culpado? Ele era seu amigo.

— Você não sabe como é difícil... toda vez que eu olho para você, para o Harry, ou para qualquer canto dessa escola, escuto sobre as pegadinhas dos gêmeos Weasley eu tenho um deja vu deles... Depois da noite de halloween de 81, enquanto estavam todos comemorando, eu estava sozinho, processando tudo o que tinha acontecido, eu tinha perdido todos meus amigos, não ia ver o Harry crescer... Mas me mantive firme por que eu ainda tinha você, e a Maggie, e depois apareceu a Kira... Sete anos depois eu perdi a sua mãe, e eu me recuso a te perder também. — os olhos dele estavam marejados.

— Eu te amo, lobinho, você é tudo o que eu tenho, e eu sei que você sofreu, mas eu sei que ele é inocente, sei que ele se senti culpado pela morte dos amigos, por não cuidar de mim e do Harry, por te deixar sozinho...

— Não tem como você saber o que ele sente. Você só o conhece por historinhas que sua mãe contou.

— É, você tem razão, e parece que eu não conheço você também. Por que a pessoa que estava sempre ao meu lado, ia saber que eu estou cansada, que eu estou me fazendo de durona, mas a verdade é que não aguento mais ser julgada por pessoas que só sabem meu sobrenome... — solto de uma vez. — eu só queria que esses pesadelos parassem.

Saio da sala antes que ele fale mais alguma coisa, limpo as lágrimas e vou para a minha comunal.

[...]

— Por que vamos ter aula com o terceiro ano? — a Gina revira os olhos.

— Pensa pelo lado bom, você vai ver o seu tão precioso Potter. — ela me dá um empurrãozinho de leve dando risada.

𝑨 𝑮𝒖𝒂𝒓𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝑻𝒓𝒆𝒗𝒂𝒔 - ⧼⧼Harry Potter⧽⧽Onde histórias criam vida. Descubra agora